Lucro da Hypermarcas cresce 169% no 3° tri, Petrobras conclui financiamento de R$ 1,2 bi e mais 8 destaques

Confira os destaques corporativos da noite desta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Investidores ficaram atentos esta noite à temporada de balanços do 3° trimestre. Foram 3 empresas que revelaram seus números após o fechamento do mercado desta sexta-feira. Além dos resultados, destaque também para 7 notícias corporativas. 

Confira abaixo o que foi destaque na noite desta sexta-feira:

Hypermarcas (HYPE3)
A Hypermarcas viu seu lucro líquido crescer 168,7% no 3° trimestre do ano quando comparado com 2015, indo de R$ 75,38 milhões para R$ 202,51 milhões, após conseguir reverter suas despesas financeiras em receita, tendo um resultado positivo de R$ 688 mil. O lucro acima das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg de R$ 186,5 milhões. Já a receita líquida da empresa avançou 9,8% no período, passando de R$ 738,4 milhões um ano antes para R$ 811 milhões.  

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Comgás (CGAS5)
A Comgás, distribuidora de gás natural controlada pelo grupo Cosan, registrou um lucro líquido de R$ 216 milhões no 3° trimestre, crescimento de 12,3% em relação a igual período de 2015. O resultado foi influenciado principalmente por queda de 39,5% no custo gás. A receita líquida atingiu R$ 1,38 bilhão no período, queda de 20,9% na comparação anual.

Além do resultado, a empresa elevou a projeção de Ebitda entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2 bilhões para 2016, ante expectativa na faixa de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,6 bilhão. O capex (investimentos em bens de capital) foi mantido entre R$ 470 milhões e R$ 520 milhões. 

Duratex (DTEX3)
A Duratex, fabricante de painéis de madeira, louças e metais sanitários, registrou lucro líquido de R$ 29,86 milhões no 3° trimestre, queda de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 967,09 milhões, queda de 7,2% em igual período de comparação. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 5,7%, para R$ 254,89 milhões, enquanto a margem Ebtida (Ebitda/Receita Líquida) aumentou de 23,1% para 26,4%. 

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Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras concluiu nesta sexta-feira, por intermédio de sua subsidiária integral Petrobras Global Trading B.V., um financiamento de 1,2 bilhão de dólares, com vencimento em 2023, sem garantia real (unsecured), com o Banco Santander, informou a petroleira estatal em um comunicado. 

A linha contratada, segundo a Petrobras, será utilizada para quitar 800 milhões de dólares de dívida existente com o próprio banco que vence em 2017. Os recursos restantes –400 milhões de dólares– serão utilizados para antecipar o pagamento de outras dívidas bancárias, segundo a empresa.

Vale (VALE3; VALE5)
A mineradora brasileira Vale afirmou nesta sexta-feira que seu Conselho de Administração deliberou a venda dos ativos de carvão Carborough Downs, na Austrália, mas que o desinvestimento não é relevante para a companhia. A informação consta de um esclarecimento feito ao mercado após notícia publicada no jornal Valor Econômico. Na nota, a Vale não divulga valor do ativo nem eventual comprador.

A mineradora também explicou que não houve qualquer deliberação sobre a venda de seu negócio de fertilizantes na reunião do Conselho de Administração da Vale, em 26 de outubro, após questionamentos feitos pela Bovespa. “Além disso, ressaltamos que a Vale continua trabalhando no sentido de formar uma parceria estratégica na área de fertilizantes, em linha com sua estratégia anteriormente comunicada ao mercado.”

Light (LIGT3)
A Light informou que recebeu proposta da EDF para a compra de 51% de sua usina hidrelétrica Itaocara. A usina é detida indiretamente pela Light por meio de sua subsidiária Itaocara Energia. A operação está sujeita ainda às aprovações regulatórias necessárias e demais condições precedentes. A proposta ainda prevê que a Light tenha até o dia 31 de janeiro de 2017 para negociar a aquisição durante o período de exclusividade.

Ambev (ABEV3)
A companhia de bebidas Ambev informou nesta sexta-feira que descontinuou a divulgação da projeção para receita líquida no Brasil para 2016. Mais cedo, ao divulgar os resultados do terceiro trimestre, a empresa havia informado que não mais esperava atingir meta de receita líquida estável no país para o ano de 2016, citando as incertezas da economia brasileira e a difícil base de comparação da receita com o quarto trimestre de 2015. A receita líquida da empresa de cerveja no Brasil caiu 5,3% no terceiro trimestre, na comparação anual.

Outras projeções foram mantidas. A de alta do custo dos produtos vendidos, excluindo depreciação e amortização, foi mantida na faixa de um dígito médio e alto. A de alta das despesas com vendas, gerais e administrativas, excluindo depreciação e amortização, se manteve em um dígito baixo para o ano, enquanto a de investimento seguiu inferior ao dos níveis de 2015.

CCR (CCRO3)
Apesar da dificuldade para obter recursos prometidos pelo BNDES, a CCR não cogita devolver a concessão do terminal aéreo Confins, em Belo Horizonte, disse o vice-presidente da empresa José Ciofi. A CCR compõe o consórcio BH Airport, ao lado de Zurich Airport e Infraero. O grupo venceu a disputa pela concessão do terminal em 2013.

Segundo o executivo, alguns empréstimos prometidos pelo banco ainda não se viabilizaram. Além disso, os sócios privados assumiram investimentos na expansão e melhora do terminal que não estavam planejados e que eram obrigação da Infraero. E os que aconteceram são menores do que o previsto, para o terminal e para rodovias administradas pela empresa.

“Não culpo o BNDES, que está se adequando a realidade do país”, disse ele. “Estamos conversando com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para ver se a gente consegue ajustar contratos pela via do reequilíbrio mesmo”, adicionou.

Daycoval (DAYC4)
O banco Daycoval confirmou que firmou acordo com o Citi pelo qual vem comprando carteiras de crédito de empresas junto ao banco no Brasil, segundo comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O valor da transação é inferior aos R$ 600 milhões do piso da faixa de até R$ 1 bilhão que jornal O Estado de S. Paulo teria noticiado como referente à carteira de pequenas e médias empresas do Citi, diz Daycoval no comunicado. 

Segundo o banco, o valor em negociação representa menos de 3% da carteira de crédito do Daycoval e representa “parcela irrelevante de seus ativos totais”. 

Cteep (TRPL4)
A Cteep, ou Transmissão Paulista, informa que os recursos para a implantação dos empreendimentos arrematados nesta sexta-feira, 28, em leilão de transmissão serão obtidos através de aportes de capital dos acionistas. Segundo a empresa, os projetos buscarão também apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do mercado de capitais através de Debêntures de Infraestrutura e demais fontes de financiamento. 

“As conquistas fazem parte da estratégia de retomada do crescimento da companhia, por meio de investimento na implementação de infraestrutura e operação de novos empreendimentos, que contribuirão para a expansão do sistema de transmissão de energia elétrica do Brasil”, disse a empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, os projetos podem proporcionar sinergias com operações existentes em Minas Gerais e Espírito Santo.

A empresa foi vencedora em três lotes do leilão de transmissão promovido hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foram arrematados os lotes 3 e 4, através do Consorcio Columbia, do qual participa em parceria com Taesa, na proporção igualitária de 50%; e o lote 21, de forma individual.

(Com Reuters)