Klabin compra operação de embalagens da IP por R$ 330 mi; Eletrobras lucra R$ 10,7 bi em 2019 e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (30)

Equipe InfoMoney

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A Klabin anunciou no domingo a aquisição da operação de embalagens e papelão ondulado da International Paper no Brasil, por R$ 330 milhões. Segundo a Klabin, a unidade tem a capacidade de produzir 305 mil toneladas por ano e um market share de 6,6% do mercado brasileiro.

Já a Eletrobras, maior empresa de energia elétrica do Brasil e da América Latina, publicou balanço de 2019 no sábado. A estatal informou um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no quarto trimestre do ano passado, uma retração de 77% sobre igual período do ano anterior. No ano fechado de 2019, o lucro líquido da estatal caiu menos, 20% para R$ 10,7 bilhões.

Klabin (KLBN11)

A Klabin anunciou no domingo que comprou a operação para embalagens e papelão ondulado da International Paper no Brasil por R$ 330 milhões. Segundo a Klabin, a operação da International Paper tem a capacidade de produzir 305 mil toneladas anuais e suas vendas representam 6,6% do market share de embalagens e papelão ondulado no Brasil, segundo dados de 2018 da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO).

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Segundo a Klabin, R$ 280 milhões serão pagos no fechamento da transação e R$ 50 milhões após um ano e a empresa usará recursos próprios na aquisição. “A transação está alinhada à estratégia de crescimento da Klabin nos negócios de papéis e embalagens de papel, ampliando a flexibilidade operacional da companhia e trazendo maior estabilidade aos seus resultados”, informou a companhia.

O Bradesco BBI avaliou a aquisição pela Klabin em linha com a estratégia de aumentar sua lucratividade no Brasil. “A Klabin ganha mercado, avançando de 17% para 24% no market share de papelão ondulado, acima da segunda empresa do setor, a WestRock, com 9%. A Klabin também avança em regiões onde é pouco presente, como o Centro-Oeste do país”, avalia o BBI. O banco destaca, contudo, que a Klabin mantém os seus investimentos de R$ 3,8 bilhões no projeto Puma II em 2020, o que pode continuar a pressão no endividamento da empresa. O BBI mantém a nota Neutra para o papel KLBN11, com preço-alvo de R$ 21,00, 40% superior ao valor de R$ 14,98 na última sessão da B3.

Cosan (CSAN3)

O Itaú BBA iniciou a cobertura da Cosan, com uma nota outperform (acima da média) e um preço-alvo de R$ 72,00 para ação em 2020 – o papel fechou cotado em R$ 12,28 no dia 27 na B3. “Durante a década passada, a Cosan passou de uma empresa do setor de etanol e açúcar para um dos maiores grupos independentes de energia e logística do Brasil”, detalha o BBA.

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“Agora, com novas oportunidades de investimentos para os próximos anos, passamos a analisar não apenas os ativos atuais, mas também a estratégia da holding inteira”, informa o banco.

Eletrobras (ELET3;ELET6

A Eletrobras, estatal geradora e transmissora de energia elétrica do Brasil, publicou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro na madrugada do sábado (28). A empresa obteve um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no quarto trimestre de 2019, uma retração de 77% sobre igual período de 2018. O lucro líquido da estatal em 2019 inteiro recuou 20% sobre 2018, para R$ 10,7 bilhões. Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) foi de R$ 3,2 bilhões no quarto trimestre do ano passado. No consolidado de 2019, o Ebitda foi de R$ 10,3 bilhões, uma retração de 46% sobre 2018.

O resultado operacional da Eletrobras, contudo, melhorou em 2019. A receita líquida avançou 2,9% no quarto trimestre do ano passado, sobre igual período de 2018, para R$ 7,3 bilhões. No consolidado de 2019, a receita líquida avançou 7,8% para R$ 27,7 bilhões. A estatal encerrou 2019 com uma dívida líquida de R$ 21 bilhões, um crescimento de 5,3% sobre 2018.

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A alavancagem financeira, que é a relação da dívida líquida sobre o Ebitda, apresentou melhora, caindo de 2,1 vezes (2×1) em 2018 para 1,6 em (1,6x) em 2020. No ano passado, a estatal investiu R$ 3,3 bilhões, com a maioria dos recursos aplicados na construção da usina nuclear de Angra III e na transmissão. O guidance de 2020 prevê que os investimentos em Angra III e na transmissão de energia continuarão.

Taurus Armas (TASA4)

A fabricantes de armamentos Taurus publicou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado consolidado na manhã de hoje. A empresa gaúcha reverteu sete anos de prejuízos. No quarto trimestre do ano passado, a Taurus teve lucro líquido de R$ 22 milhões, revertendo prejuízo de R$ 15,2 milhões em igual período de 2018. Já no consolidado de 2019, o lucro líquido da Taurus foi de R$ 43,4 milhões, ante um prejuízo de R$ 59,9 milhões em 2018.

A receita operacional líquida da Taurus avançou 22% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período de 2018, para R$ 272,2 milhões. No ano inteiro de 2019, o faturamento líquido da fabricante foi de R$ 999,6 milhões, uma expansão de 18,3% sobre o ano anterior. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Taurus recuou 28,2% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período de 2018, para R$ 13,2 milhões. Já o Ebitda consolidado e ajustado de 2019 inteiro cresceu 10,3% sobre 2018, para R$ 128 milhões.

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A Taurus encerrou 2019 com dívida liquida de R$ 865,7 milhões, pequena variação de -1,7% sobre 2018. Segundo a empresa, os resultados mostram “que acertamos em nossa estratégia de conquistar novos mercados e desenvolver novos produtos, além de solidificar nossa política de gestão, baseada em processos robustos de produção, logística e foco total na qualidade”, afirma a mensagem da empresa no balanço.

A empresa brasileira abriu uma nova fábrica nos EUA no ano passado (em Bainbridge, Georgia) e iniciou exportações para a Índia, onde firmou parceria com o Grupo Jindal. A Taurus encerrou 2019 com a produção de 1,2 milhão de armas, acima das 1,1 milhão de 2018.

JBS (JBSS3)

Um funcionário de uma planta de processamento de carne suína da JBS USA em Ottumwa, Iowa, testou
positivo para coronavírus, disse a empresa em comunicado por email.

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O trabalhador está isolado e a instalação permanecerá aberta. Outro funcionário da equipe que teve contato direto e prolongado com o indivíduo diagnosticado foi enviado para casa em quarentena por 14 dias. A companhia informou ter implementado medidas de precaução para manter o local de trabalho, membros da equipe e produtos seguros.

Aéreas

Segundo o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, uma linha de crédito para ajudar as empresas aéreas que vêm sofrendo queda na demanda por causa restrição de viagens internacionais e nacionais devido ao coronavírus deve ser disponibilizada até o fim de abril.

“Os recursos serão investidos exclusivamente para as operações brasileiras das empresas. A gente quer fazer linhas que apoiem as concorrentes. Não queremos escolher uma única empresa. Os recursos não deverão ser usados para pagar credores financeiros.”

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Montezano acrescentou que a BNDES Participações (BNDESPar) vai atuar de forma contra-cíclica e vai “estar aportando capital em empresas de setores específicos” que estão sendo alinhados com ministérios do governo federal.

O Bradesco BBI avaliou que o pacote ainda a ser anunciado pelo BNDES para as empresas do setor aéreo brasileiro deverá reduzir o risco de liquidez de caixa das empresas. “O BNDES subscreverá debêntures conversíveis emitidas pelas empresas. O preço ainda está em negociação com as empresas aéreas. As debêntures terão dois anos para resgate e mais três anos de amortização”, informou o BBI. Segundo o banco, a operação deve ocorrer em abril.

Iguatemi (IGTA3

A Iguatemi cancelou as suas projeções sobre o desempenho (guidance) para 2020. A empresa de shopping centers declarou que o cancelamento do guidance decorre diretamente “de um menor grau de previsibilidade da companhia em relação aos seus resultados futuros neste momento de incerteza, por conta dos impactos econômicos e sociais do Covid-19 (coronavírus)”.

Fleury (FLRY3)

O Grupo Fleury comunicou que adiou a data da sua Assembleia Geral Ordinária do dia 27 para o dia 30 de abril. Segundo o grupo, a medida foi tomada por causa da epidemia do coronavírus que atinge o Brasil. O grupo, que reúne o Laboratórios Fleury e outras empresas de saúde, divulgará as instruções para a participação da assembleia, que ocorrerá em São Paulo, em “data oportuna”.

Planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está resistindo a uma promessa feita no dia 19 de março pelo Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta de liberar para as operadoras cerca de R$ 10 bilhões atualmente depositados em um fundo de garantia mantido pelas próprias empresas. Uma decisão deve sair hoje, mas o Valor Econômico apontou que a quantidade liberada deve ser menor do que as contrapartidas exigidas. Além disso, a expectativa era de que o conselho da ANS aprovasse rapidamente as medidas iniciais para aumentar a liquidez das operadoras. Uma delas seria suspender em 2020 a exigência de que as empresas provisionem valores a serem reembolsados ​​ao sistema público de saúde (SUS).

Segundo o Bradesco BBI, embora a ANS ainda não tenha aprovado todas as medidas recomendadas pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, outras medidas possam ser aprovadas mais à frente. Os operadores estão observando um aumento nos custos relacionados ao COVID-19. Além disso, quaisquer medidas que aumentem a liquidez para as operadoras de plano de saúde seriam definitivamente positivas, principalmente para as menores, que na maioria dos casos têm balanços fracos e acesso limitado a novas linhas de financiamento.  O adiamento potencial dos pagamentos do SUS também seria altamente positivo, se aprovado.

Farmacêuticas

O isolamento populacional adotado pelo governo na Índia contra a pandemia do COVID-19 pode ter um impacto no setor farmacêutico no Brasil, pois empresas como Biolab e Cellera Pharma usam matérias-primas importadas da Índia. Segundo Nelson Mussolini (Presidente do Sindusfarma) destacou ao Valor, China e Índia são parceiros importantes para o setor farmacêutico brasileiro, pois cada um deles contribui com cerca de 30-35% das matérias-primas utilizadas na produção de medicamentos.

No entanto, isso não deve ser um grande problema no curto prazo, pois as empresas têm estoque por quatro a cinco meses, em média.

“A principal preocupação está relacionada ao tempo de isolamento social. Parece que, se tivermos um processo curto e temporário de isolamento social, as empresas terão estoque suficiente para continuar administrando seus negócios. No entanto, se o processo demorar mais do que o esperado, vários problemas poderão ocorrer a partir da falta de matéria-prima para a produção de medicamentos”, avaliam os analistas do Bradesco BBI.

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