Lucro líquido da Kepler Weber caiu 42% no terceiro trimestre

Resultado alcançou R$ 66,6 milhões; Ebitda e receita também recuaram

Fernando Lopes

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A Kepler Weber, líder em equipamentos e soluções para a pós-colheita de grãos na América Latina, encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 66,6 milhões, 42,4% menor que no mesmo período de 2022 (R$ 115,6 milhões). O lucro da empresa antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 43,3% na comparação, para R$ 88,3 milhões, e a receita líquida diminuiu 21,4%, para R$ 405,6 milhões.

Estruturas de armazenagem da Kepler Weber

Mesmo com a piora dos resultados na comparação anual, a companhia realçou os avanços em relação ao segundo trimestre deste ano, sobretudo a retomada de projetos atendidos por sua divisão Fazendas, embalada pelo aumento de recursos no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) previsto neste Plano Safra 2023/24, que começou em julho. Especialistas já alertavam que haveria aumento de demanda nessa frente, uma vez que o escoamento da colheita de grãos no ciclo 2022/23 foi mais turbulento que o normal e chamou a atenção para o velho déficit brasileiro na área de armazenagem.

No segmento Fazendas, a receita líquida da Kepler Weber registrou queda de 41,5% no terceiro trimestre ante igual intervalo de 2022, para R$ 145,6 milhões. Mas foi o melhor resultado entre os trimestres deste ano. No segmento Agroindústrias, que também inclui projetos para cooperativas, houve incremento de 3,6%, para R$ 154,2 milhões. Negócios internacionais, concentrados no Paraguai e no Uruguai, resultaram em receita 33,5% menor, da ordem de R$ 31,3 milhões, enquanto o segmento Portos e Terminais registrou retração de 76,6%, para R$ 3,2 milhões. Na área de Reposição e Serviços, finalmente, a receita subiu 24,7% e chegou a R$ 71,3 milhões.

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A Kepler Weber também realçou, em relatório, que seu caixa segue em um patamar “sólido”, de R$ 320 milhões, mesmo após o pagamento de R$ 132,7 milhões em dividendos e da aquisição de uma participação de 50% na empresa Procer, por R$ 50,8 milhões.

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Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023.