Intelbras (INTB3): o que fazer com as ações após a queda de 10% após o balanço?

Analistas do Itaú BBA citaram em relatório alguns pontos de discussão com os investidores

Equipe InfoMoney

Planta da Intelbras em São José (SC) com painéis solares (Divulgação)

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Após uma queda de quase 10% após o balanço da Intelbras (INTB3) do segundo trimestre de 2023 (2T23) e também com o corte de recomendação para equivalente a neutra feito pelo Itaú BBA, o debate sobre as ações segue no radar dos investidores, conforme apontam os analistas do banco.

Os analistas do banco citaram em relatório alguns pontos de discussão com os investidores, de forma a guiar os que estão indecisos sobre o que fazer com o papel.

“Em resumo, avaliamos que os investidores que estão focados em valor/longo prazo estão otimistas, enquanto os que estão mais focados em momento/crescimento estão pessimistas”, avaliam, reiterando que as premissas não refletem a opinião do banco.

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Confira a visão dos otimistas com os ativos:

▪ A ação está sendo negociada a 12-13 vezes o preço/lucro (P/L) para 2024, já precificando a pior parte do ciclo do mercado de solar;

▪ A empresa entregará melhoria de eficiência, sustentando sua margem (rentabilidade) bruta, enquanto melhora as despesas gerais e administrativas;

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▪ Os 22% de crescimento de lucro por ação (LPA) no trimestre é excelente para empresa que está passando pela pior parte do ciclo;

▪ A desaceleração no segmento solar tem pouco impacto no lucro, dado que o segmento tem margens baixas.

Confira a visão dos pessimistas com os ativos:

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▪ O segmento solar ainda pode sofrer, com estoque de maior custo ainda a ser vendido, e a empresa também poderá se tornar mais agressiva em termos de preço;

▪ Até que a receita de solar melhore, não haverá um momento para compra da ação. Apesar do segmento ter margens baixas, ele é a chave para a história de crescimento de longo prazo da Intelbras;

▪ Espera-se que o preço da energia no Brasil continuará baixo por um período longo, o que continuará a ser um desacelerador da recuperação da demanda de painéis solares;

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▪ O segmento de segurança está com margens muito altas (comparando com os níveis anteriores) e o câmbio poderá direcionar as margens de volta para o nível histórico à medida que a empresa ajusta seus preços;

▪ Com o solar ruim, os riscos aumentam, uma vez que não há muito espaço para as verticais de segurança e comunicação não performarem bem e

▪ Mudanças na carga fiscal (Imposto sobre Valor Agregado – IVA – e Imposto de Renda) são riscos para o resultado futuro.