IPCA, CPI, ata do Fomc e início da temporada de balanços nos EUA: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Mitchel Diniz

Fachada do JP Morgan nos Estados Unidos

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A semana está mais curta no Brasil por conta do feriado religioso de Nossa Senhora Aparecida, na quinta-feira (12). Nos Estados Unidos, o Columbus Day é celebrado já nesta segunda (9), mas as Bolsas em Wall Street abrirão normalmente. Já a parte de títulos americanos, que tanto tem mexido com os mercados nas últimas semanas, estará fechada.

Apesar das datas comemorativas, será uma semana de indicadores relevantes. Na agenda brasileira, o destaque fica com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao mês de setembro. O Itaú prevê uma aceleração da inflação – crescimento mensal de 0,35%. Em agosto, o índice havia avançado 0,23%.

Segundo o banco, o IPCA de setembro deverá ser pressionado por itens de preços administrados, em especial a gasolina, na esteira dos recentes ajustes feitas pela Petrobras (PETR3;PETR4).

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“Vale notar que a taxa anual deverá crescer para 5,3%, de 4,6% em agosto, por causa da base de comparação, após a redução de impostos do ano passado”, afirma Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú. Em relação ao núcleo da inflação, Mesquita e sua equipe esperam alguma desaceleração.

O Bradesco, por sua vez, projeta uma alta de 0,32% no índice amplo em setembro, na comparação com agosto, puxada por combustíveis e passagens aéreas. Em doze meses, a inflação deverá acumular alta de 5,2%.

Inflação também é destaque na agenda dos EUA

Os mercados em todo o mundo seguem acompanhando os indicadores da economia americana em busca de pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa de juros do país. Na quinta, dia 12 de outubro, ainda que seja feriado no Brasil e o mercado local esteja inoperante, os investidores vão conhecer o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA referente ao mês de setembro.

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O consenso do mercado, compilado pela Refinitiv, aponta para um avanço de 0,3% no índice em relação a agosto. Em 12 meses, a inflação ao consumidor deve desacelerar para 3,6%. Para o núcleo do CPI, a expectativa é de alta de 0,3% na comparação mensal, levando o core anual para 4,1%.

Um dia antes, na quarta-feira (11), sai o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês). A média das projeções do mercado aponta para alta de 0,3% em relação a agosto e inflação de 12 meses em 1,6%.

Não menos importante, é a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed, realizada nos últimos dias 19 e 20 de setembro. Na ocasião, o BC americano pausou o ciclo de aperto monetário pela segunda vez no ano. A ata é outro destaque da quarta-feira.

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Diversos dirigentes do Fed também devem fazer discursos ao longo da semana, que termina com o Índice de Percepção do Consumidor de Michigan e o início da temporada de balanços trimestrais dos bancos americanos, na sexta-feira (13). JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup serão os primeiros a reportar resultados.

Mercados na China reabrem após feriado

As Bolsas chinesas voltam a abrir após ficarem inoperantes durante os festejos da “Semana Dourada” e a agenda de indicadores do dragão asiático está carregada. Os destaques começam na quarta-feira (11), com o volume de empréstimos realizados em setembro.

Na quinta,  saem os dados de inflação de setembro: a do consumidor (CPI), que deve apresentar variação mensal positiva de 0,3%, segundo o consenso Refinitiv, e a do produtor (PPI) – a média das projeções do mercado prevê uma queda anual de 2,4%.

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Por fim, na sexta-feira, vai ser divulgada a balança comercial chinesa de setembro. O consenso do mercado prevê superávit de US$ 70 bilhões, mas com uma queda anual de 6% nas importações e de 8,3% nas exportações.

(com agências internacionais)

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados