Log CP (LOGG3): venda de ativos é indicador positivo para reciclagem de portfólio e reduz alavancagem; ação sobe 5%

Companhia anunciou na véspera (16) a venda de dois galpões pelo montante R$ 165 milhões

Felipe Moreira

Galpões da Log CP em Goiânia (Divulgação)

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A Log Commercial Properties (LOGG3) anunciou na noite da última terça-feira (16) a venda de dois galpões: Gravataí e São José dos Pinhais. A venda totalizou R$ 165 milhões (9% do valor de mercado da empresa), para uma Área Bruta Locável (ABL) de 70.505 m² (ou R$ 2.340/m²).

O pagamento será dividido em três parcelas: 10% com o compromisso de compra, 60% no fechamento do negócio e 30% na última parcela, a ser recebida em até 13 meses após o fechamento, corrigida pela inflação.

Na sessão após a operação, as ações fecharam em alta de 5,33%, a R$ 19,76.

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O Itaú BBA avaliou a operação como positiva, dado: “i) o descompasso entre o preço ao NAV [Valor Presente Líquido] gerado pela venda e o preço implícito no preço atual das ações (o negócio é de cerca de 1 vez o NAV, enquanto LOGG3 está sendo negociada a 0,5 vez); ii) a venda implica em um cap rate (taxa de capitalização) de 8%, acima do dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) médio dos REITs (veículo de investimento do mercado imobiliário) de galpões; iii) a transação reforça o compromisso da companhia com sua estratégia de desalavancagem”.

No entanto, analistas do BBA ressaltam que o negócio ainda está sujeito à aprovação do órgão antitruste e ao atendimento de condições precedentes.

Para o Bradesco BBI, o anúncio é positivo para a Log CP e deve ajudar a aliviar o balanço da empresa (R$ 900 milhões em vendas no acumulado do ano e R$ 1,8 bilhão nos últimos 4 anos), o que adiciona mais flexibilidade ao plano de crescimento da empresa.

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Além disso, segundo analistas do BBI, é mais um sinal da capacidade da Log CP de executar de forma recorrente sua estratégia de reciclagem, que é um dos pilares da tese de investimento.

A XP Investimentos também considera a venda de ativos como um indicativo positivo da recorrência na estratégia de reciclagem de portfólio e espera ver um impacto positivo na alavancagem financeira no curto prazo.

“A negociação implicou uma margem bruta de 31% e estimamos um cap rate de 8,1%, o qual consideramos razoável”, comenta a instituição financeira.

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No entanto, a XP reitera recomendação neutra para a ação, pois vê a empresa de logística sendo negociada a um múltiplo Preço/FFO (fluxo de caixa proveniente das operações) de 24,8 vezes para 2023, o que considera exigente.

O BBA, por sua vez, mantém avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 28, o que representa um potencial de valorização de 49,3% frente a cotação de fechamento de terça-feira (16) de R$ 18,76. O BBI também mantém recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 38.