Itaú e Bradesco economizaram R$ 200 mi em impostos com operações em paraíso fiscal

De acordo com a Folha, essa é uma prática em que as empresas deixam de pagar impostos usando ao máximo todas as brechas que a lei pode oferecer, deixando assim de ser um crime

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Os dois maiores bancos privados do País, o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC3; BBDC4), realizaram um movimento que ajudou na economia de R$ 200 milhões em impostos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que destaca que as operações de troca de papéis foram concluídas em 2008 e 2009 em Luxemburgo, um pequeno paraíso fiscal na Europa.

De acordo com a publicação, essa é uma prática conhecida como elisão fiscal, que significa deixar de pagar impostos usando ao máximo todas as brechas que a lei pode oferecer. Portanto, isso não pode ser considerado exatamente um crime. Apesar disso, a novidade neste caso é que o jornal afirmou que todas as movimentações estão detalhadas e comprovadas em 1.028 documentos, que de acordo com a matéria, “expõem essas operações de uma forma nunca antes vista”.

Os documentos foram obtidos pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), uma ONG com sede em Washington, nos EUA. Os dados foram compilados pela PwC (PricewaterhouseCoopers) e contém informações de 343 empresas de diversos países. Vale destacar, que a PwC é a companhia que faz a auditoria dos resultados da Petrobras.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo a publicação, os bancos usam suas operações em Luxemburgo para reduzir o valor do lucro declarado em suas subsidiárias no paraíso fiscal. Vale lembrar que o lucro dos bancos brasileiros são taxados tanto no exterior quanto dentro do Brasil, porém, neste país europeu, as instituições recebem descontos contábeis no momento de consolidar seus balanços.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.