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Em relatório, o JPMorgan destacou que permanece otimista com as construtoras brasileiras – embora em menor medida do que antes – pois o primeiro estágio do rali já ocorreu devido a uma melhoria no sentimento – novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e ciclo de flexibilização da Selic. Porém, na visão dos analistas, ainda há espaço para as ações de sua cobertura no setor entre 20% e 60%.
Conforme relatório, a valorização pode ser impulsionada pela revisão positiva nos lucros devido ao maior crescimento e margens, além de múltiplos mais altos devido a taxas mais baixas.
Com isso, o JPMorgan definiu novos preços-alvo para o final de 2024, representando um aumento de 33% em relação a dezembro de 2023 (excluindo Tenda). “Esse aumento nos preços-alvo reflete uma revisão positiva de 5% no lucro por ação estimado para 2024 e uma redução de 50 pontos-base no Custo de Capital Próprio”, explicam analistas.
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Quanto ao sentimento do mercado, analistas enxergam uma limitada onda de notícias positivas no curto prazo, especialmente no segmento de baixa renda, uma vez que todas as medidas positivas para o MCMV já foram anunciadas, embora algumas ainda estejam pendentes de implementação.
No segmento média e alta renda, apesar do início do ciclo de flexibilização que ajuda no sentimento, as empresas esperam que as taxas de financiamento imobiliário SBPE só diminuam até o final de 2024.
A MRV (MRVE3) continua a ser principal escolha do banco, devido sua avaliação relativamente barata, menor exposição de patrimônio em risco para 2024 e potencial de valorização da Resia, seguida pela Cyrela (CYRE3) devido à sua exposição à renda média e alta, execução sólida e momentum positivo devido ao ciclo de flexibilização no Brasil.
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A ordem de preferência do banco continua com Direcional (DIRR3), Cury (CURY3), Eztec (EZTC3) e Tenda (TEND3).
Para o JPMorgan, o principal ponto para aumento em relação às suas estimativas e às do consenso em ambos os segmentos reside no crescimento e nas margens das empresas, uma vez que, neste momento, não está claro como:” i) as melhorias mais recentes no MCMV impactarão a acessibilidade para a compra de imóveis; e ii) como a flexibilização na Selic impactará os financiamentos imobiliários no segmento de renda média e alta durante 2024″.
Por outro lado, analistas destacam a falta de disponibilidade de financiamentos imobiliários como o principal risco para 2024, uma vez que o crescimento tanto na renda baixa quanto média e alta na renda deve ser sustentado por um aumento nos financiamentos.
O aumento na atratividade do MCMV deve levar a uma competição mais acirrada, pressionando os preços dos terrenos, bem como a disponibilidade de financiamentos. Atualmente, o orçamento habitacional do FGTS para 2024 é de R$ 73 bilhões, em comparação com R$ 97 bilhões para 2023 (após uma revisão recente para cima), enquanto analistas esperam um aumento de cerca de 10% nas vendas antecipadas em 2024 em relação ao ano anterior.
Confira as recomendações para as ações de construtoras do JPMorgan:
| Companhia | Ticker | Recomendação | Preço-alvo anterior | Preço-alvo revisado | Potencial de valorização (%)* |
| MRV | MRVE3 | overweight | R$ 16 | R$ 19 | +59% |
| Tenda | TEND3 | neutro | R$ 9 | R$ 18 | +25% |
| Direcional | DIRR3 | overweight | R$ 24 | R$ 29 | +41% |
| Cyrela | CYRE3 | overweight | R$ 21 | R$ 30 | +29% |
| EzTec | EZTC3 | neutro | R$ 18 | R$ 28 | +17% |
| Cury | CURY3 | overweight | R$ 18 | R$ 23 | +35% |
*em relação ao fechamento da véspera