Itaú BBA reitera compra de Hapvida e eleva recomendação para ações de CSN, Klabin e Carrefour

Já CSN Mineração teve recomendação neutra reiterada

Felipe Moreira

(gorodenkoff/Getty Images)

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O Itaú BBA atualizou a recomendação de vários de empresas listadas em Bolsa, com destaque para manutenção de classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para ação da Hapvida (HAPV3) e preço-alvo inalterado no final de 2024 em R$ 7 por ação.

A equipe de research do banco avalia que os índices P/L (preço em relação ao lucro) de 18,9 vezes e 13,9 vezes em 2024 e 2025, respectivamente, são atraentes, dada a forte expectativa de crescimento dos lucros nos próximos anos e o forte posicionamento da empresa no setor.

“Além disso, se a transferência do controle da Amil for aprovada pelos órgãos reguladores, poderá proporcionar algum alívio no cenário competitivo no curto prazo, já que os novos proprietários provavelmente se concentrarão em restaurar a lucratividade”, diz o relatório. “Por outro lado, a integração do sistema com o NDI será um momento crítico e acarreta alguns riscos de execução.”

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CSN (CSNA3)

O Itaú BBA elevou a recomendação da ação da CSN de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 20, incorporando a expectativa de resultados mais fortes para a mineração com projeção do preço do minério de ferro médio em US$ 120 por tonelada em 2024.

Os analistas passaram a ter uma preferência relativa por CSN em relação a CSN Mineração (desconto de SOTP, análise da soma das partes, em 31%, parece maior do que o razoável), apesar de preferirem as dinâmicas de minério de ferro versus as dinâmicas de aço no Brasil para o curto prazo.

Nos últimos 6 meses, a CSN Mineração subiu 75% e a CSN avançou 45%. A maior parte das performances foi concentrada nos últimos 3 meses – ambas subindo 50%, versus alta de 12% do Ibovespa). O BBA ainda vê uma geração de caixa limitada para ambas as empresas nos próximos anos, dado o capex significativo na mineração e um upside limitado para ambos os preço-alvos (3% para CSN Mineração e 12% para CSN) e EV/Ebitda esperado para 2024 sem tanto espaço para aumentos (5,5 vezes para CSN Mineração e 4,4 vezes para CSN).

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O BBA ainda manteve classificação equivalente à neutra para CSN Mineração com base no fluxo de caixa desconto (DCF) limitado, múltiplos pouco atraentes e o risco de execução contínuo associado ao seu pipeline de expansão.

Klabin (KLBN11)

O BBA também elevou a recomendação para ações da Klabin (KLBN11) de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro), com preço-alvo de R$ 24, depois da compra de terras anunciada com a Arauco, e a nova expectativa de capex da empresa para os próximos anos.

O bancao avalia a operação de forma positiva, dado que a Klabin resolve de uma vez sua necessidade de compra de madeira de terceiros para o Puma II, o que é melhor do que negociar com vários vendedores de forma separada ao longo dos próximos 5 anos, que era o cenário anterior. No entanto, a geração de caixa segue limitada no curto prazo e alavancagem com a operação pode chegar a 4 vezes ao fim do ano. Com base nisso, analistas acreditam que há espaço para a empresa monetizar parte das terras em excesso que comprou.

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Em termos de valorização, o upside de 8% parece limitado, e analistas vêem a empresa negociando a 8,2 vezes EV/Ebitda em 2024, o que parece esticado.

Carrefour (CRFB3)

O Carrefour Brasil (CRFB3) teve sua classificação elevada para equivalente à compra, além de ser escolhido como ação favorita do BBA no espaço de varejo alimentar. Analistas disseram olhar além do momento desafiador de curto prazo. O novo preço-alvo para o ano de 2024 é de R$ 16 por papel, o que em implica 37% de alta até o final do ano.

A visão otimista do banco é baseada em: i) volta da inflação alimentar, que deve beneficiar uma melhora operacional; ii) diferentemente da maioria dos nomes do setor, Carrefour não é afetada pelas discussões de subvenções de ICMS; iii) a adoção de uma estratégia de alocação de capital mais racional e focada na conversão de mais hipermercados em atacarejo; e iv) o lucro atualmente está significativamente depreciado e poderia ser desproporcionalmente impulsionado por quaisquer notícias operacionais positivas.