Lucro da Magazine Luiza sobe 243%; Cemig vendendo fatia da Taesa, emissão da Vale e resultados no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira (3)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados voltou a ganhar forças na noite desta quarta-feira (3) com 6 balanços agendados. Porém, nem só de balanço fica o radar de notícias, com destaque para a informação de que a Cemig planeja vender uma fatia na Taesa. Confira os destaques:

Cemig (CMIG4)
A Cemig avalia vender parte de suas ações na transmissora de energia Taesa, na qual controladora, para levantar cerca de R$ 500 milhões, informou a Reuters citando uma fonte com conhecimento do assunto. De acordo com a agência de notícias, a estatal mineira pretende vender 6,5% de sua participação de 43,36% na companhia.

Dessa forma, a Cemig ainda continuaria como a principal acionista, seguida pelo fundo Coliseu, que detém 22,14% da Taesa. Segundo as informações, a fatia na companhia a ser ofertada faz parte de um grupo de ações que a Cemig desvinculou recentemente do bloco de controle da transmissora.

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“Esse processo deve acontecer nas próximas semanas, entre um e dois meses… isso é o que ela tem em mente agora, mas se precisar vender mais, tem liquidez… tem bastante comprador, a Taesa é uma empresa redonda, muito bem gerida”, afirmou a fonte.

Vale (VALE3; VALE5)
Vale precificou a oferta de bônus de sua subsidiária integral Vale Overseas de US$ 1 bilhão com cupom de 6,250% para os bônus com vencimento em agosto de 2026. Os bônus têm um cupom de 6,250% ao ano, pagos semestralmente, e foram precificados a 100% do valor de face do título. Esses bônus têm vencimento em 10 de agosto de 2026 e foram emitidos com um spread de 470,3 pontos-base sobre os títulos do Tesouro dos EUA, resultando em um rendimento para o investidor de 6,250% ao ano. 

A Vale pretende utilizar os recursos líquidos dessa oferta para pagar parte do preço de resgate dos bônus com cupom de 6,250% e com vencimento em 2017, emitido pela Vale Overseas e garantidos pela Vale, com vencimento em janeiro de 2017.

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Magazine Luiza (MGLU3)
A rede varejista Magazine Luiza encerrou o segundo trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 10,4 milhões – uma alta de 243% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro ficou em R$ 15,7 milhões, alta de 166% frente aos primeiros seis meses de 2015.

Segundo a empresa, as vendas brutas consolidadas cresceram 4,8% de abril a junho em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Já as vendas do e-commerce tiveram alta de 33,6%, e alcançaram 22,5% do total das vendas da empresa.

A companhia registrou também um “impairment” relacionado à provisões para perdas em crédito de liquidação duvidosa de R$ 5,5 milhões no trimestre. O forte crescimento do lucro, no entanto, foi reflexo da queda das despesas com vendas, gerais e administrativas no segundo trimestre, graças a um controle rigoroso de gastos, de acordo com a companhia.

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Multiplus (MPLU3)
O lucro líquido da Multiplus teve alta de 25% no segundo trimestre na comparação anula, atingindo R$ 136,5 milhões, enquanto a receita líquida entre abril e junho cedeu 3%, para R$ 543,7 milhões. Por outro lado, o custo de resgates de pontos recuou 10%.

As despesas operacionais recuaram 12%, levando o lucro operacional a R$ 147,2 milhões, o que representa um avanço de 23%. Já a margem operacional chegou a 27,1%, com alta de 5,8 pontos percentuais.

Totvs (TOTS3)
A companhia de tecnologia Totvs viu seu lucro líquido cair 45% no segundo trimestre deste ano, para R$ 37,7 milhões, resultado afetado, de acordo com comunicado, pela mudança na estrutura de capital da companhia no período, que saiu de uma posição de caixa líquido entre abril e junho de 2015 para uma posição de dívida líquida no segundo trimestre deste ano.

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Enquanto isso, a receita líquida da companhia totalizou R$ 545 milhões no período, com queda de 2% em relação ao mesmo período de 2015. No 2T16, a companhia conquistou 900 novos clientes em subscrição e vendeu 440 unidades da solução Bemacash, que combina o software de gestão da TOTVS para microempresas (Fly01) e soluções de hardware de automação e fiscais da Bematech.

Mills (MILS3)
A Mills registrou prejuízo líquido de R$ 20,9 milhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 156% em relação às perdas de R$ 8,2 milhões do mesmo período de 2015. De acordo com o balanço, os números foram impactados pela piora no desempenho operacional, além de provisões e despesas não recorrentes. “A forte deterioração da atividade econômica no Brasil, resultou na continuidade da pressão sobre preço e volume em nossas unidades de negócio”, disse a empresa.

A receita líquida da companhia recuou 29%, para R$ 105,4 milhões, enquanto os custos não caíram em igual proporção e houve aumento de despesas, levando a um prejuízo operacional de R$ 26,1 milhões, contra lucro operacional de R$ 9 milhões um ano antes. 

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Sanepar (SAPR4)
A Sanepar, estatal de saneamento do Paraná, viu seu lucro líquido subir 85% no segundo trimestre deste ano, atingindo R$ 209,1 milhões. Já a receita líquida da companhia cresceu 24% no mesmo período, totalizando R$ 876,1 milhões, enquanto o Ebitda avançou 68%, a R$ 339,6 milhões.

O resultado se deve principalmente ao crescimento da receita operacional e por reversão de provisões cíveis e ambientais decorrentes de sentença judicial favorável à empresa.

Sonae Sierra (SSBR3)
A operadora de shopping centers Sonae Sierra fechou o segundo trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 55,62 milhões, uma queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia detalhou que o lucro líquido atribuível aos proprietários da controladora totalizou R$ 3,9 milhões, uma retração de 94,4% na mesma base de comparação.

O Ebitda atingiu R$ 53,1 milhões, montante 5,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda caiu 6,0 pontos porcentuais, para 64,5%. O fluxo de caixa operacional (FFO, na sigla em inglês) totalizou R$ 31,1 milhões, diminuição de 11,6%. Já a receita líquida no segundo trimestre alcançou R$ 82,3 milhões, um aumento de 2,9%.

Em sua apresentação de resultados a companhia explicou que, mesmo com crescimento da receita, o Ebitda caiu devido às maiores provisões para créditos de liquidação duvidosa e custos com lojas vagas, enquanto o resultado líquido foi afetado por maiores impostos correntes.

Profarma (PFRM3)
A Profarma registrou um lucro líquido de R$ 8,4 milhões no segundo trimestre, uma forte alta ante os R$ 126 mil de um ano antes. A empresa destaca na comparação a mudança estrutural e seus eventos operacionais e societários relativos à aquisição dos 50% remanescentes da rede de varejo Tamoio em dezembro de 2015 e os eventos não recorrentes ocorridos nos períodos comparados. Com isso, o lucro ajustado seria de R$ 16 milhões.

A receita da farmacêutica cresceu 19,2% no período, para R$ 1,1 bilhão, enquanto o Ebitda atingiu R$ 54,1 milhões, o que representa uma alta de 99%. A receita com a divisão distribuição farma somou R$ 1 bilhão, aumento de 11,4% em um ano.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.