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SÃO PAULO – Todo o mercado fica de olhos bem abertos à espera da divulgação dos dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quarta-feira (8). Medidor oficial de inflação do governo, o índice já está acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central há duas medições. E não deve convergir de volta a ela tão cedo, de acordo com economistas e analistas das mais diversas instituições financeiras e casas de análise.
Para o Credit Suisse, o IPCA deve avançar mais 1,32% em março, chegando a 8,1% no acumulado de 12 meses. Se confirmado, o resultado seria ainda maior do que o registrado em fevereiro e no IPCA-15 de março, nos quais houveram expansões de 1,22% e 1,24%, respectivamente.
“A maior inflação IPCA será explicada, principalmente, pela aceleração dos preços de administrados, em particular de energia elétrica”, diz o relatório do banco suíço.
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O que também pesará, para o Credit, são os preços monitorados, especialmente os das tarifas de energia elétrica, embora eles devam ser contrabalanceados por um recuo na inflação da gasolina devido à redução do efeito dos impostos PIS/Cofins sobre combustíveis em fevereiro.
Visão parecida tem a LCA Consultores, que vê a inflação atingindo 1,3% em março. A consultoria prevê aumento nos grupos de alimentos em 1,23% e de habitação em 5,46% como os principais vilões do dado de março. “Por fim, outro grupo a acelerar será o de Saúde e Cuidados pessoais, de +0,60% em fevereiro para +1,10% em março, destacadamente pela forte alta projetada para artigos de Higiene Pessoal”, explica a LCA em relatório.