Investidor de Bitcoin fez R$ 1 milhão em 10 anos com R$ 100 mensais. É possível repetir a dose começando agora?

Serviços de DeFi podem render juros sobre o Bitcoin acumulado para acelerar plano de aposentadoria com criptomoeda

Paulo Barros

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Quem está entrando agora no mundo do Bitcoin (BTC) provavelmente já ouviu histórias de investidores que começaram comprando a moeda digital no começo e ficaram milionários – mas nem todos sabem que não seria necessário ter comprado muito nem ter conhecido a criptomoeda nos primeiros dias para conseguir a façanha.

Quem começou em 2013 e investiu apenas R$ 100 todo mês já acumula R$ 960 mil em menos de 10 anos. É o que mostra um levantamento independente realizado pelo investidor Huberto Leal, criador do projeto HoldBTC100, convidado de ontem no Cripto+ (assista no player acima).

Transformada em uma planilha com o nome sugestivo de “Tabela do Arrependimento”, a apuração considera aportes mensais de R$ 100 realizados sempre no dia 10, em tese uma data que coincidiria com o recebimento do salário do investidor. No período, o investimento fictício totalizou R$ 10.600 e valorizou quase 9.000%.

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A primeira compra seria, naturalmente, a mais rentável: se realizada em 10 de julho de 2013, teria transformado R$ 100 em R$ 94.009,87 se o BTC fosse vendido hoje. Apesar de admitir que o mesmo desempenho não deve se repetir no futuro, Leal confia que não há nada mais rentável no longo prazo do que a criptomoeda.

“Por ser limitado, quanto mais tempo passar e mais pessoas conhecerem, a tendência é o preço aumentar”, afirmou.

Leal começou a comprar Bitcoin em 2017 e, desde 2019, mantém uma planilha que alimenta mensalmente com aportes de R$ 100 no dia 10 de cada mês. A expectativa é que, em 2029, o valor seja suficiente para gerar uma aposentadoria razoável gastando pouco.

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Gigantes do mercado também apostam na valorização da criptomoeda no longo prazo. Em entrevista concedida ao InfoMoney CoinDesk na virada do ano, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, comparou o crescimento do Bitcoin com o da Internet e afirmou que, em termos de adoção, comprar a criptomoeda hoje seria como adquirir ações de empresas como o Google nos anos 1990.

Famosa pelo otimismo com a moeda digital, a Ark Investments projeta que o Bitcoin pode bater US$ 1 milhão de dólares em 2030 – ou seja, uma valorização de 24 vezes em oito anos. Michael Saylor, CEO da Microstrategy, se baseia nessa tese para investir bilhões de dólares em mais de 120 mil bitcoins que a empresa já comprou.

Já a americana Fidelity Investments, que gerencia um terço do mercado de previdência privada nos Estados Unidos, com cerca de US$ 2,4 trilhões sob gestão, parece estar de olho no potencial do BTC e já estuda oferecer em breve planos de aposentadoria em Bitcoin.

Atingir US$ 1 milhão pode parecer um crescimento grande demais, mas, ainda assim, não superaria a valorização do Bitcoin nos últimos 10 anos. No entanto, novas soluções de finanças descentralizadas (DeFi) permitem acelerar os ganhos e obter juros sobre o Bitcoin comprado para realizar mais aportes sem gastar nada.

“Você encontra em corretoras e projetos de DeFi. São uma espécie de poupança que oferece, por exemplo, 5% de retorno ao ano em Bitcoin”, explicou o trader e investidor Vinícius Terranova. Com essa tática, contou, o investidor pode somar mais bitcoins à sua reserva de aposentadoria, adquirindo frações de graça e multiplicando os R$ 12.000 investidos para além da valorização real do Bitcoin em 10 anos.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos