Índices futuros dos EUA caem mais de 4% após pacote de estímulos ser rejeitado no Senado

Investidores aguardam novidades do governo sobre a luta contra o coronavírus

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os índices futuros dos Estados Unidos abriram com forte queda na noite deste domingo (22) com os investidores de olho na votação do acordo feito pelo governo do país para lançar um estímulo econômico e um plano de combate a pandemia do novo coronavírus.

Logo que abriram, os índices bateram seu limite de baixa, paralisando os negócios por quase duas horas. Às 21h, o Dow Jones futuro recuava 4,78%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq recuavam 4,71% e 4,11%, respectivamente.

Em uma primeira votação, o Senado dos EUA rejeitou o pacote econômico do governo para combater a pandemia do coronavírus. Houve um empate em 47 a 47, sendo que eram necessários 60 votos para o texto ser aprovado.

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A medida, em grande parte redigida por republicanos, enviava cheques a todos os americanos e aumentava o seguro-desemprego. Os democratas argumentaram que os detalhes do projeto eram voltados para ajudar Wall Street mais do que a população.

Em uma decisão processual, o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, votou contra o projeto de lei para poder pedir uma nova votação.

Mais cedo, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que os programas de financiamento para estimular a economia podem chegar a US$ 4 trilhões, observando que esses esforços incluirão a coordenação com o Federal Reserve para fornecer às empresas a liquidez necessária.

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No sábado, o diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Kudlow, também disse que um pacote de estímulo econômico totalizará mais de US$ 2 trilhões, observando que será igual a aproximadamente 10% da produção econômica dos EUA.

Para piorar, o presidente do Federal Reserve Bank de St. Louis, James Bullard, disse à Bloomberg News que a taxa de desemprego nos EUA pode chegar a 30% nos próximos meses, à medida que o mundo continua a lidar com a pandemia de coronavírus. “Esta é uma paralisação parcial planejada e organizada da economia dos EUA no segundo trimestre”, disse ele.

Enquanto isso, David Kostin, estrategista-chefe de ações da Goldman Sachs, disse que a diferença entre uma recuperação rápida ou prolongada no mercado de ações se resume a três fatores: a rapidez com que o vírus é contido, se as empresas terão “acesso a capital e liquidez suficientes por 90 a 180 dias” e se o estímulo fiscal pode estabilizar as previsões de crescimento.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.