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SÃO PAULO – Os japoneses são conhecidos pelo hábito de poupar e pelo conservadorismo com o qual investem o seu patrimônio. Ainda que o hábito de poupar tenha se mantido, a forma com que aplicam o seu dinheiro está mudando.
Pelo menos é isso que sugerem os dados divulgados pelo BOJ (Bank of Japan) nesta quinta-feira, dia 15.
Em setembro, o patrimônio total dos japoneses subiu 464 trilhões de ienes e alcançou 1.453,7 trilhões de ienes, o maior patamar já registrado pelo BOJ (Bank of Japan) desde quando começou a fazer o levantamento desses dados em 1979.
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Reservas em dinheiro e bancos caem
De acordo com o relatório trimestral de Fluxo de Contas e Fundos, a quantia mantida em dinheiro e contas bancárias no referido mês ficou em cerca de 774 trilhões de ienes, resultado 4,4 trilhões abaixo do contabilizado no mesmo período do ano anterior. Desta forma, a participação dos depósitos no patrimônio total dos japoneses ter caído para 53,2%, 2,1 pontos percentuais abaixo do registrado em agosto.
Por outro lado, a parcela do patrimônio aplicada em ações, títulos de renda fixa e/ou fundos de investimento aumentou. Assim, o total investido em títulos de renda fixa, dentre os quais os títulos públicos, teria aumentado 40,4% para 25 trilhões de ienes.
Tendência semelhante foi registrada na parcela de investimentos em ações. Atraídos pelas altas da bolsa de Tóquio, que já acumula valorização de mais de 30% no ano, o total de capital investido em ações subiu 24,8%, ficando em 95,7 trilhões de ienes.
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Risco maior
Os números sugerem que muitos japoneses estão começando a assumir riscos mais altos, trocando a segurança por um retorno mais atrativo. Dentre os fatores que podem estar acelerando esse processo está o fim das garantias de retorno integral dos depósitos, marcada para o início de abril do próximo ano.