Instabilidade política afeta mercado do boi bordo

Pouca visibilidade sobre reformas tramitando no Congresso colocam em dúvida recuperação econômica e formação de preços

Datagro

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A sinalização para o segundo semestre é de estabilidade ou apenas leves altas para o mercado do boi gordo no Brasil. A previsão é do analista sênior do Rabobank Brasil, Adolfo Fontes, palestrante do Confinar, simpósio de gado de corte, realizado nesta semana em Campo Grande (MS).

Mercado do boi gordo não deve viver momentos de alta em 2017

“Temos de analisar do ponto de vista de uma produção mais intensificada, não só a questão de preços da arroba do boi, que no momento estamos um pouco sem referência no mercado dada as últimas circunstâncias do setor. Estruturalmente temos um cenário de bezerros mais baratos, em relação ao que era praticado no ano passado” diz.

Ele também analisa o cenário dos insumos utilizados na atividade e direciona o produtor sobre oportunidades na negociação.

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“O milho também está mais baixo do que o negociado no ciclo anterior, com uma expectativa de queda ainda maior para o período de safrinha. Então teremos oportunidades boas para travar custos em um patamar muito baixo. Nesse momento é necessário dividir a estratégia de venda em alguns cenários possíveis, de curto, médio e longo prazo”, esclarece o palestrante.

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Registros positivos de consumo de carne no mercado interno, como alcançados em 2014, segundo o analista, só em 2019. “Em termos de fundamentos, o segundo semestre deste ano, deveria ser melhor que os anteriores, primeiro devido aos indicadores econômicos que estavam em uma toada muito positiva, no ponto de vista de recuperação de emprego, já a partir já do mês de abril deste ano. Ou seja, tudo indicava para que pudéssemos crescer o consumo interno no segundo semestre, que corresponde a 80% da nossa produção, portanto, uma grande importância na formação de preços. E agora, já não sabemos mais se as reformas que tramitam no Congresso vão passar ou não, é uma visão que nenhum outro analista poderia afirmar, já que não temos uma visão clara do que possa acontecer. Temos de esperar um pouco.”