Índices futuros americanos sobem após Powell reafirmar que vê inflação nos EUA como temporária; PMIs da Europa no radar

Os índices futuros americanos têm leves altas nesta quarta (23), após o presidente do Federal Reserve Jerome Powell ter reafirmado na terça (22) que acredita que as pressões inflacionárias nos Estados Unidos são temporárias. Na Ásia, os principais índices fecharam em alta. Já na Europa, a maior parte das bolsas tem quedas.

Na terça-feira, todas as principais bolsas americanas fecharam em alta. O S&P subiu 0,5%, fechando a apenas 0,2% de um novo recorde; o Dow subiu 163 pontos; e o Nasdaq teve o melhor desempenho, fechando com alta de 0,8% e atingindo um novo patamar recorde.

O presidente do Fed, Jerome Powell, testemunhou à Câmara dos Representantes na véspera e impulsionou os mercados, já que ele reiterou que acredita que as atuais pressões inflacionárias são temporárias. Na segunda, Powell havia divulgado um documento com as suas falas preparadas, em que havia afirmado que a economia dos Estados Unidos vem crescendo, apesar de a ameaça da pandemia ainda estar presente.

Até o momento em junho, o S&P e o Nasdaq Composto estão em território positivo, acumulando altas de 1% e 3,6%, respectivamente. O Dow, no entanto, está em território negativo, prejudicado pelo mau desempenho de Caterpillar e JPMorgan.

Na terça, a Bitcoin voltou a passar por uma sessão volátil. A criptomoeda chegou a desvalorizar abaixo da marca de US$ 30 mil, perdendo todos os ganhos acumulados em 2021 até então. Mas voltou a recuperar toda a perda de 11%, fechando em território positivo. Pela manhã, a Bitcoin é negociada em torno de US$ 34 mil.

As bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em alta na quarta, com destaque positivo para os papéis em Hong Kong, onde o índice Hang Seng subiu 1,79%. Na China continental, o Shanghai composto subiu 0,25%, com destaque para ações de tecnologia. Tanto Alibaba quanto Baidu subiram 2,07%.

Na quarta foram divulgadas as minutas da reunião de política monetária do Banco do Japão de abril. O documento indica que os membros concordaram que medidas de estímulos, em especial em economias ricas, podem resultar em um ritmo de recuperação “mais rápido do que o esperado” no Japão e em outros países. No país, o índice Nikkei teve leve queda, fechando em 28.874,89 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,38%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, tem queda de 0,31%, com destaque negativo para ações do setor de varejo, que recuam 0,9%, enquanto que as do setor de petróleo e gás sobem 0,9%.

A primeira leitura sobre os setores de serviços e manufatura na Zona do Euro indicou que o crescimento está se acelerando em seu ritmo mais rápido em 15 anos, impulsionado pela demanda reprimida que vem tendo vazão com o relaxamento de medidas de distanciamento social no bloco.

O índice IHS Markit preliminar composto, que inclui os setores de serviços e manufaturas, atingiu 59,2 pontos, a maior leitura desde 2006. Em maio, o índice havia marcado 57,1. Qualquer valor acima de 50 representa expansão; abaixo, retração.

Veja o desempenho dos principais índices às 6h30 (horário de Brasília):

EUA
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,01%
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,03%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,02%

Europa
*FTSE (Reino Unido) -0,04%
*Dax (Alemanha), -0,59%
*CAC 40 (França), -0,56%
*FTSE MIB (Itália), -0,23%

Ásia
*Nikkei (Japão), -0,03% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,25% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,79% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,38% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,81%, a US$ 73,44 o barril
*Petróleo Brent, +0,95% a US$ 75,52 o barril
*Bitcoin +7,33%, a US$ 33.968,78
**A Bolsa de Dalian fechou com o minério de ferro em alta de 3,99%, cotado a 1173 iuanes, equivalente hoje a US$ 181,04 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,48