Investidor segue indicação, compra Banco Inter e ganha R$ 91 mil em 40 dias

Vitor Lucarelli leu o relatório "Small Caps Exponenciais", em que os analistas Thiago Salomão e Matheus Soares, da Rico Investimentos, indicaram a compra das ações do banco

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Um investidor seguiu as recomendações dos analistas Thiago Salomão e Matheus Soares, da Rico Investimentos, e até o momento já obteve ganhos de mais de R$ 90 mil em 40 dias. Vitor Lucarelli, que mora em Montreal, no Canadá, leu o relatório “Small Caps Exponenciais”, em que Salomão e Soares indicaram a compra das ações do Banco Inter no dia 7 de março.

No dia 13 de março, Lucarelli decidiu que seguiria a recomendação e comprou 1.000 ações do banco com um preço médio de R$ 43,37, totalizando R$ 43.370. Mas ele não parou por ai. Em seis dias, adquiriu um total 6.500 ações, desembolsando R$ 292.915 – o preço médio foi de R$ 45,06 (veja abaixo notas de corretagem).

Destas 6.500 ações, ele realizou a venda de 3.500 por R$ 55,53, conseguindo um lucro de R$ 34.043. Depois, recomprou mais 1.000 ações e agora tem 4.000 ações do Banco Inter com um preço médio de R$ 48,10 (veja notas abaixo).

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Se ele vendesse toda sua posição hoje (dia 23 de abril a cotação de fechamento foi de R$ 62,39), teria um lucro de R$ 57.160. Somados aos R$ 34.043 que já ganhou, seu lucro total com a operação seria de R$ 91.203.

Entenda porque Salomão e Soares indicaram Banco Inter

Lucarelli afirma que fez as operações ciente da possibilidade de perdas inerente ao mercado acionário, mas destaca que acompanha os relatórios de Salomão há bastante tempo, com ótimos resultados.

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 “Os riscos ficaram bem claros, e ele afirmou que deveríamos colocar uma parcela pequena do capital”, afirma. “Eu investi só uma parte do meu dinheiro que poderia perder caso a operação desse errado”, continua.

Lucarelli tem 58 anos e mora no Canadá há 13 com sua esposa. Apesar de viver fora do país, ele tem negócios aqui – é proprietário de uma rádio no interior de São Paulo.

No Canadá, ele trabalha como funcionário em uma empresa que faz faxina em escritórios. “O trabalho me dá disciplina. Levo uma vida simples, mas já tenho dinheiro suficiente para viver bem até o final da vida”, afirma.

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Tanto que ele já marcou para julho sua volta para o Brasil. “Pretendo ter uma vida mais tranquila na minha cidade”, diz.

O investidor começou no mercado acionário há alguns anos, quando sua esposa recebeu um dinheiro em ações. Anos antes, um especialista em investimentos mostrou que se ele comprasse todos os meses a mesma quantidade de ações, formando uma espécie de poupança de longo prazo, poderia ter ganhos exponenciais.

“Ele me mostrou um gráfico de 10 anos com a valorização deste tipo de carteira. Aquilo me encantou”, lembra.

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Quando a esposa ganhou as ações, ele resolveu colocar em prática aquilo que tinha aprendido. Reinvestiu dividendos que recebia em papéis de empresas que considerava promissoras e em apenas dois anos conseguiu dobrar o capital que tinha aplicado no mercado acionário.

Para embasar suas operações, Lucarelli confia nas recomendações que recebe de Salomão. Quando viu que o analista tinha criado um novo relatório em que recomendaria apenas small caps, decidiu assinar na mesma hora.

“O relatório é sério e não ilude ninguém. Tem empresas que vendem relatório prometendo um lucro enorme, mas mandam muita informação irrelevante e que não te ajudam”, diz.

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Banco Inter: entenda a recomendação da ação que subiu 58,7% em 32 pregões 

A recomendação 

Thiago Salomão divulgou o relatório recomendando compra das ações do Banco Inter no dia 7 de março, após estudar bastante sobre a empresa. “Conversamos com os principais acionistas e com os diretores e fomos a fundo durante um mês para montar um relatório detalhado”, conta.

No dia que a recomendação foi divulgada, a ação do banco fechou o pregão a R$ 40,07. Na segunda-feira a ação chegou ao patamar de R$ 63,60, uma valorização de 58,7% em um mês e meio.

Entre as justificativas para indicar a compra para os assinantes, o analista destacou que o banco tem tamanho ‘desprezível’ no setor financeiro, o que abre espaço para ele crescer muito sem incomodar os outros.

“Se o Banco Inter crescer em 20 x sua carteira de crédito, ela seria hoje 3% do total de crédito do setor (isso se os outros bancos não crescessem). Essa fatia é muito pequena para que os grandes bancos se incomodem com ele”, escreveu o analista.

Além disso, ele lembrou que a base de clientes teve um crescimento expressivo nos últimos anos, o que deve impulsionar o ROE (retorno sobre o patrimônio). “Com uma base tão grande e crescente de clientes e com serviços cada vez mais ‘rentáveis’ na sua plataforma, é questão de tempo que seu ROE comece a crescer fortemente”, disse. 

Salomão também não descartou a possibilidade de aquisição do Inter caso os maiores bancos de varejo do país se sintam muito ameaçados com o seu crescimento. “Que argumento teria o Cade para barrar uma aquisição feita por Bradesco, Santander ou qualquer banco estrangeiro interessado em entrar no promissor mercado brasileiro?”, questionou o analista.

No último dia 17, um decreto presidencial autorizou a participação estrangeira no capital social do Banco Inter.

Estudo de caso: Salomão e Soares explicam recomendação que gerou lucro de 58,7%

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip