JBS nega que está de olho em Natura e Pão de Açúcar; Dilma e o pré-sal e mais notícias

Petros vende participação acionária de 10% na Dasa e CSN paga multa também são destaques

Lara Rizério

(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – Se o dia é de alívio para os mercados internacionais, o noticiário corporativo brasileiro é bastante movimentado. Em destaque, a JBS (JBSS3) negou a informação de que passou a analisar a Natura (NATU3) e o Pão de Açúcar (PCAR4) com muita atenção. A informação foi veiculada na coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo. Ao InfoMoney, a diretoria de relações com investidores afirmou que a “informação não procede e não tem relação com a JBS

Em novembro, a controladora da JBS, a J&F, comprou o controle da Alpargatas (ALPA4). 

Petrobras
Segundo informações do jornal Valor Econômico, a presidente Dilma Rousseff aceita rediscutir o papel da Petrobras na exploração do pré-sal. Hoje, a Petrobras (PETR3;PETR4) é legalmente a única operadora e deve ter participação obrigatória de pelo menos 30% nos consórcios. A presidente concorda com mudanças, informa o Valor, desde que a empresa mantenha o direito de preferência nos próximos leilões.

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Vale destacar que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não fez “qualquer avaliação nem manifestação sobre projetos em tramitação no Congresso Nacional que objetivem modificar a legislação relativa ao setor de petróleo e gás”, segundo nota do ministério. Braga conversou com repórteres em 11 de fevereiro sobre as normas relativas a conteúdo nacional e ao fundo social, diz MME. Na semana passada, o Valor Econômico havia noticiado que o ministro aceitou debater papel da Petrobras como operadora do pré-sal.

Por fim, a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) informou à Dasa (DASA3) que vendeu toda a sua participação acionária na companhia. Conforme dados da BM&FBovespa e do site da empresa, a Petros detinha 10% do capital social da Dasa.

“Cabe ressaltar que a Petros não possui bônus de subscrição, bem como direitos de subscrição de ações e de opções de compra de ações e também não detém debêntures conversíveis de emissão da Dasa e não foram celebrados quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários”, esclareceu a Petros, no comunicado à Dasa.

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Destaque ainda para a BR Properties (BRPR3), a empresa pode perder seu principal contrato de locação, que representa cerca de 20% da sua receita, caso a Petrobras deixe de ocupar o espaço no empreendimento Ventura. Em processo de enxugamento de sua estrutura administrativa, a petroleira conta com a devolução de prédios alugados nos últimos dez anos para reduzir seus custos. De acordo com especialistas, a possível decisão da Petrobras eleva a taxa de vacância na carteira da BR Properties, o que dificilmente será revertido no curto prazo diante das dificuldades do mercado de imóveis no Rio de Janeiro. O movimento da estatal pode repercutir ainda na OPA feita pela GP Investiments para a BR Properties, por causa do impacto no valor da companhia de imóveis comerciais.  

CSN
A CSN (CSNA3) foi condenada a pagar R$ 13 milhões por ter descumprido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro. O MPRJ afirmou que o valor garante o cumprimento de medidas de controle de efluentes líquidos, águas pluviais, riscos potenciais e ruídos na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Nenhum porta-voz da CSN não foi encontrado para comentar.

Hypermarcas
O Conselho de Administração da Hypermarcas (HYPE3) aprovou a  recompra de até 100% de títulos com vencimento em 2021. De acordo com a análise do Santander, o anúncio é positivo, pois “demonstra o compromisso da companhia em reduzir endividamento e o custo da dívida”.

BTG Pactual
O BTG Pactual (BBTG11) cancelou 19,9 milhões de units e anunciou a recompra de até 19,1 milhões. 

Prumo
Segundo informações do jornal O Globo, nesta segunda-feira, a SEP (Secretaria Especial dos Portos) dará autorização para operação da maior base de apoio a embarcações do mundo, que está em estágio final de construção no porto do Açu, em São João da Barra, da Prumo Logística (PRML3). Com essa permissão, a Brasil Port, empresa do grupo americano Edison Chouest, poderá começar a atender, principalmente, às embarcações que servirão ao pré-sal na Bacia de Campos. O investimento de R$ 610 milhões nesse Terminal de Uso Privativo (TUP) é parte dos R$ 7,8 bilhões que o estado do Rio receberá até 2042, o que corresponde a 15% de todos os recursos programados para o setor portuário no país nesse horizonte, de R$ 51 bilhões, de acordo com as previsões da SEP. 

São Martinho
O São Martinho (SMTO3) registrou um lucro líquido de R$ 76 milhões  no segundo trimestre da safra 2015/2016, alta de 42% sobre os R$ 53,5 milhões obtidos terceiro trimestre de 2014/15. 

A companhia teve uma receita líquida de R$ 852,6 milhões no terceiro trimestre da temporada 2015/16, avanço de 43,5% sobre os R$ 594,1 milhões registrados em igual período da safra anterior.

Duratex
A empresa de insumos para a construção civil Duratex (DTEX3) teve lucro líquido de 54,36 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 39,7 por cento ante o mesmo período do ano anterior, informou nesta segunda-feira.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa somou 168,84 milhões de reais, baixa de 44,1 por cento na base de comparação anual. 

A companhia informou ainda que o Conselho aprovou a recompra de até 23,9 milhões de ações ordinárias. A recompra está prevista para acontecer entre 16 de fevereiro de 2016 até 31 de julho de 2017. 

Impacto do zika
A propagação do Zika vírus possivelmente afetará as ações vinculadas aos setores de turismo e transporte na América Latina no curto prazo, mas ainda não surgiu evidência de um impacto prolongado nos mercados e economias locais, afirmaram analistas do Morgan Stanley. As economias de México e Peru seriam as mais afetadas se o vírus se propagasse por toda a América Latina, algo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que aconteça neste ano. O turismo representa quase 9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em ambos os países.

A propagação do Zika vírus possivelmente afetará as ações vinculadas aos setores de turismo e transporte na América Latina no curto prazo, mas ainda não surgiu evidência de um impacto prolongado nos mercados e economias locais, afirmaram analistas do Morgan Stanley.

As economias de México e Peru seriam as mais afetadas se o vírus se propagasse por toda a América Latina, algo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que aconteça neste ano. O turismo representa quase 9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em ambos os países. No setor de saúde, cias. como Fleury (FLRY3) e Dasa, e varejistas como Raia Drogasil (RADL3) devem aumentar vendas, embora com impacto limitado nas receitas.

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.