Índices de NY realizam lucros após rali da Nvidia; repercussão de balanços e mais destaques

Na sessão passada, os fortes lucros da Nvidia reavivaram uma forte recuperação nas ações de tecnologia

Felipe Moreira

Trader trabalha na sede da NYSE, em Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)

Publicidade

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta sexta-feira (23), apagando partes dos ganhos da sessão anterior, em dia de realização de lucros após o rali da Nvidia levar a novos recordes para as bolsas americanas. Na véspera, o S&P 500 adicionou 2,11% para seu melhor dia desde janeiro de 2023, enquanto o Nasdaq Composite subiu 2,96% em sua melhor sessão desde fevereiro do ano passado.

No Brasil, Diogo Abry Guillen, ​​​Diretor de Política Econômica do BC, fará palestra em evento organizado pela Abrasca, em São Paulo. Além disso, investidores devem repercutir o balanço da mineradora Vale (VALE3), que registrou lucro abaixo das expectativas, mas Ebitda e receita em linha, além dos números da B3 (B3SA3).

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa após o rali de Nvidia, com investidores de olho para os resultados trimestrais da Warner Bros antes da abertura do mercado. Na véspera, também houve sinalizações sobre o cenário de juros com as falas de integrantes do Fed. Philip Jefferson e Lisa Cook apontaram estarem otimistas de que a inflação americana está em desaceleração, apesar de um janeiro mais forte, mas deixaram claro que desejam mais provas de que está voltando à meta de 2% antes de reduzir as taxas.

Continua depois da publicidade

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,06%

S&P 500 Futuro: -0,09%

Continua depois da publicidade

Nasdaq Futuro: -0,22%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, após Wall Street vivenciar um rali com o robusto balanço da Nvidia, fabricante de chips americana que está no centro da onda de inteligência artificial (IA). Na China continental, os mercados ampliaram ganhos recentes, sustentados ainda também por recentes medidas de apoio de Pequim.

Shanghai SE (China), +0,55%

Continua depois da publicidade

Nikkei (Japão): +2,19%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,10%

Kospi (Coreia do Sul): +0,13%

Continua depois da publicidade

ASX 200 (Austrália): +0,43%

Europa

Os mercados europeus operam em alta, ampliando o impulso positivo após o índice de referência pan-europeu ter fechado num máximo recorde na sessão anterior. O índice de referência encerrou a sessão 0,82% mais alto, em 495,1 na quinta-feira, superando seu recorde anterior de fechamento de 494,35 em 5 de janeiro de 2022, mostraram dados do LSEG.

Os investidores irão digerir os lucros da Allianz, BASF e Standard Chartered na sexta-feira. A confiança do consumidor no Reino Unido, por sua vez, caiu em fevereiro, mostraram na sexta-feira novos dados de inquérito da GfK, indicando que a inflação mais elevada continua a pesar sobre as esperanças de uma recuperação econômica.

Continua depois da publicidade

FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%

DAX (Alemanha): -0,01%

CAC 40 (França): +0,09%

FTSE MIB (Itália): +0,64%

STOXX 600: +0,04%

Commodities 

Os preços do petróleo operam em baixa, depois de um integrante do Fed dos EUA ter dito que os cortes nas taxas de juros deveriam ser adiados por pelo menos mais dois meses.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte queda semanal em meio a preocupações persistentes com a demanda no principal consumidor, a China, mesmo com a recuperação dos preços na sexta-feira devido a preocupações com uma possível interrupção no fornecimento no Brasil devido a um acidente de trem. O minério de ferro de referência SZZFH4 de março na Bolsa de Cingapura subia 0,43%, a US$ 120,2 a tonelada.

Petróleo WTI, -1,44%, a US$ 77,48 o barril

Petróleo Brent, -1,31%, a US$ 82,57 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,45%, a 899 iuanes, o equivalente a US$ 124,89

Bitcoin

2. Agenda

A semana termina com a divulgação de dados da confiança do consumidor brasileiro de fevereiro.

Brasil

8h: Confiança do consumidor de fevereiro

9h: Diogo Abry Guillen, ​​​Diretor de Política Econômica do BC, fará palestra em evento organizado pela Abrasca

EUA

10h30: Exportação de grãos semanal

3. Noticiário econômico

Governo tenta trocar calendário obrigatório de emendas por acordo político

O governo cedeu à pressão do Congresso Nacional e decidiu prometer o pagamento de R$ 14,5 bilhões em emendas impositivas (obrigatórias) até 30 de junho, antes das eleições municipais. O recuo faz parte de uma estratégia do Palácio do Planalto para que deputados e senadores não derrubem o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao calendário de liberação de emendas parlamentares que havia sido incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

Incluído pelo relator da LDO, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), foi aprovado um cronograma para o governo pagar as chamadas transferências fundo a fundo de saúde e assistência social, dentro das emendas impositivas, no primeiro semestre.

4. Noticiário político

Lula recebe Lira e líderes da Câmara no Palácio da Alvorada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na noite da última quinta-feira (22) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com ministros do governo e com líderes partidários da Câmara. O encontro teve a presença de cerca de 25 pessoas, no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência.

De acordo com o líder do PSB, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), Lula agradeceu o desempenho da Câmara durante o ano de 2023, e ressaltou os resultados alcançados na economia, fruto da boa relação do Executivo com o Legislativo. Segundo ele, o presidente garantiu que esses encontros com parlamentares serão rotina em 2024. “Foi um bate-papo muito bom, muito leve, com energia muito positiva, e saio daqui animado de que essa relação vai melhorar cada vez mais e que isso vai render frutos extremamente positivos para 2024”, disse, ao sair do encontro.

5. Radar Corporativo

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) registrou lucro de US$ 2,418 bilhões de forma líquida (atribuível aos acionistas) no quarto trimestre de 2023 (4T23). Um ano antes, o lucro havia sido de US$ 3,724 bilhões. A queda anual, portanto, foi de 35,1%. Em relação ao terceiro trimestre deste ano houve alta de 14,7%.

B3 (B3SA3)

A B3 (B3SA3) registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,05 bilhão no quarto trimestre deste ano, queda de 8,2% em comparação ao mesmo período de 2022.

Nubank (ROXO34)

O Nubank (ROXO34) reportou lucro líquido ajustado de US$ 395,8 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), conforme a divulgação de balanço na noite desta quinta-feira (22), um avanço de 247,8% na comparação anual. No 4T22, o lucro tinha sido de US$ 113,8 milhões. No ano de 2023, o Nubank apresentou lucro de US$ 1 bilhão, contra o prejuízo de US$ 9,1 milhões observado em 2022.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)