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SÃO PAULO – Um dos principais beneficiários do cenário de retomada da economia e de queda dos juros, o setor de varejo é a aposta de muitos analistas para a temporada de resultados do terceiro trimestre, que começa a ganhar forças na segunda quinzena de outubro.
Em relatório com as expectativas para os números do terceiro trimestre, os analistas do UBS do setor de varejo preveem um lucro líquido quase quatro vezes maior (ou alta de 290%) na comparação anual dentre as empresas que o banco suíço faz cobertura.
Na soma dos lucros, a expectativa é de que as companhias de varejo com cobertura do UBS – Lojas Americanas (LAME4), B2W Digital (BTOW3), Pão de Açúcar (PCAR4), Via Varejo (VVAR11), Lojas Renner (LREN3), Cia. Hering (HGTX3), Hypermarcas (HYPE3), RD (RADL3) e Natura (NATU3) – lucrem, juntas, R$ 805 milhões, ante R$ 206 milhões do mesmo período do ano passado.
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Entre os destaques, a expectativa é de que o Pão de Açúcar, a Lojas Renner, Raia Drogasil e Natura lucrem mais de R$ 100 milhões no período. A Hypermarcas deve registrar o maior lucro dentre as companhias, com resultado positivo de R$ 218 milhões. A B2W deve ter prejuízo mas, ainda assim, 58,4% menor na base de comparação anual.
Confira as projeções do terceiro trimestre de 2017 no quadro abaixo:
Vale destacar ainda que, também em prévia do setor de varejo, os analistas do BTG Pactual apontaram que os balanços das companhias também devem ser fortes, destacando inclusive outras companhias que não são alvo de recomendação pelo UBS.
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Dentre as empresas que devem mais brilhar no período, estão a Magazine Luiza (MGLU3), em meio à perspectiva de crescimento do e-commerce na casa dos 50% na comparação anual, Lojas Renner, com expectativa de crescimento de 12% nas vendas das mesmas lojas, além de se beneficiar para o não-pagamento do PIS/Cofins, CVC (CVBC3), com números operacionais fortes e expectativa de crescimento da receita com queda dos juros e Via Varejo, com melhora sequencial de vendas nas mesmas lojas e alta do e-commerce de 20% na comparação anual. Todas devem se beneficiar de forte crescimento no número de vendas e Ebitda.
Enquanto, isso os números operacionais da Lojas Americanas devem ser menos expressivos, com B2W e Selic menor ajudando a puxar o lucro. A RD, por sua vez, deve sofrer com aumentos menores nos preços de medicamentos, mas sua execução e agressivo plano de abertura de lojas contribuem para maior receita líquida e menor pressão nas margens. Entre os destaques negativos do BTG, a Natura deve vir com o resultado fraco corroborando para a visão cautelosa desde a compra da The Body Shop, que fez com a alavancagem aumentasse bastante, além de Pão de Açúcar, com inflação menor de alimentos pressionando vendas nas mesmas lojas e margens.