Itaú reduz projeções do PIB e espera Selic aos 6,25% ao ano em 2013

Banco estima que o PIB brasileiro será de 0,9% em 2012 e 3,2% no próximo ano; Selic deve sofrer novo corte em março de 2013

Carolina Gasparini

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Itaú BBA espera um corte na taxa Selic em março de 2013, com diminuição de 1 ponto percentual, terminando o próximo ano em 6,25% ao ano – a projeção anterior era de 7,25% ao ano.

Para o Itaú, a manutenção da taxa pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em 7,25% por tempo indeterminado revela confiança em um nível menor de juros reais de equilíbrio e também a necessidade de manter o estímulo para a economia.

Banco reduz projeção para o PIB após fraca expansão econômica
Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (6), o banco ainda reduziu suas estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 de 1,5% para 0,9%. Já para 2013, os analistas esperam diminuição de 0,8 ponto percentual, para 3,2%.

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No terceiro trimestre, o PIB cresceu 0,6% em relação ao segundo, após ajuste sazonal. O fraco resultado, metade do que era esperado, ficou por conta do desempenho ruim no setor de serviços e recuo maior que o esperado nos investimentos. Além disso, as exportações e os gastos do governo cresceram menos do que as projeções.

Segundo o relatório, com a decepção do terceiro trimestre e as perspectivas de crescimento morno no quarto, o crescimento de 2012 será menor. “Aquela retomada que poderia ensejar mais otimismo, elevando a confiança dos empresários, acabou não acontecendo como se esperava”, comentou a equipe de análise.

Para os analistas do Itaú, o governo deve anunciar mais estímulos à economia. “Além de mais desonerações, juros menores e câmbio mais depreciado poderão fazer parte do arsenal em 2013, o mesmo aplicado este ano”, diz o relatório.

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“A expansão mais moderada da economia no terceiro trimestre e o ritmo esperado para o quarto reduzem as perspectivas para 2012 e também para 2013.”

Inflação elevada em 2013
Ainda no cenário macroeconômico, o banco manteve sua projeção de 5,5% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2012. “Dados recentes indicam que o movimento de desaceleração de alta nos alimentos e queda nos preços agrícola se esgotou”, dizem os analistas.

Para 2013, o Itaú elevou a projeção do IPCA de 5,3% para 5,5%, avaliando as condições de câmbio mais depreciado e possível reajuste de 5% na gasolina, o que impactaria em 0,2 ponto percentual o IPCA.

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Por outro lado, a projeção para o IGP-M (Indíce Geral de Preços – Mercado) em 2012 diminuiu 0,4 p.p., para 7,5%. Já para o próximo ano, é esperado um índice a 4,8%, ante projeção de 4,2%. “O aumento para 2013 leva em consideração o possível reajuste nos combustíveis e a taxa de câmbio depreciada”, diz o relatório.