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BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vence o presidente Jair Bolsonaro nas simulações de primeiro e segundo turnos da eleição presidencial do ano que vem, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, que também indicou uma forte rejeição a Bolsonaro.
No primeiro turno, em uma pesquisa estimulada, Lula (PT) tem 41,3% das intenções de voto, Bolsonaro (sem partido) aparece com 26,6%, Ciro Gomes (PDT) e o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (sem partido) somam 5,9% cada um, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fica com 2,1%, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) registra 1,8%, votos brancos e nulos somam 8,6% e indecisos 7,8%.
Num eventual segundo turno, Lula bateria Bolsonaro por 52,6% a 33,3%. Ciro também venceria o atual presidente em um eventual segundo turno, por 43,2% a 33,7%. Bolsonaro aparece numericamente à frente, mas dentro da margem de erro num confronto com Doria, 36,3% a 33,5%.
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O levantamento, feito pelo instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), também questionou os entrevistados sobre o que é mais importante para as eleições para presidente da República em 2022, e 45,1% dos ouvidos disseram que o mais importante seria Bolsonaro não ser reeleito. Outros 27,7% afirmaram que o mais relevante seria Lula não ser eleito e 21,2% disseram que não é nenhuma das duas opções.
A pesquisa indagou ainda qual o preferência dos entrevistados para a eleição presidencial, e 40,3% disseram que é Lula vencer e voltar a ser presidente, 30,1% afirmaram que preferem que um candidato que não seja ligado nem a Lula nem a Bolsonaro vença e 25,1% optaram pela reeleição do atual presidente.
Além disso, apontou o levantamento, 61,8% dos entrevistados afirmaram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Outros 22,8% disseram que votariam nele com certeza e ainda 11,6% poderiam votar nele.
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A sondagem apontou que Lula tem o menor nível de rejeição entre os nomes colocados, com 44,5% dizendo que não votaria no petista de jeito nenhum. Ao mesmo tempo, a pesquisa apontou 56,7% de rejeição a Moro, 52,4% a Ciro, 57,9% a Doria e 51,5% a Mandetta.
Urna eletrônica
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o sistema de urnas eletrônicas, e 32,9% manifestaram confiança elevada no sistema, ao passo que 30,8% disseram ter confiança moderada, 15,8% confiança baixa e 18,7% nenhuma confiança.
Além disso, 58% dos entrevistados disseram ser a favor das urnas com impressão do voto, alegando que a iniciativa iria gerar maior confiança nos resultados. Outros 34,9% afirmaram serem contra a prática, porque o sistema atual já funciona bem. Outros 7,1% não souberam ou não responderam.
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Bolsonaro tem defendido a adoção do voto impresso na eleição do ano que vem, em meio a frequentes acusações sem fundamentos de que existem fraudes no sistema atual.
O presidente, que afirma de maneira errada que a votação eletrônica não é auditável, diz ter provas de fraude na eleição presidencial de 2018, alegando tê-la vencido ainda no primeiro turno. Ele, no entanto, jamais apresentou as provas que alega possuir e, na semana passada, diz que as apresentará “se quiser”.
A eventual adoção do voto impresso – em discussão no Congresso Nacional – tem enfrentado resistências de partidos políticos, inclusive aliados do governo.
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O instituto MDA realizou 2.002 entrevistas nos dias 1º e 3 de julho e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.