Inflação global de alimentos vai desacelerar na próxima década

Mercados agrícolas viveram uma "montanha-russa" na última década, marcada por uma máxima recorde em 2008 e uma recessão em 2009

Reuters

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ROMA (Reuters) – A perspectiva para a inflação global de alimentos é de desaceleração e maior estabilidade com os preços das commodities agrícolas acomodando-se na próxima décadas, depois de anos de volatilidade, disseram nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Mercados agrícolas viveram uma “montanha-russa” na última década, marcada por uma máxima recorde em 2008 e uma recessão em 2009, disseram as agências.

“No início do período da estimativa (2014-2023), a inflação de alimentos no nível dos consumidores parece menor e mais estável em todas as regiões do que estava nos turbulentos anos que sucederam a crise de preços”, disseram a FAO e a OCDE.

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As agências disseram que as projeções foram baseadas em suposições sobre políticas de governo, mercados, clima e fundamentos macroeconômicos, mas que áreas de incertezas, difíceis de prever, como doenças animais, não foram incluídas.

Clima ruim e preocupações com restrições a exportações foram apontadas como causas para a alta de preços em 2012, o que elevou temores de um retorno das condições que levaram a violentos protestos em países como Egito, Camarões e Haiti em 2007/08.

A OCDE e a FAO disseram que os preços agrícolas podem cair por mais um ou dois anos antes de estabilizarem-se em níveis acima dos vistos antes de 2008, mas abaixo de picos recentes.

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