Lojas Americanas fará oferta de ações de até R$ 7 bilhões, Gol divulga dados prévios e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (6)

Equipe InfoMoney

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Ainda não está clara qual será a solução para a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, mas as empresas seguem animadas em acessar o mercado de ações para levantar recursos para os seus negócios.

A Lojas Americanas pretende fazer uma oferta de ações para levantar entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões e parte dos recursos será destinado à B2W, controlada pela varejista.

Já a Marisa informou que as lojas de rua estão com um desempenho cerca de 10% superior e a China suspendeu temporariamente as importações de carne suína provenientes das unidades da BRF em Lajeado (RS) da JBS em Três Passos (RS).

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Lojas Americanas (LAME4)

A Lojas Americanas fará uma oferta de ações para levantar entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões. A informação, antecipada pelo Brazil Journal, foi confirmada por fato relevante divulgado nesta manhã dando mais informações sobre a operação.

A oferta será primária e os recursos serão utilizados para investimentos na Ame Digital, incluindo expansão das áreas de tecnologia e logística; capitalização da B2W que pode chegar a R$ 3 bilhões; e na melhora da estrutura de capital.

Segundo o fato relevante enviado à CVM, a oferta da empresa que tem como controladores Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles será de 100 milhões de ações preferenciais e 80 milhões de ordinárias. Com base na cotação da última sexta-feira, esse montante representaria uma captação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

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Há ainda, de acordo com a demanda, a possibilidade da oferta ser elevada em até 35%. Com a venda adicional, o volume da operação chegaria a R$ 7 bilhões.

JHSF (JHSF3)

O Conselho de Administração da JHSF Participações aprovou uma oferta de ações de até 41 milhões de ações em uma oferta primária.

Esse montante poderá ser acrescido em até 8,4%, segundo fato relevante enviado à CVM.

Marisa (AMAR3)

Ainda sobre o setor varejista, a Lojas Marisa afirmou que as lojas de rua estão com um desempenho cerca de 10% superior ao das lojas de shoppings, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

A rede conta com 354 lojas, sendo metade em shoppings. Desse total, 240 estão em funcionamento. Marcelo Pimentel, presidente da varejista, informou que o tempo de permanência dos clientes na lojas está menor, mas com tíquete médio maior.

Gol (GOLL4) e Smiles (SMLS3)

A Gol divulgou os números prévios do tráfego aéreo no mês de junho. O mês foi marcado pelo aumento da malha para 100 voos ao dia.

Esse aumento foi possível com a ajuda da reabertura das rotas para Porto Seguro (Bahia), Petrolina (Pernambuco) , Ilhéus (Bahia), Juazeiro do Norte (Ceará) e Chapecó (Santa Catarina), além do aumento de frequências nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Brasília e Galeão (Rio de Janeiro).

A companhia registrou um aumento da demanda doméstica de 95,4% sobre maio. Já a oferta subiu 84,8%. A taxa de ocupação da Gol foi 79,1%. A Gol não realizou voos internacionais em junho.

Ainda em destaque, o Conselho de Administração da empresa de gestão de programa de fidelidade Smiles aprovou a compra de R$ 1,2 bilhão em passagens da Gol, sua controladora.

O acordo comercial consiste na aquisição de crédito da Gol para a compra futura de passagens aéreas pela Smiles.

Como contrapartida, a Smiles terá acesso a tarifas em preços e termos mais competitivos do que anteriormente previsto no contrato operacional entre as duas empresas. Entre esses novos termos está o desconto médio de 11% sobre o preço atualmente exercido entre as partes.

Nas contas da Smiles, as novas condições devem gerar valor econômico de cerca de R$ 85 milhões com redução de custo com resgate de passagens e surgimento de novas fontes de receita.

O saldo dos créditos, enquanto não utilizados na compra de passagens, será remunerado a 115% do CDI.

Cyrela (CYRE3), Even (EVEN3), Moura Dubeux (MDNE3), Direcional (DIRR3), EzTec (EZTC3), MRV (MRVE3), Tenda (TEND3) e Tecnisa (TCSA3)

O Credit Suisse retomou a cobertura do setor de construção. A Cyrela é a “top pick”, com recomendação de “outperform” e preço-alvo de R$ 32. Estão com a mesma recomendação os papéis da Even (preço-alvo de R$ 16), Moura Dubeux (R$ 12,50) e Direcional (R$ 20).

Para o Credit Suisse, há uma demanda reprimida aliada a crédito mais barato e preço ainda baixos. Essa combinação permite um cenário de recuperação das vendas. “Os players de média renda nos parecem melhores posicionados para o novo ciclo e com um maior potencial de crescimento”, avaliaram os analistas do banco.

Já os papéis da Eztec (R$ 49), MRV (R$ 21,50) e Tenda (R$ 37) receberam a classificação “neutra”. A única empresa com recomendação “underperform” foi a Tecnisa (R$ 14,50).

Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTA3), brMalls (BRML3) e BR Properties (BRPR3)

O Credit Suisse acredita que o ambiente de juros mais baixos vai tornar os retornos do setor de shoppings mais atrativo. O banco iniciou a cobertura de Multiplan já como “top pick”, com uma recomendação de “outperform” e preço-alvo de R$ 28. A classificação para a Iguatemi também é de “outperform” com preço-alvo de R$ 45.

“No curto prazo a visão para os shoppings deve permanecer negativa (vendas e aluguéis devem retornar aos níveis de 2019 só em 2022), mas acreditamos que a tese de longo prazo continua intacta”, avaliaram os analistas.

No caso de BR Malls e BR Properties, a recomendação é “neutra, com preços-alvos de, respectivamente, R$ 12,60 e R$ 11,30.

Os riscos para o setor são uma recuperação mais lenta das vendas devido à pandemia da Covid-19; uma mudança no potencial de poder de barganha dos operadores de shoppings; um crescimento de aluguéis mais baixo que o esperado em São Paulo; e uma maior taxas de juros reais de longo prazo.

Vale (VALE3)

A Vale informou à CVM que vai fazer uma nova emissão de títulos no mercado externo (bonds) com vencimento em 2030 por meio da Vale Overseas Limited.

O valor levantado, ainda não informado, vai ser garantido integralmente pela Vale.

BB Securities, Citigroup, Credit Agricole, Mizuho Securities, MUFG Securities e SMBC Nikko Securities vão atuar na oferta.

Frigoríficos

A China suspendeu as importações de uma unidade da JBS e de outra de suínos da BRF. A BRF disse à Bloomberg mais cedo que não foi oficialmente notificada da decisão e que tomou conhecimento dela através da publicação no site da Administração Geral das Alfândegas da China.

A JBS disse que não comentaria a decisão e que fez todos os esforços para garantir a produção de alimentos dentro dos mais altos padrões de qualidade e segurança, além da máxima proteção de seus funcionários.

Cosan (CSAN3)

E na noite de sexta-feira a Cosan, Cosan Logística e Cosan Limited anunciaram que seus conselhos de administração aprovaram o início do estudo de uma proposta de reorganização societária que será submetida à aprovação dos acionistas.

Se aprovada, a Cosan será consolidada em uma única holding. A empresa continuará a ser controlada pela Aguassanta, veículo de investimento da família de Rubens Ometto Silveira Mello.

A empresa informou ainda que pretende preparar suas principais subsidiárias e companhias co-controladas para eventuais ofertas públicas iniciais de ações (IPOs). A Raízen é uma das subsidiárias da Cosan.

Na avaliação dos analistas do Morgan Stanlen, a operação é positiva e as ações da Cosan Limited são as que mais devem se beneficiar desse anúncio, lembrando que todo o processo de reestruturação deve durar cerca de seis meses.

“Dada a complexidade da transação e outras tentativas mal sucedidas anteriores, não excluímos a possibilidade de que demore mais do que o esperado para ser concluído ou que a proposição seja retirada ou não aprovada”, informaram.

A visão mais positiva para a Cosan Limited decorre do fato da empresa ter um desconto de cerca de 9% em relação à Cosan e Cosan Logística. “Na troca de ações, os acionistas da Cosan Limited devem poder optar entre ações da Cosan ou ADRs (recibos de ações) que devem ser listados na Nyse”, avaliaram.

Cogna (COGN3)

A Vasta Plataform, da Cogna Educação (antiga Kroton), pediu registro para fazer uma oferta inicial de ações (IPO, ns sigla em inglês) na Nasdaq.

Segundo fato relevante, a oferta será feita exclusivamente no exterior. Também ficou definido que a Soma Educacional passará a ser integralmente controlada pela Vasta.

A plataforma vai consolidar as atividades do grupo relacionadas a soluções educacionais e digitais voltadas a escolas particulares que operam no segmento de educação básica.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida informou que foi vítima de um incidente de violação de segurança cibernética, segundo comunicado à CVM.

Segundo a companhia, o acesso não autorizado foi interrompido assim que a companhia tomou conhecimento.

“As informações potencialmente acessadas incluem tão somente dados cadastrais (como nome, endereço, CPF e CNPJ) de alguns clientes, portanto, não houve acesso a prontuários médicos ou informações financeiras”, informou a empresa.

A empresa espera concluir uma investigação sobre esse incidente nas próximas semanas.

CPFL Renováveis (CPRE3)

A CPFL Energias Renováveis informou, em fato relevante, que a CVM deferiu o pedido de conversão do registro de companhia aberta categoria “A” da Companhia para categoria “B”.

Na categoria “B”, a empresa deixa de ter ações em circulação no mercado.

No último dia 10, a companhia realizou uma oferta pública de aquisições (OPA) de seus papéis. Cada ação foi adquirida por R$ 18,24, totalizando R$ 3,347 milhões. A OPA era necessária para a etapa da conversão do registro.

Aéreas e privatização

O ministro Paulo Guedes voltou a defender a criação de um imposto sobre transações digitais, em entrevista à CNN Brasil na noite de domingo. Além disso, segundo Guedes, o governo federal
deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em período de até 90 dias, sem detalhar quais. Sobre o setor aéreo, ele disse que o governo vai comprar até 20% de uma grande
companhia aérea e, quando o valor dela subir, poderá vender as ações com lucro.

PagSeguro 

A PagSeguro é a companhia mais cotada até o momento para a compra da operação brasileira da empresa de pagamentos alemã Wirecard, diz o Valor Econômico citando fontes não identificadas
com conhecimento do assunto. A proposta gira em torno de R$ 400 milhões, segundo o mesmo jornal, e processadora americana Fiserv também estaria na disputa.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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