Itaú BBA eleva Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) para neutro e mantém BB (BBAS3) como preferida; ações sobem

Entre as escolhas do BBA, estão Banco Pan para banco de pequena capitalização e Nubank como recomendação de outperform (similar à compra)

Camille Bocanegra

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Bradesco ([ativo=BBDC4) e Santander Brasil ([ativo=SANB11]) estão “saindo de um buraco profundo em direção à luz”, de acordo com o Itaú BBA. Por isso, o banco elevou a recomendação dos dois bancões de underperform (performance abaixo da média do mercado) para market perform (em linha com o índice de referência, similar à neutro) em análise publicada nesta quinta (5).

O nome de preferência no setor é Banco do Brasil (BBAS3), considerado outperform (com performance acima do índice de referência, similar à compra). É a mesma recomendação para as ações do Nubank negociadas em Nova York (NU), para exposição direta de qualidade “a um ciclo de inadimplência no varejo mais favorável e momentum nos lucros”, de acordo com a análise.

Com isso, na sessão desta quinta-feira (5), os ativos BBDC4 subiam 2,02% (R$ 14,67), SANB11 avançava 2,53% (R$ 26,72). BBAS3 também avançava, 1,45%, a R$ 47,48.

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No segmento de bancos de pequena capitalização para recuperação de negócios e com potencial de eventos corporativos, segundo o BBA, a melhor escolha é o Banco Pan (BPAN4).

Qualidade e valor

A análise considera que o Banco do Brasil apresenta menos desafios de execução para conseguir entregar retorno sobre patrimônio (ROE) de cerca de 20%.

Para o crescimento nos lucros, a expectativa é que o banco traga 10% a mais e mantenha assimetria positiva de múltiplos de 3,5 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L). “É a nossa escolha de qualidade e valor”, comenta o BBA.

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Setor com “tendência de lucros dispersas”

No relatório, o BBA considera que o setor bancário apresenta “tendências de lucros dispersas”, mas ainda apresenta expectativas positivas de retomadas de negócios e oferecerá discussões regulatórias relevantes. “Os valuations pouco esticados em todo o setor refletem esse ambiente”, afirma.

O banco considera que, com níveis de juros mais baixos, seja possível acelerar o crescimento de carteira de empréstimos e as margens financeiras líquidas. Para tanto, o BBA pontua que existe mais custo de risco no segmento corporativo do que no varejo nesse momento.

“Pode ser cedo, mas certamente parece ser uma oportunidade para investidores de médio prazo adicionarem posições. Até o próximo ano, esperamos que as peças tenham se estabilizado e que os lucros em crescimento voltem a impulsionar os preços das ações”, afirma a análise.

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A expectativa é que todos os bancos sob a cobertura do BBA deverão apresentar melhores resultados em 2024, considerando ventos mais favoráveis para alguns, caso do Banco do Brasil.