Itaú BBA ainda não está otimista com Petrobras; veja mais 5 recomendações

Analistas elevam em R$ 0,30 preço-alvo para PETR4, mas reforçam que esperam mais resultados; Morgan Stanley reavalia imobiliárias

Lara Rizério

(Petrobras)

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SÃO PAULO – Analistas revisaram as suas recomendações para grandes empresas, em especial dos setores de petróleo & gás e imobiliárias. Em destaque, o Itaú BBA elevou o preço-alvo para as ações preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), passando de R$ 23,90 para R$ 24,20, levando em conta a alteração do capex (investimentos em bens de capital) do pré-sal e uma maior taxa de utilização das refinarias domésticas, porém sem alterações fundamentais em relação à tese de investimento na companhia. 

Conforme destacam os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, que possuem recomendação market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para as ações da petrolífera, a visão para a companhia segue de cautela, mesmo em meio aos esforços da presidente Graça Foster para melhorar o desempenho operacional da companhia e da própria projeção de núemros de produção melhores no segundo semestre.

Fator inicia cobertura de Providência
O banco Fator Corretora iniciou a cobertura para as ações da Providência (PRVI3), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,99, acreditando que a companhia possui uma boa capacidade de expansão, ainda não precificada. 

Conforme apontam os analistas Pedro Zabeu, Caio Moreira e Daniel Utsch, o mercado de fraldas, que a companhia atua, ainda está pouco desenvolvido no Brasil na comparação com osmercados mais ricos, mas também é mais baixo frente a outras nações com crescimento do PIB per capita comparável. 

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Eles reconhecem que a companhia deve ter menores margens brutas mais baixas. No entanto, avaliam, as margens brutas menores devem ser limitadas pela baixa capacidade de reposição de seus pares, deixando poucas opções para os clientes substituirem os seus fornecedores. 

Morgan Stanley eleva recomendação de Rossi…
O Morgan Stanley elevou a recomendação para as ações da Rossi Residencial (RSID3) para equalweight (exposição em linha com a média do mercado). Os ativos da companhia registraram queda de 33% no ano, o que deu suporte à tese de investimento underweight (exposição abaixo da média do mercado), em meio a menor lucratividade e em um longo caminho de recuperação.

O analista Raphael Pinho reduziu as estimativas para refletir a rentabilidade mais fraca, mas elevaram a recomendação em meio ao menor espaço para a queda dos ativos; contudo, este ano continua sendo desafiador. Neste momento, a companhia vem buscando reestruturar as suas operações e a sua base de ativos.  

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A expectativa é por uma recuperação da margem bruta em relação a 2012; porém, a melhoria deve se perder em meio ao pagamento de juros mais elevados e os maiores custos operacionais relacionados com a entrega entre 2010 e 2011. As projeções dos lançamentos também foram reduzidas. 

… mas mantém Cyrela como top pick do setor
O mesmo analista, por sua vez, seguiu com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) para as ações da Cyrela (CYRE3), reiterando-a como a top pick do setor imobiliário. De acordo com Pinho, a queda durante o ano, de cerca de 13%, é uma boa oportunidade para a entrada no papel.

Isso porque a companhia apresenta um histórico sólido, além de flexibilidade financeira e melhores margens em relação a seus pares. Conforme destaca Pinho, a companhia é uma das únicas do Ibovespa que apresentam retornos acima do custo de capital, que ainda não estão refletidos nos papéis.

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Conforme destaca, os riscos para a companhia competem ao cenário macroeconômico e não em relação ao nível da empresa. “Nós esperamos que a Cyrela navegue no cenário econômico mais turbulento com a disciplina mostrada no passado, podendo diminuir seu crescimento caso seja necessário para preservar valor ao acionista”,aponta Pinho.

BofA reitera recomendação de compra para Ambev
O Bank of America Merrill Lych reiterou a recomendação de compra para as ações da Ambev (AMBV4) após a notícia da incorporação das ações pela companhia, conforme anunciado na última sexta-feira, destacando que a mudança deve ser positiva para os ativos. 

De acordo com os analistas do banco, a companhia pode se beneficiar das mudanças, podendo aumentar a expectativa de lucros por ação em cerca de 11%. A Ambev fará assembleia de acionistas para aprovar a conversão de suas ações preferenciais em ordinárias no dia 30 de julho. Conforme comunicado, os acionistas minoritários titulares de ações preferenciais terão oportunidade de manifestar sua posição em separado. 

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Atualmente, estão em circulação no mercado cerca de 49,5% do capital formado pelas preferenciais. A participação de cada acionista no capital social da empresa, tanto colaboradores quanto minoritários, fica inalterada. 

Bradesco reduz estimativas para a Sofisa 
A Bradesco Corretora reduziu as suas estimativas para as ações da Sofisa (SFSA4), avaliando que a recuperação para as ações da companhia devem vir mais devagar do que o esperado previamente. Desta forma, os analistas Carlos Firetti, Bruno Chemmer e Gustavo Lôbo cortaram as estimativas de ganhos, especialmente para 2013, uma vez que não esperam que o banco expanda a sua carteira de crédito no curto prazo.

Eles seguem com recomendação market perform (desempenho em linha com a média do mercado), mas reduzindo o preço-alvo, que passou de R$ 4,20 para R$ 3,60. Os analistas destacam que, de fato, a gestão da companhia está claramente focada em custos ao invés de crescimento. 

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Esperando uma recuperação mais lenta do banco, os analistas incorporaram novas estimativas, destacando que o processo de desalavancagem irá demorar mais do que o esperado em meio a um ambiente econômico mais fraco. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.