Lucro do Bradesco sobe 35% no 4º trimestre e chega a R$ 6,8 bi; no ano, resultado cai 25%

O banco registrou ainda um crescimento de 7,3% nas receitas com prestação de serviços ante o terceiro trimestre, atingindo R$ 8,717 bilhões

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Bradesco (BBDC3BBDC4) fechou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido recorrente de R$ 6,801 bilhões, alta de 35,2% na comparação com o terceiro trimestre, e um avanço de 2,3% sobre o mesmo período de 2019.

Já no acumulado do ano, o banco encerrou com lucro de R$ 19,458 bilhões, uma queda de 24,8% ante os R$ 25,887 bilhões do ano anterior.

“Estamos bastante satisfeitos com o resultado do quarto trimestre do ano e, claro, de todo o exercício de 2020. São números que refletem o esforço e dedicação de todas as nossas equipes, num ano reconhecidamente difícil, desafiador em todos os aspectos, no qual a palavra de ordem foi superação e humildade”, afirma o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota à imprensa.

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Enquanto isso, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em 20% entre outubro e dezembro, aumento de 4,8 pontos percentuais ante o trimestre anterior, mas uma queda de 1,2 ponto percentual sobre o mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o resultado caiu 5,8 p.p., atingindo 14,8%.

“O resultado operacional do trimestre apresentou um excelente desempenho, reflexo das maiores receitas com a margem financeira e prestação de serviços, além da redução das despesas com PDD, que apresentaram queda de 18,3% no trimestre, sem impactar o nosso elevado nível de provisionamento”, disse o Bradesco em seu release de resultado.

O banco registrou ainda um crescimento de 7,3% nas receitas com prestação de serviços ante o terceiro trimestre, atingindo R$ 8,717 bilhões. Por outro lado, nos 12 meses de 2020, houve uma queda de 2,6% nas receitas, para R$ 32,747 bilhões.

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Enquanto isso, a margem financeira chegou a R$ 16,657 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 9% ante o terceiro trimestre e de 8% sobre o mesmo período de 2019. No ano, a margem ficou em R$ 63,128 bilhões, avanço de 7,4%.

Já as despesas operacionais tiveram uma queda de 2,1% entre o terceiro e quarto trimestre, ficando em R$ 11,483 bilhões. Já quando comparado com o mesmo período de 2019, o banco teve um recuo de 9,3% nas despesas.

No ano, o Bradesco registrou despesas de R$ 46,423 bilhões, um recuo de 5,3% ante os R$ 49,026 bilhões de 2019.

O banco ainda apresentou crescimento de 10,3% na carteira de crédito expandida em 2020, de R$ 604,9 bilhões para R$ 687 bilhões. A expansão veio principalmente por conta do segmento de pessoas físicas, que subiu 11,7% em um ano, a R$ 260 bilhões.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias encerrou o quarto trimestre em 2,2%, abaixo dos 3,3% registados no mesmo período de 2019 e pouco inferior aos 2,3% apurados nos três meses anteriores.

Segundo Lazari, o desempenho em 2020 mostrou a capacidade do Bradesco de enfrentar cenários adversos. “Tivemos agilidade e adotamos ações objetivas de gestão para mobilizar a nossa rede de distribuição de produtos e serviços, além de contarmos com uma estrutura tecnológica robusta para o atendimento digital”, disse.

Para 2021, mostrou confiança e disse que o cenário não é mais de desolação, mas, sim, de reconstrução, com incertezas menores que no ano passado. “A pandemia está aí, um problema grave, mas já temos a vacinação em andamento em todo o mundo. Sem dúvida, a velocidade e o impacto dessa imunização são menores que o nosso desejo, mas é o caminho possível e o cenário é positivo para o médio prazo”.

O executivo afirmou que tem convicção de que a economia entrará em terreno positivo neste ano e que o ciclo de recuperação poderá surpreender na medida que a vacinação avance com mais ritmo. “2021 será muito melhor que 2020”, ressaltou.

(Com Agência Estado)

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