Investidor deve fugir do Ibovespa e mirar small caps em 2013, diz HSBC

Além das ações de menor liquidez, diretor do banco também sugere fundos multimercados como uma boa opção para para o próximo ano

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – O investidor interessado na bolsa brasileira deve ficar longe das principais ações do Ibovespa em 2013, de acordo com o diretor de investimentos da HSBC Global Asset Management, Mario Felisberto.

Para ele, com um cenário ruim, tanto para economia doméstica quanto para a internacional, a bolsa brasileira não tem potencial significativo de ganhos no próximo calendário.

“O investidor não pode desprezar a bolsa, mas não precisa ficar concentrado nela. Ele deve ter uma carteira de ações mais bem montada, que fuja do Ibovespa”, comentou Felisberto, durante apresentação de perspectivas para o próximo ano, realizada nesta terça-feira (4).

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Ele destaca que a alta concentração do benchmark em setores ligados à economia externa ou sujeitos às intervenções do governo prejudica o desempenho do mercado acionário brasileiro. Este tipo de companhia representa pelo menos dois terços da Bovespa.

Mas nem tudo está perdido. Para os interessados em bolsa, o HSBC afirma que as ações de small caps são uma boa pedida, em especial, aquelas voltadas à economia local. “Temos uma visão de longo prazo muito boa para as small caps. É uma boa aposta, mas não será tão fácil ganhar como foi este ano”, acredita Felisberto.

Diversificação é palavra-chave
De maneira geral, Felisberto crê que a diversificação de carteiras é a melhor solução para o investidor no ano que vem. Fundos multimercados e aplicações em ativos no exterior são outras sugestões do HSBC para quem quer investir em 2013.

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“O retorno dos fundos multimercados sempre acompanhou de perto o desempenho da bolsa, mas essa correlação vem caindo sensivelmente a partir de 2008. A bolsa deixou de ser um ponto relevante para este tipo de fundo”.

Na renda fixa, além dos fundos de crédito, Felisberto recomenda que o investidor considere migrar do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) para títulos públicos atrelados à inflação, em especial, os de longo prazo.

“O IMA-B (Índice de Mercado Anbima – B) é o ganhador do ano de 2012. Ele tem ganhado do CDI com folga”, diz. Este índice mede o desempenho de uma carteira teórica de NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B), títulos públicos atrelados à inflação.