Investidores estrangeiros entram com R$ 45 bilhões na B3 em 2023

O saldo anual representou uma queda de 55,5% em relação a 2022, quando somou R$ 100 bilhões, mas ainda assim foi o segundo maior da série histórica

Equipe InfoMoney

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Os investidores estrangeiros ingressaram com cerca de R$ 17,5 bilhões na B3 no mês de dezembro. Com isso, em 2023 o capital externo ficou positivo em cerca de R$ 44,9 bilhões.

O saldo anual representou uma queda de 55,5% em relação a 2022, quando somou R$ 100 bilhões, mas ainda assim foi o segundo maior da série histórica iniciada em 2004.

O mês de 2023 com maior entrada de capital foi novembro, com um saldo de R$ 21 bilhões, enquanto o de maior saída foi agosto, com saída de R$ 13,2 bilhões dos estrangeiros.

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Os dados são divulgados diariamente pela B3 com 2 dias úteis de atraso. Os números são até 28 de dezembro, sendo o último de negociação da Bolsa em 2023.

No ano passado, o Ibovespa subiu 22,8%, representando o melhor desempenho para o índice desde 2019 e perto das máximas históricas, em grande parte por conta da entrada dos estrangeiros, principalmente nos últimos dois meses do ano, quando o saldo foi de R$ 38,5 bilhões.

Esse impulso foi gerado, principalmente, pela sinalização de possíveis corte dos juros pelo Federal Reserve, nos EUA, já no primeiro semestre de 2024. Dentro deste processo, de aumento de apetite ao risco nos mercados globais, a B3 foi uma das grandes beneficiadas. 

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Ao InfoMoney, Otávio Costa, gestor macro da Crescat Capital, entende que estamos em um momento de início do influxo de capital estrangeiro, não só para 2024, bem como pelos próximos anos. “Os países emergentes, principalmente os com exposição a recursos naturais, devem ser os principais candidatos ao fluxo de recursos internacionais”, diz ele. Costa nota, inclusive, um movimento de valorização das moedas destes países, em linha com as commodities, sobre o dólar.