Líderes da União Europeia vão a Kiev em símbolo da resistência da Ucrânia

Receber líderes estrangeiros em sua própria capital, sob bombardeio, será uma conquista notável para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy

Reuters

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, fala à imprensa após reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em 5 de março de 2022 em Rzeszow, na Polônia. (Foto de Omar Marques/Getty Images)

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Três primeiros-ministros europeus viajaram de trem nesta terça-feira (15) para Kiev, na primeira visita de líderes estrangeiros à capital ucraniana desde que a Rússia lançou sua invasão ao país vizinho, em um símbolo marcante do sucesso da Ucrânia até agora ao rechaçar o ataque russo.

“É nosso dever estar onde a história é forjada. Porque não se trata de nós, mas do futuro de nossas crianças que merecem viver em um mundo livre de tirania”, afirmou o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki.

Morawiecki partiu em direção à fronteira junto com o primeiro-ministro da República Tcheca, Petr Fiala, e o da Eslovênia, Janez Jansa. O premiê tcheco afirmou que o objetivo da viagem é “confirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia”.

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Os políticos chegarão a uma cidade que está sob bombardeio russo. Metade dos 3,4 milhões de habitantes da capital ucraniana já fugiram e muitos que ficaram passam noites abrigados em estações de metrô subterrâneas.

Duas poderosas explosões abalaram a capital antes do amanhecer desta terça. Um prédio alto ficou em chamas após ser atingido por artilharia, deixando mortos e feridos.

Enquanto bombeiros tentavam apagar as chamas e equipes de resgate ajudavam a retirar os moradores presos no interior do edifício residencial usando escadas móveis, um cadáver jazia no chão dentro de um saco pláticos.

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Sentado no chão do lado de fora, Igor Krupa disse que sobreviveu porque dormiu sob um abrigo improvisado: “Todas as janelas saíram e todos os destroços entraram no apartamento”.

Mas, apesar dos bombardeios que reduziram algumas cidades a escombros, a maior força de invasão da Europa desde a Segunda Guerra Mundial ainda está sendo contida nos portões de Kiev após quase três semanas de guerra.

Os países ocidentais dizem que a Rússia acreditava que venceria em poucos dias, mas as principais rotas rodoviárias e ferroviárias da capital ucraniana ainda estão abertas e as tropas russas ainda não conseguiram capturar nenhuma das dez maiores cidades da Ucrânia.

Conquista para Zelenskiy

Receber líderes estrangeiros em sua própria capital será uma conquista notável para o presidente do país, Volodymyr Zelenskiy, que rejeitou ofertas para ser retirado em segurança da cidade no início da guerra e permanecendo no poder para unir o país.

Em sua declaração pública mais confiante até agora, Zelenskiy pediu que as tropas russas se rendessem, dizendo que elas e seus oficiais já sabiam que não havia esperança na guerra.

“Vocês não vão tirar nada da Ucrânia. Vocês vão tirar vidas. Há muitos de vocês. Mas suas vidas também serão tiradas. Mas por que vocês deveriam morrer? Para quê? Eu sei que vocês querem sobreviver”, afirmou o presidente ucraniano.