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Com uma visão de longo prazo positiva para o setor de varejo farmacêutico, o banco JPMorgan reiterou recomendação equivalente à compra (overweight, exposição acima da média do mercado) para Hypera (HYPE3) e RD (RADL3).
De forma geral, os analistas esperam que o crescimento do setor deve ser resiliente e impulsionado por precificação semelhante à inflação para medicamentos existentes, bem como pela introdução de produtos de maior valor e pelo envelhecimento da população.
Para o curto prazo, segundo relatório, o crescimento da indústria está se estabilizando em um ritmo ainda bom, de cerca de 9%. “No entanto, as tendências não são homogêneas, com um mercado competitivo para fabricantes de genéricos e menores vendas de produtos sazonais, especialmente anti-gripais, devido ao clima mais quente”, diz o documento.
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Nesse contexto, o JPMorgan não vê grandes gatilhos de curto prazo para o setor, embora ainda goste da exposição devido à resiliência de crescimento de longo prazo e visibilidade.
Assim, continua a preferir a posição de longo prazo em RD, dada a visibilidade de bons resultados, consistência na entrega e, especialmente, sua liderança indiscutível no mercado, o que deve sustentar um crescimento médio anual de 21% no lucro por ação nos próximos 5 anos, justificando sua avaliação de 31 vezes Preço/Lucro para 2025.
Ainda assim, o banco vê riscos de queda nas expectativas de consenso no curto prazo, o que pode impactar o desempenho das ações no curto prazo.
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O banco reitera recomendação de compra e preço-alvo para dezembro de 2025 em R$ 32 por ação.
Hypera (HYPE3)
Mesmo como uma expectativa de crescimento mais fraco, o BBI reitera classificação de compra e preço-alvo de R$ 43 por ação no final de 2025, uma vez que vê a ação negociando a 10 e 8 vezes Preço/Lucro para 2024 e 2025, juntamente com um crescimento médio anual de 15% no lucro em 5 anos, gerando fluxo de caixa livre sólido e um rendimento de dividendos de 6%.
Assumindo que a Hypera continue a ter um desempenho abaixo do crescimento do mercado no 3º trimestre de 2024 (8%), já que seu mix de produtos mais sazonais está ficando atrás do setor, a entrega da orientação depende de uma recuperação sólida ano a ano para as vendas do 4º trimestre de 2024.
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Segundo estimativas, o Ebitda e lucro da Hypera devem atingir de cerca de R$3 bilhões e R$1,85 bilhão, respectivamente, dada a capacidade de racionalizar despesas de marketing e comerciais.
Em termos de avaliação, olhando para os níveis de preço atuais, o JPMorgan acredita que o mercado está pessimista, incluindo: 1) a não entrega da orientação; 2) remoção do subsídio fiscal sobre os incentivos do ICMS; e 3) menores pagamentos de JCP.
Pague Menos (PGMN3)
Menos otimista com Pague Menos, o JPMorgan recomenda venda da ação da farmacêutica devido a tendências operacionais ainda afetadas pela alavancagem financeira.
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Nos últimos trimestres, a empresa tem executado um plano de reestruturação sob a liderança do novo CEO, Jonas Marques, que está dando resultados positivos e devem continuar a gerar melhores resultados operacionais no 2º semestre de 2024.
No entanto, analistas permanecem cautelosos devido à alavancagem da empresa, que limita o capex e as perspectivas de crescimento em um mercado altamente competitivo. Nesse contexto, as altas taxas de juros representam um risco significativo para os lucros do próximo ano, em meio a uma alta (embora em melhora) alavancagem ajustada de 3 vezes dívida líquida sobre Ebitda.
A Pague Menos é negociada a 14 vezes P/L para 2025, o que representa um prêmio considerável em relação a outros nomes no setor de Saúde do Consumidor/Varejo no Brasil, dada sua alta alavancagem e perspectivas limitadas de crescimento.