IRB lucra R$ 1,76 bilhão em 2019 e contrata EY para segunda auditoria; Gerdau e mais balanços são destaque no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo da sessão desta quarta-feira (19)

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Em destaque no radar, está a temporada de balanços. A resseguradora IRB Brasil RE informou um lucro líquido de R$ 1,79 bilhão em 2019, uma expansão de 44,7% sobre 2018, quando lucrou R$ 1,21 bilhão.

A empresa informou ter fechado 2019 com caixa líquido de R$ 35,9 milhões – queda de 16,8% sobre o fim do ano anterior. A IRB Brasil RE afirma que seus ativos consolidados cresceram 7,7% em 2019 para R$ 17,1 bilhões.

A EDP Brasil reportou um lucro líquido de R$ 1,48 bilhão em 2019, resultado um pouco superior ao lucro obtido de R$ 1,41 bilhão em 2018. Engie Brasil, Iguatemi e Banestes publicaram balanços na noite de ontem.

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A JBS anunciou a aquisição de cinco frigoríficos e da marca Ledbetter nos Estados Unidos, por R$ 1 bilhão. A Weg anunciou que pagará mais de R$ 350 milhões em dividendos aos acionistas. Confira mais destaques:

IRB RE (IRBR3

A resseguradora IRB Brasil RE obteve um lucro líquido de R$ 1,76 bilhão em 2019, um crescimento de 44,7% sobre 2018, quando lucrou R$ 1,21 bilhão.

A empresa informou ter fechado 2019 com caixa de R$ 35,9 milhões – queda de 16,8% sobre o fim de 2018. As aplicações financeiras caíram 52,5% entre o final de 2018 para o final de 2019, totalizando R$ 1,23 bilhão. A IRB afirma ter fechado 2019 com ativos consolidados de R$ 17,1 bilhões – crescimento de 7,7% sobre o final de 2018. Entre os aspectos negativos que impactaram no índice de sinistralidade, a resseguradora destaca o efeito climático El Niño, que provocou uma perda de R$ 697 milhões no setor agrícola – importante na carteira da empresa.

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Como aspecto positivo, houve um ganho de R$ 146 milhões decorrente de um crédito tributário. A resseguradora informou que o total de prêmios emitidos foi no valor de R$ 8,5 bilhões em 2019 – um crescimento de 22,3% sobre 2018, quando os prêmios emitidos foram de R$ 6,96 bilhões. Dos prêmios emitidos em 2019, R$ 4,82 bilhões o foram no Brasil e R$ 3,68 bilhões no exterior. Os prêmios retidos cresceram 23,8% em 2019, sobre 2018, para R$ 6,3 bilhões.

O índice de sinistralidade total da resseguradora foi de 51,1% no ano passado, uma queda de 4,8 pontos porcentuais sobre 2018, quando o índice foi de 55,9%.

Os dados da IRB Brasil RE referem-se todos a 2019, um período anterior à polêmica com a corretora Squadra, do Rio de Janeiro, que contestou dados contábeis da companhia – em cartas enviadas em 2 e 9 de fevereiro. A empresa decidiu dar mais detalhes no balanço sobre os números que foram contestados e apresentou o próprio número de itens que considera não recorrentes.

O IRB apontou que o lucro de 2019 na verdade sofreu impacto negativo de R$ 697 milhões em razão de perdas no segmento rural e fiscais. Essas perdas foram parcialmente compensadas por ganhos com a venda de shopping centers – mas num valor menor do que apontado pela Squadra – e créditos tributários.

O IRB ainda comunicou ter contratado a consultoria EY, antiga Ernst & Young, para atuar como auditor atuarial independente após carta divulgada pela Squadra. O valor do contrato foi de R$ 220 mil.

Telefônica Brasil (VIVT4)

A Telefônica Brasil viu seu lucro líquido cair no quarto trimestre em relação ao mesmo período do anterior, conforme mais gastos com impostos e depreciação compensaram aumento de receita e esforços para controle de custos.

A dona da Vivo e maior operadora de telefonia móvel do Brasil teve lucro líquido contábil de R$ 1,274 bilhão entre outubro e dezembro, 14,3% menor na comparação anual. Em termos recorrentes e sem considerar a adoção de normas contábeis conhecidas como IFRS 16, a queda foi de 4,2%, para R$ 1,486 bilhão.

O Bradesco BBI avaliou os resultados do quarto trimestre da operadora Vivo como “sólidos” com uma expansão de 2% na receita dos serviços móveis, ano a ano, acima da projeção de crescimento de 1% do banco. O BBI observou que a queda na receita da telefonia fixa – tendência em todas as operadoras – foi de 2,2%, menor que a estimativa de 4,3%. “Os dados corporativos e de serviços de TI foram fortes, com crescimento de 18% e um impacto positivo dos serviços de armazenagem em nuvem”, avaliou o BBI. O banco, contudo, alerta que boa parte dos resultados já estavam precificados pelo mercado. Uma melhor avaliação, afirma o BBI, dependerá de uma expansão maior da receita nos serviços de telefonia móvel. O BBI manteve a recomendação Neutra para o papel VIVT4, com preço-alvo de R$ 62,00 para a ação em 2020 – alta de 7% sobre o fechamento de terça-feira, de R$ 57,78.

EDP Brasil (ENBR3)

A EDP Brasil publicou balanço de 2019 na madrugada de hoje. A empresa, subsidiária da EDP – Energias de Portugal, que atua em 11 Estados brasileiros (incluídos 28 municípios em São Paulo) informou um lucro líquido de R$ 1,48 bilhão em 2019, em pequena expansão sobre o lucro líquido de R$ 1,41 bilhão de 2018. A EDP Brasil informou uma queda na receita operacional em 2019 – o faturamento foi de R$ 4,9 bilhões, enquanto em 2018 foi de R$ 5,5 bilhões.

Segundo a empresa, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) foi de R$ 2,9 bilhões em 2019, em expansão de R$ 330 milhões sobre os R$ 2,6 bilhões de 2018. A empresa atribui a melhora dos resultados em 2019 aos reajustes tarifários nos Estados de São Paulo e Espírito Santo, onde atua também na distribuição de energia elétrica. A empresa não publicou os resultados trimestrais e optou por lançar todos os dados comparando ano a ano.

De acordo com análise do Credit Suisse, os resultados foram bons, com resultado operacional ajustado e IFRS fortes, devido a melhor performance nos segmentos de Genco e de comercialização e a alguns ganhos não-recorrentes.

A XP aponta que tem uma visão neutra dos resultados, dado que o Ebitda  ajustado por efeitos não recorrentes foi em linha com as estimativas e as do consenso de mercado.

Smiles (SMLS3

A Smiles Fidelidade, empresa que administra milhagens dos clientes da Gol Linhas Aéreas, informou em balanço que obteve um lucro líquido recorrente de R$ 179,5 milhões no quarto trimestre de 2019, uma expansão de 20% sobre igual trimestre do ano anterior.

No fechamento de 2019, contudo, o lucro líquido do Smiles caiu 3% em comparação a 2018, para R$ 626,7 milhões.

A receita líquida da empresa recuou 9,3% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 253,3 milhões. No acumulado de 2019, porém, a receita líquida da companhia cresceu 6,4% sobre 2018 para R$ 1,05 bilhão.

Segundo a empresa, os resultados do ano passado foram satisfatórios, com o Smiles chegando a 17 milhões de clientes, marca atingida em 25 anos de existência – o programa Smiles foi criado pela extinta Varig, antes dela ser incorporada pela Gol na década de 2000. O EBIT do Smiles – sem amortização – recuou 7,5% em 2019, sobre 2018, para R$ 891,6 milhões.

Ecorodovias (ECOR3)

A empresa de logística teve um lucro líquido de R$ 79,2 milhões no quarto trimestre de 2019, um aumento de 40% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado. Já o Ebitda foi de R$ 528,7 milhões, o que representa um crescimento de 48,8% na base anual de comparação. A Ecorodovias ainda divulgou um Investimento em Bens de Capital (Capex, na sigla em inglês) de R$ 2,08 bilhões.

A alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda subiu de 2,7 para 3,2 vezes no comparativo anual. E o resultado financeiro ficou negativo em R$ 212,5 milhões, um aumento de 89% em relação à despesa de um ano antes.

De acordo com a análise da XP Investimentos, o trimestre da companhia foi saudável, com crescimento sequencial do tráfego nas rodovias, apesar de ainda modesto, mas ainda com alguns efeitos não recorrentes e sem grandes destaques.

“Mantemos nossa recomendação de compra e preferência relativa pelas ações da Ecorodovias, baseadas (i) na melhora sequencial nos indicadores operacionais, refletindo a aceleração do tráfego e maturação de projetos mais novos, (ii) no cronograma robusto de projetos nos próximos anos, potencialmente resultando em crescimento superior ao esperado, (iii) na potencial resolução de desequilíbrios contratuais e (iv) na maior atratividade do valuation da companhia dentro do setor”, destaca a XP. A equipe de análise ainda relembra que ainda não embutiu nas estimativas os números referentes à Ecovias do Cerrado, que estima resultar em valor adicional entre 3 e 6% nos números.

O Credit Suisse também aponta que os números vieram fortes, com uma expressiva expansão de tráfego tanto na Imigrantes quanto Caminho do Mar, explicados por uma safrinha mais forte que trouxe um crescimento de veículos pesados.

“A contribuição vinda de Eco135 e MGO também foi relevante e devem trazer um bom carregamento para 2020. A Ecovias do Cerrado foi assinada em dezembro de 2019 (cobrança de pedágio para o final de 2020) e também deve ter sua parcela de contribuição positiva. O forte avanço de tráfego acabou sendo ofuscado parcialmente por um opex (custo de manutenção subiu 60% na base anual), mas sem dúvida o líquido foi positivo e deve surpreender o mercado”, avalia o banco.

Engie (EGIE3

A Engie Brasil comunicou na noite de ontem que obteve um lucro líquido de R$ 617,5 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado representou uma queda de 18,9% em comparação a igual período de 2018. A empresa publicou balanço do resultado consolidado de 2019.

No ano passado, a Engie teve lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, uma leve queda de 0,2% sobre 2018. Os resultados da Engie incluem a aquisição da TAG, que foi um fato não recorrente. A Engie Brasil comprou a TAG – Transportadora Associada de Gás S.A., em parceria com suas matrizes, a francesa Engie S.A. e a canadense Caisse de Dépôt et Placement Du Québec (CDPQ). Os franceses e os franco-canadenses, além da sua subsidiária brasileira, pagaram R$ 35 bilhões na TAG, vendida por uma subsidiária da Petrobras.

Os resultados da Engie mostram que a dívida da empresa cresceu 48,6%, de R$ 6,8 bilhões no quarto trimestre de 2018 para R$ 10,1 bilhões no final de 2019. A empresa informou que pagará dividendos de R$ 949,7 milhões aos acionistas, em data a ser definida por Assembleia.

“Temos uma avaliação positiva dos resultados do quarto trimestre da Engie, dado que o Ebitda ajustado e o lucro líquido vieram acima das nossas expectativas. Além disso, destacamos como positivo o anúncio dos dividendos complementares pela companhia no trimestre, ilustrando o forte perfil de geração de caixa e retorno aos acionistas da companhia. Entretanto, consideramos que a qualidade da gestão e dos ativos da Engie já está mais do que precificada no preço atual das ações, razão a qual mantemos uma recomendação neutra”, avalia a XP.

Já o Credit Suisse apontou que os números de Engie vieram em linha e podem ser descritos como um “relógio suíço”.

Iguatemi (IGTA3)

A administradora de shopping centers Iguatemi publicou balanço ontem à noite e informou que seu lucro líquido no quarto trimestre de 2019 foi de R$ 111,8 milhões, um crescimento de 47% sobre igual período de 2018. O lucro líquido do ano inteiro de 2019 cresceu 20,7% para R$ 314,3 milhões.

O EBITDA da Iguatemi teve expansão de 13,8% em 2019, sobre o ano anterior, para R$ 635,7 milhões. a Iguatemi informou que encerrou 2019 com uma dívida total de R$ 2,3 bilhões, mas também com disponibilidade de caixa de R$ 1 bilhão. Segundo a Iguatemi, a receita obtida com aluguéis das lojas nos shoppings cresceu 4,1% no ano passado para R$ 1,08 bilhão.

A Iguatemi reportou resultados marginalmente abaixo das expectativas em linhas gerais, aponta a XP, apesar de ainda ter apresentado evolução sequencial nos principais indicadores. A leitura exclui a venda do shopping Iguatemi Florianópolis, que contribuiu com R$ 58,9 milhões.

Do lado positivo, a ocupação apresentou melhora sequencial em relação ao terceiro trimestre de 2019, atingindo 94%, e as vendas mesmas lojas (SSS) cresceram em um robusto patamar de 5,7% na comparação anual.

Além disso, aluguel percentual e temporário também expandiram em um ritmo saudável. Por outro lado, o aluguel mínimo apresentou crescimento tímido, e o aluguel mesmas lojas (SSR) cresceu 5,2%. “Em resumo, apesar de reconhecermos avanços sequenciais importantes em algumas das principais linhas, a velocidade de recuperação tem sido mais gradual que a esperada”, avalia a equipe de análise.

Já o Credit Suisse aponta que o resultado do Iguatemi veio forte, marcado por uma performance operacional muito boa. O indicador SSS, de vendas nas mesmas lojas veio maior que o esperado em 5,7% e de vendas nas mesmas áreas, SAS, totalizou 7,4%,  enquanto a taxa de ocupação aumentou pra 94% (versus 92,4% no terceiro trimestre), enquanto o custo de ocupação caiu 40 bps na base anual e a inadimplência liquida veio negativa em 0,8% . Do lado negativo, aponta o banco, a receita de aluguel foi abaixo do esperado e o grande aumento de custos fez com que os lucros viessem abaixo da expectativa.

Banestes (BEES3

O Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) divulgou ontem balanço na CVM e informou um lucro líquido de R$ 214 milhões em 2019, um resultado 18,1% superior ao de 2018. O Banestes é um dos poucos bancos estatais de governos estaduais que sobraram no país. Segundo o banco, o resultado alcançado no ano passado foi um resultado “recorde”.

No quarto trimestre de 2019, o lucro líquido foi de R$ 47 milhões, 4,1% maior que em igual trimestre do ano anterior. No quarto trimestre de 2019, as despesas administrativas do Banestes cresceram 6,7% para R$ 175 milhões. Segundo o balanço, o Banestes somou ativos totais de R$ 23,7 bilhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 15% sobre o quarto trimestre do ano anterior. O banco estatal capixaba informou, contudo, que a carteira de crédito ampliada cresceu 15,8% no quarto trimestre de 2019, sobre o ano anterior, para R$ 6,8 bilhões.

O Banestes informou que o número de clientes cresceu 3,3% em 2019, para 1,15 milhão de pessoas físicas e jurídicas. O retorno sobre os ativos totais médios (ROA) ficou em 0,8% no final de 2019, em leve queda de 0,1 ponto porcentual sobre o último trimestre de 2018.

JBS (JBSS3

A JBS anunciou a aquisição de uma participação acionária na empresa americana Empire Packing Company L.P., para comprar cinco frigoríficos e a marca Ledbetter nos Estados Unidos. A aquisição foi feita pela subsidiária da JBS nos EUA, a JBS USA, que pagará US$ 238 milhões (R$ 1,023 bilhão) nos ativos. A aquisição inclui cinco frigoríficos, em Cincinnati (Ohio), Mason (Ohio), Denver (Colorado), Memphis (Tennessee) e Olympia (Washington) e a marca Ledbetter.

Weg (WEGE3)

A Weg, indústria de geradores, motores elétricos e bens de capital sediada em Jaraguá do Sul (SC) divulgou na manha de hoje seu balanço. Os números do quarto trimestre vieram fortes, com expansão de dois dígitos. O lucro líquido da empresa cresceu 49,3% para R$ 500 milhões no período – sobre igual trimestre de 2018. A receita líquida de vendas avançou 20,9% para R$ 3,77 bilhões, expansão de 20,9% sobre igual trimestre do ano anterior.

Já o EBITDA foi de R$ 666,4 milhões no quarto trimestre, crescimento de 15,1% sobre igual trimestre do ano anterior. A Weg explicou que a alta do dólar teve um impacto positivo sobre as suas receitas provenientes das exportações. No período, o mercado externo representou 57% das vendas da Weg. A empresa informou que investiu pouco mais de R$ 180 milhões no aumento da capacidade produtiva, especialmente na fábrica chinesa, que produz motores industriais.

No resultado fechado de 2019, os números da Weg também vieram robustos. O lucro líquido cresceu 20,6% sobre 2018, para R$ 1,6 bilhão. A receita líquida teve expansão de 11,5% para R$ 13,3 bilhões, enquanto o EBITDA avançou 23,1% para R$ 2,2 bilhões. A empresa informou que reduziu seu endividamento de R$ 4,4 bilhões no final de 2018 para R$ 3,5 bilhões no final de 2019.

A Weg comunicou que pagará dividendos complementares no valor de R$ 351,8 milhões aos acionistas. Segundo a empresa sediada em Jaraguá do Sul (SC), o pagamento será feito em 11 de março deste ano. Para receber os dividendos, o acionista precisa manter suas ações até o dia 25 de fevereiro.

Em outro comunicado, a Weg informou que recomprará 250 mil ações ordinárias suas que estão em circulação no mercado. A empresa afirma que as ações serão guardadas na tesouraria ou alienadas no futuro. Os papéis serão comprados na B3 durante o prazo de um ano, a partir de hoje. O Bradesco será o intermediário na operação.

Gerdau (GGBR4)

A siderúrgica Gerdau publicou balanço na manhã de hoje e comunicou que o seu lucro líquido no quarto trimestre de 2019 teve uma queda de 73,8% sobre igual período do ano anterior, para R$ 102 milhões. O lucro líquido ajustado ficou menor, de R$ 61 milhões – queda de 80,4% sobre os R$ 312 milhões do quarto trimestre de 2018. O EBITDA ajustado da siderúrgica recuou 19,4% no quarto trimestre de 2019 para R$ 1,1 bilhão – a comparação é sobre igual período de 2018. A Gerdau atribuiu as quedas aos preços em baixa do aço no mercado internacional – é uma empresa com exposição grande nos Estados Unidos.

A receita líquida da Gerdau no quarto trimestre do ano passado foi de R$ 9,53 bilhões, queda de 12,5% na base de comparação anual. No ano, a receita foi de R$ 39,644 bilhões, queda de 14,1% comparado com 2018.

A produção de aço bruto foi de 2,95 milhões de toneladas, em queda de 8,4% na comparação ano a ano. O lucro líquido consolidado e ajustado da Gerdau em 2019 foi de R$ 1,29 bilhão – recuo de 48,3% sobre 2018.

A empresa informou que pagará dividendos de R$ 51 milhões aos acionistas em 11 de março deste ano. Só receberão dividendos os acionistas que mantiverem ações GGBR4 até o dia 28 de fevereiro. Embora os números da Gerdau pareçam negativos, não são em comparação a outras siderúrgicas. O endividamento líquido da companhia, em 31/12/2019, era de R$ 9,75 bilhões, em queda sobre os R$ 11,5 bilhões que devia em 31/12/2018. A relação dívida líquida sobre o EBITDA, no final do ano passado, estava em 1,6 vezes (1,6x). Segundo a Gerdau, 90% da dívida é de longo prazo.

Minerva (BEEF3)

A Minerva teve um lucro líquido de R$ 243,6 milhões no quarto trimestre de 2019, revertendo um prejuízo de R$ 92,1 milhões na comparação com o mesmo período de 2018. No ano, o lucro foi de R$ 16,2 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,264 bilhão.

A receita líquida da Minerva alcançou R$ 4,9 bilhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 5% na comparação anual. Em 2019, a receita líquida acumulou R$ 17,1 bilhões, alta de 6% na base anual.

O Ebitda ajustado do quarto trimestre foi recorde, atingindo R$ 603,3 milhões, forte expansão de 30% na base anual e 33% ante o terceiro trimestre, alcançando uma margem Ebitda de 12,4%, 240 bps superior na comparação anual. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado totalizou R$ 1,7 bilhão, maior patamar histórico, com margem de 10,2%, um aumento de 70 bps ano contra ano.

“A forte demanda da China, impulsionada pelo surto de Febre Suína Africana que destruiu quase 50% do rebanho local de suínos, foi um fator determinante para o mercado em 2019, em particular no último trimestre do ano. Em 2019, 46% da receita das exportações da Athena Foods tiveram a Ásia como destino, um aumento de 10 pontos percentuais na comparação anual, e em grande parte direcionada para o mercado da China. Na Divisão Brasil, a Ásia representou 39% da receita com exportações nos últimos 12 meses, um aumento de 12 pontos percentuais ante 2018, e reflexo imediato das novas habilitações para o mercado chinês”, destacou a companhia no release de resultados.

O frigorífico anunciou que submeterá a votação na Assembleia Geral Extraordinária do dia 20 de março a redução do capital social da companhia em R$ 380,2 milhões para absorver os prejuízos acumulados ao longo do ano de 2019.

Cemig (CMIG4)

A Cemig previu em seu Capex investimentos de R$ 10,4 bilhões entre 2020 e 2024. Só em 2020 esses aportes seriam da ordem de R$ 2,01 bilhões segundo comunicado enviado ao mercado na última terça.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Justiça do Trabalho em Curitiba determinou ontem (18) a suspensão das demissões dos empregados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), que deve ser fechada pela Petrobras. A decisão terá validade até 6 de março, quando nova audiência de conciliação será realizada.

A decisão foi tomada durante a primeira audiência do dissídio de greve dos empregados. Diante do impasse, não houve acordo com a empresa e as demissões foram suspensas temporariamente, inclusive as 144 efetivadas.

Na audiência, segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o sindicato da categoria se comprometeu a encerrar a greve temporariamente e encaminhar a proposta nacionalmente. Além dos funcionários da Fafen, 21 mil petroleiros da Petrobras entraram em greve em todo o país há 18 dias.

As demissões dos funcionários da Fapen começaram a ser efetivadas nas últimas semanas. A Petrobras alega que a fábrica foi comprada da mineradora Vale em 2013, mas, depois da aquisição, os “resultados da subsidiária demonstram a falta de sustentabilidade do negócio e que sua continuidade operacional não se mostra viável economicamente”. O prejuízo anual é de R$ 400 milhões, segundo a empresa.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a suspensão das atividades vai provocar a demissão de mil trabalhadores. Além disso, a entidade afirma que a Petrobras não cumpriu o acordo coletivo.

Na segunda-feira (17), o ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), considerou ilegal a greve dos petroleiros da Petrobras. Após a decisão, a Petrobras pediu que todos os empregados voltassem ao trabalho imediatamente.

Após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná de suspender as demissões, Ives Gandra da Silva Martins Filho marcou para as 10h da sexta-feira, 21, em seu gabinete em Brasília, uma reunião de mediação entre representantes da estatal e dos petroleiros.

A FUP, que lidera a paralisação, informou por meio do seu site que “as direções sindicais se reúnem nesta quarta-feira, 19, no Conselho Deliberativo da FUP, no Rio de Janeiro, para avaliar os próximos passos da greve”.

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