Investidores de criptomoedas estão entre os mais pessimistas com a economia doméstica, mostra pesquisa

Já entre os entrevistados que se autodeclararam otimistas em relação à atividade econômica local estão aqueles que pretendem investir em ações

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Com os brasileiros buscando alternativas para diversificar a carteira e aumentar os retornos de seus investimentos, as criptomoedas têm ganhado destaque na composição de portfólios e já ocupam o terceiro lugar na preferência dos investidores – em especial daqueles que estão pessimistas com a economia local.

Os dados são de uma pesquisa feita pela Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, em parceria com o University Blockchain Research Initiative (UBRI) e a gestora Hashdex.

De acordo com o levantamento, os investidores que se autodeclararam otimistas em relação à economia doméstica são aqueles que pretendem investir em ações, enquanto aqueles que se dizem pessimistas, predominam em produtos como títulos privados, câmbio e criptoativos.

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“Apesar do mercado de criptoativos estar em franco crescimento, ainda se sabe muito pouco sobre as características e percepções dos investidores brasileiros quanto a essa classe de ativos emergente”, acrescenta Jéfferson Colombo, professor da FGV EESP e coordenador da pesquisa, em nota.

De acordo com o levantamento, as ações representam a primeira opção de investimento entre os consultados, seguida por títulos privados de renda fixa, como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA).

Na quarta posição, depois das criptomoedas, está o Tesouro Direito – programa de compra e venda de títulos públicos para a pessoa física –, seguido pelas commodities, câmbio e, por último, pela poupança.

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Com relação ao perfil de risco, a maioria dos participantes se classificou como arrojado (36,1%). Na sequência, vieram os moderados (33,3%), agressivos (23,6%) e conservadores (6,9%).

“Conhecer o perfil do investidor interessado nos criptoativos e, ainda, o seu nível de conhecimento sobre este mercado é de extrema importância para que possamos desenvolver ações educativas direcionadas para este público”, afirma Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, em nota.

Jovens predominam no mundo cripto

Quando analisadas as faixas etárias dos investidores em criptomoedas consultados, jovens de até 29 anos se mostraram com maior tolerância a risco e com maior conhecimento sobre o mundo cripto.

Os participantes precisaram identificar siglas pertencentes a criptomoedas (BTC, ETH e XRP) incluídas em uma lista com outros ativos. Do total, 36,8% localizaram somente Bitcoin. Outros 24,1% identificaram Bitcoin e Ethereum, 23% não conheciam nenhuma e apenas 15,8% encontraram todas.

Vale frisar ainda que o conhecimento em criptomoedas se mostrou maior entre os investidores jovens, de perfil de risco agressivo e com curso superior relacionado a finanças.

O estudo, realizado entre fevereiro e março de 2021, foi feito a partir de um questionário enviado por e-mail para clientes de escritórios de assessores de investimento parceiros da iniciativa (Monte Bravo Investimentos, Blu3 Investimentos, Acqua-Vero Investimentos, One Investimentos e Renova Invest). Ao todo, 576 pessoas responderam o questionário, sendo 446 homens e 130 mulheres.

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