JPMorgan aposta no metaverso e abre unidade na Decentraland

A instituição financeira de Wall Street também divulgou um paper que trata das oportunidades nas plataformas virtuais descentralizadas

CoinDesk

Fachada do JP Morgan nos Estados Unidos
Fachada do JP Morgan nos Estados Unidos

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O JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos, abriu uma unidade na Decentraland (MANA), mundo virtual baseado na tecnologia blockchain. Com esse novo passo, a instituição financeira disse que se tornou o primeiro credor a chegar no metaverso.

Além da inauguração do “Onyx Lounge” (nome do espaço de serviços autorizados do banco na rede Ethereum (ETH), onde roda a Decentraland), o JPMorgan também divulgou um paper no qual explora como as empresas podem encontrar oportunidades nesse novo universo virtual descentralizado.

“O cliente está muito interessado em aprender mais sobre o metaverso”, disse Christine Moy, chefe de cripto e metaverso do JPMorgan, em um e-mail. “Criamos um white paper (manual) para ajudar os clientes a eliminar o ruído e destacar qual é a realidade atual e o que precisa ser construído em tecnologia, infraestrutura comercial, privacidade/identidade e força de trabalho, a fim de maximizar todo o potencial de nossas vidas no metaverso.”

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Com a aceitação geral de tecnologias como tokens não fungíveis (NFTs), o ano passado viu um avanço sem fôlego no metaverso, um conceito que reúne jogos imersivos, construções de mundos virtuais e entretenimento, tudo alimentado por aplicativos de comércio integrados. Em janeiro, a gigante eletrônica Samsung abriu uma versão de sua loja de Nova York na Decentraland, e em novembro o país insular Barbados estabeleceu uma embaixada no mesmo local virtual.

O JPMorgan inicia o documento de avaliação da economia do metaverso, conhecido como “metanomics”, apontando que o preço médio de uma parcela de terreno virtual dobrou no segundo semestre de 2021, saltando de US$ 6 mil em junho para US$ 12 mil em dezembro nas quatro principais plataformas descentralizadas da Web 3: Decentraland, The Sandbox, Somnium Space e Cryptovoxels.

“Com o tempo, o mercado imobiliário virtual poderá começar a ver serviços semelhantes ao mundo físico, incluindo crédito, hipotecas e contratos de aluguel”, disse o relatório do JPMorgan. A instituição financeira também acrescentou que o gerenciamento de garantias das aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) poderia ganhar espaço no metaverso, e esse “serviço” seria conduzido por organizações autônomas descentralizadas (DAOs), e não por empresas financeiras tradicionais.

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O trabalho no metaverso também será lucrativo, citou o relatório, apontando para uma série de provedores de entretenimento, além de aplicativos como o “RTFKT”, plataforma de calçados virtuais recentemente adquirida pela Nike. Outro grande gasto provavelmente será em publicidade, mencionou o banco, estimando que os investimentos em anúncios dentro dos jogos devem chegar a US$ 18,41 bilhões até 2027.

O paper do JPMorgan tentou relacionar o “hype” do metaverso versus a realidade, afirmando que muitas áreas precisam melhorar. Isso inclui a experiência geral do usuário e o desempenho dos avatares, bem como a infraestrutura comercial.

“Acreditamos que o cenário de jogos virtuais existente (cada mundo virtual com sua própria população, PIB, moeda do jogo e ativos digitais) tem elementos paralelos à economia global existente”, citou. “É aqui que nossas competências centrais de longa data em pagamentos internacionais, câmbio, criação de ativos financeiros, negociação e custódia, além de nossa base de consumo em escala, podem desempenhar um papel importante no metaverso”.

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