Lucro do Itaú Unibanco cai 35% em 2020 e fica em R$ 18,5 bilhões

O ROE, por sua vez, fechou o ano passado em 14,5%, resultado 9,2 pontos percentuais abaixo dos 23,7% apresentados em 2019

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou o quarto trimestre com lucro recorrente de R$ 5,388 bilhões, um leve avanço de 7,1% ante os R$ 5,030 bilhões do terceiro trimestre, mas 26,1% abaixo dos R$ 7,296 bilhões de um ano antes.

No acumulado de 2020, por sua vez, o maior banco privado do País viu seu lucro cair 34,6%, atingindo R$ 18,536 bilhões, contra R$ 28,363 bilhões no ano de 2019.

O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (indicador que mede como os bancos investem os recursos de seus acionistas, chamado de ROE) foi de 16,1%. Ele apresentou uma alta frente ao terceiro trimestre de 0,4 ponto percentual, mas ainda assim ficou 7,6 pontos percentuais abaixo do nível visto entre outubro e dezembro de 2019.

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Já no ano todo, o ROE do Itaú fechou em 14,5%, resultado 9,2 pontos percentuais abaixo dos 23,7% apresentados um ano antes.

Apesar da queda dos números, a carteira de crédito pessoal do banco fechou 2020 com uma alta de 20,3% ante o ano anterior, sendo que o melhor desempenho foi no segmento de micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 33,9%.

Além disso, o segmento de operações na América Latina subiu 30,7% dentro da carteira de crédito, que segundo o banco se deu por conta principalmente da variação cambial. Grandes empresas avançou 21,6% e pessoas físicas, 6,6%.

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“Apesar do crescimento da carteira, tivemos redução de 5,7% na margem financeira com clientes em função dos menores spreads em produtos de crédito, da mudança regulatória na taxa de juros do cheque especial e do impacto negativo da redução da taxa de juros em nosso capital de giro próprio e na margem de passivos”, ponderou o Itaú em seu release ressaltando que os efeitos foram compensados em parte pelo aumento no volume de crédito.

O custo do crédito, por sua vez, aumentou 66,4% em 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, pressionado principalmente pelos efeitos da pandemia.

“Isso pode ser atribuído à alteração relevante do cenário macroeconômico a partir da segunda quinzena de março de 2020, que capturada pelo nosso modelo de provisionamento por perda esperada, gerou uma maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa”, disse o banco.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.