Macri manda retirar quadros de Kirchner e Chávez das paredes da Casa Rosada

Segundo fonte do governo ouvida pela reportagem, não fazia sentido manter os quadros, uma vez que outros presidentes da história recente do país haviam ficado de fora

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – As mudanças do novo presidente argentino Mauricio Macri não têm se limitado à questões administrativas e um forte clima de revanchismo com o kirchnerismo se acirra desde a disputa eleitoral, quando o candidato da União Cívica Radical derrotou Daniel Scioli. Conforme mostra matéria do jornal O Globo nesta terça-feira, o líder argentino tomou uma decisão que aprofundou ainda mais a ruptura com seus antecessores, sobretudo Cristina Kirchner.

Por decisão da Secretaria-geral da Presidência, foram retirados da Casa Rosada os retratos dos ex-presidentes argentino Néstor Kirchner e venezuelano Hugo Chávez, ambos falecidos. Nas última semanas, os boatos sobre o futuro dos quadros era discutido, mas imaginava-se que não durariam muito nas paredes do imóvel agora ocupado pelo opositor Macri. Segundo fonte do governo ouvida pela reportagem, não fazia sentido manter os quadros, uma vez que outros presidentes da história recente do país haviam ficado de fora.

O episódio lembrou o dia em que Kirchner mandou retirar os quadros dos chefes que comandaram o golpe de Estado de 1976. A iniciativa de Macri caminha no sentido de promover ampla reforma na Casa Rosada, bem como na residência oficial de Olivos, para onde ele e a família pretendem se mudar em breve.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.