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A alta de 0,89% do IPCA-15 de janeiro, acima da elevação de 0,75% prevista pela consultoria Tendências, deve aumentar a projeção da instituição para o índice cheio deste mês, de 1,22% para perto de 1,30%, comentou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a economista e sócia Alessandra Ribeiro. Para ela, chamou a atenção o aumento de 1,73% de alimentação em domicílio, bem acima da projeção de 0,96%, o que teria sido influenciado por fatores climáticos. O aumento da energia elétrica também colaborou no avanço mais expressivo na inflação apurada pelo IBGE.
De acordo com Alessandra, os serviços aceleraram no IPCA-15 de janeiro, o que deve ter sido motivado pelo “bom aumento” de 2,8% da renda real medida pela Pesquisa Mensal de Emprego em 2014. Ao excluir passagens aéreas de serviços, ela constatou um incremento desta categoria de preços de 0,61% no IPCA-15 de dezembro, para 0,63% no índice cheio do mês passado e que subiu para 0,96% no IPCA-15 de janeiro.
“A força da inflação neste ano, que deve subir 6,8%, deve levar o Banco Central a aumentar os juros para 12,75% em março e depois para 13% em abril”, comentou Alessandra. Ela destaca que a correção de preços administrados neste ano, para os quais estima uma alta de 9,5%, deve colaborar de forma expressiva para o IPCA superar o teto de 6,5% neste ano.
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“A ata da reunião do Copom que será divulgada na próxima semana deve trazer detalhes sobre a percepção do Copom relativa à evolução da inflação”, disse. “É provável que o BC aumente sua projeção de 6,2% para preços administrados neste ano, o que influencia a estimativa de aumento do IPCA de 6,1% no cenário de referência para 2015.”
