Lucro da Natura salta 118%, prejuízo da Cyrela cresce 17 vezes e mais resultados

Qualicorp, Aliansce, Tenda, Rumo e Tegma também divulgaram seus balanços 

Weruska Goeking

(Mariana Zonta)

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do terceiro trimestre continua a todo vapor no mercado brasileiro. A Natura viu seu lucro líquido saltar 117,9% na comparação com o ano anterior, enquanto o prejuízo da Cyrela aumentou 17 vezes na comparação com o resultado do terceiro trimestre de 2017. 

Qualicorp, Aliansce, Tenda, Rumo e Tegma também divulgaram seus balanços. Confira os balanços divulgados após o fechamento da Bolsa nesta quinta-feira (8):

Natura (NATU3)

A Natura registrou um lucro líquido consolidado de R$ 132,8 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 117,9% em relação a período do ano passado. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 483 milhões, uma expansão de 7,2%, e a margem Ebitda atingiu 14,9%, queda de 4,1 pontos percentuais ante o mesmo intervalo de 2017.

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A receita líquida consolidada somou R$ 3,241 bilhões, alta de 37,1% na comparação anual. O resultado financeiro líquido ficou negativo R$ 163,9 milhões, ante perdas de R$ 275,4 milhões no terceiro trimestre de 2017.

B3 (B3SA3)

A receita total atingiu R$1,275 bilhão, aumento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com crescimento de receitas em todos os segmentos de negócio.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp registrou lucro líquido consolidado de R$ 109,7 milhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 1,1% ante igual trimestre do ano passado. O Ebitda ajustado atingiu R$ 241,9 milhões entre julho e setembro, uma queda de 8,2% na comparação anual. A margem no período ficou em 49,3% ante 50,6% de um ano antes.

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Segundo a empresa, a retração do Ebitda reflete a redução da receita operacional, combinada à mudança na política para situações de inadimplência. A receita líquida encerrou o período de julho a setembro em R$ 491,1 milhões, queda de 5,7%.

A perda de faturamento reflete a queda no portfólio de vidas. O total de beneficiários terminou o período em 2,558 milhões, ante 4,644 milhões de um ano antes.

Aliansce (ALSC3)

A empresa registrou lucro líquido de R$ 21,280 milhões, queda de 11,1% na comparação com o terceiro trimestre de 2017. O Ebitda ajustado foi de R$ 96,603 milhões, um crescimento de 10,3% em relação ao ano anterior e a receita líquida cresceu 3,2%, para R$ 133,670 milhões no terceiro trimestre. 

As vendas totais em shoppings da Aliansce alcançaram R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, um crescimento orgânico de 4,5% na comparação anual.

CPFL Renováveis (CPRE3)

A CPFL Energias Renováveis registrou lucro líquido de R$ 121 milhões no terceiro trimestre de 2018, valor recorde para a companhia e 27,6% maior ante o resultado do mesmo período de 2017. A receita líquida da companhia de energia renovável alcançou os R$ 621,7 milhões, 6,3% acima do verificado nos mesmos meses de 2017. O aumento da receita trimestral foi influenciado pelo crescimento da geração de energia, que totalizou 2.130 GWh, 2,9% a mais que o verificado nos mesmos meses do ano passado.

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Tegma (TGMA3)

A empresa de logística teve lucro líquido foi de R$ 31,1 milhões no terceiro trimestre, valor 103,5% superior ao observado um ano antes. O resultado foi impactado positivamente pelo crescimento da receita, pelo controle de custos e despesas, pela redução do custo de dívida e negativamente por uma denúncia espontânea envolvendo a regularização de ICMS na operação de químicos no valor de de R$ 7,2 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 57,8 milhões, alta de 41% influenciada pelos melhores resultados operacionais de ambas divisões.

Rumo (RAIL3)

A Rumo apresentou R$ 229 milhões de lucro líquido no terceiro trimestre, valor 194,2% acima do observado um ano antes. O ebitda foi de R$ 953 milhões, 19% superior ao terceiro trimestre de 2017 e a receita líquida alcançou R$ 1,877 bilhão, alta de 13,8% na comparação anual. 

Tenda (TEND3)

A Tenda, construtora e incorporadora com foco no Minha Casa Minha Vida (MCMV), fechou o terceiro trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 64,4 milhões, 109,8% mais do que no mesmo período de 2017. O Ebitda ajustado somou R$ 82,7 milhões, 70,1% mais na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu 4,5 pp, para 17,9%.

A receita líquida totalizou R$ 461,5 milhões, crescimento de 27,7%. O crescimento do lucro da Tenda é reflexo do aumento dos lançamentos e vendas nos últimos trimestres, levando à ampliação da receita e à diluição de despesas.

Cyrela (CYRE3)

A incorporadora fechou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 121 milhões, uma perda cerca de 17 vezes maior do que a registrada no mesmo período de 2017, quando o prejuízo foi de R$ 7 milhões.

A receita líquida totalizou R$ 725 milhões, alta de 21,2% na mesma base de comparação, reflexo do maior volume de operações de lançamentos e vendas nos últimos meses. A companhia não divulga o Ebitda.

Iochpe-Maxion (MYPK3)

A Iochpe-Maxion teve lucro líquido de R$ 93,5 milhões no terceiro trimestre ante prejuízo líquido de R$ 28,7 milhões um ano antes. A receita operacional líquida consolidada alcançou R$ 2.617,3 milhões um crescimento de 35,4% em relação ao terceiro trimestre de 2017. O ebitda atingiu R$ 312 milhões, crescimento de 41,7%.

Direcional (DIRR3)

A Direcional registrou lucro líquido de R$ 11,582 milhões ante prejuízo de R$ 29,390 milhões no terceiro trimestre de 2017, e a receita líquida alcançou R$ 309,919 milhões, alta de 54% na comparação anual. O Ebitda ajustado foi de R$ 36,453 milhões ante resultado negativo em R$ 4,370 milhões no ano anterior. 

(Com Agência Estado)