Índices de NY caem às vésperas de inflação PCE nos EUA; prévia do PIB do Brasil e mais destaques

Na seara política, foi adiada para hoje a votação, no Senado, da MP das subvenções

Felipe Moreira

Por que investir fora do Brasil
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Os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa nesta quarta-feira (20), às vésperas da divulgação do indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), o deflator PCE.

O índice pode calibrar as apostas de um corte nas taxas de juros americanas já no começo do próximo ano.

De acordo com a ferramenta FedWatch do CME, os investidores agora veem uma chance maior do que 3 em 4 de uma redução de um quarto de ponto nas taxas até março.

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Ainda nos EUA, serão divulgados nesta quarta-feira os dados de vendas de moradias usadas de novembro e confiança do consumidor de dezembro pelo Conference Board.

Já os mercados asiáticos fecharam no azul em sua maioria, com as ações do Japão estendendo os ganhos para mais uma sessão, depois que o banco central do país manteve a sua política monetária ultra-flexível.

O Banco Popular da China também manteve a taxa preferencial de empréstimo de um e de cinco anos inalteradas.

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Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em baixa, com impulso positivo da sessão anterior perdendo o fôlego e à espera de dados da confiança do consumidor de dezembro.

Por aqui, sai o índice IBC-Br de atividade econômica de outubro, para o qual o mercado projeta leve avanço de 0,10%, e os números semanais de fluxo cambial.

Do lado político, foi adiada para hoje (20) a votação, no Senado Federal, da MP das subvenções, que muda as regras de tributação de incentivos fiscais concedidos por Estados para empresas. A previsão é que o texto seja votado a partir das 16h.

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Os investidores também seguem a repercussão da elevação do rating soberano do Brasil para BB na véspera, dia em que o Ibovespa também renovou sua máxima histórica.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com baixa após Dow Jones fechar a nona sessão consecutiva em alta e atingir nova máxima histórica na véspera.

Os dados sobre a confiança do consumidor relativos a dezembro e as vendas de habitações usadas relativas a novembro são os destaque da sessão de hoje, enquanto investidores se preparam para receber dados de inflação PCE, na quinta-feira.

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Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

A maioria dos mercados asiáticos fechou no azul, com as ações do Japão estendendo os ganhos da sessão anterior, depois que o Banco do Japão (BOJ) deixou inalterada a sua política monetária ultra-flexível.

O BOJ manteve as taxas de juro em -0,1%, ao mesmo tempo que manteve a sua política de controle da curva de rendimentos que mantém o limite superior para o rendimento das obrigações do governo japonês a 10 anos em 1% como referência. O governador do BOJ, Kazuo Ueda, também adotou um tom pacifista em uma conferência de imprensa após a decisão política.

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O Banco Popular da China também manteve a taxa preferencial de empréstimo de um ano em 3,45% . A taxa de referência de empréstimo de cinco anos permaneceu inalterada em 4,2%.

Europa

Os mercados europeus operam com perdas em sua maioria, após negociações positivas na sessão anterior.

A inflação no Reino Unido desacelerou mais acentuadamente do que o esperado em novembro, para 3,9%, abaixo dos 4,6% em outubro, mostraram dados oficiais na quarta-feira, aumentando a pressão sobre o Banco da Inglaterra para cortar as taxas em 2024.

Na semana passada, o Banco de Inglaterra manteve a sua principal taxa de juro inalterada em 5,25% e disse que a política monetária “provavelmente precisará de ser restritiva por um longo período de tempo”.

Commodities

As cotações do petróleo operam em alta, com traders atentos aos desenvolvimentos no Mar Vermelho.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no campo positivo, interrompendo uma sequência de perdas, apoiadas pela persistência de estoques baixos e pelas expectativas de uma onda de compras para o reabastecimento de inverno, embora a queda na demanda devido à crescente manutenção de equipamentos entre as usinas tenha limitado os ganhos.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda desta quarta-feira é marcada pelo o índice IBC-Br de atividade econômica de outubro, para o qual o mercado projeta alta de 0,10%, e os números semanais de fluxo cambial.

Nos EUA, serão divulgados os dados do setor imobiliário de novembro e confiança do consumidor de dezembro pelo Conference Board.

Brasil

9h: IBC-Br de outubro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,10%

11h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com Deputado Federal Danilo Forte (UNIÃO/CE) e Igor Macedo de Lucena, Presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (CRE/CE) (fechado à imprensa)

14h30: Fluxo cambial semanal
15h: Campos Neto tem reunião com Deputado Federal Evair Vieira de Melo (PP/ES), Marcelo Araujo, Chefe de Gabinete do Deputado, Giovanni Piana, Walter José Piana e Walter José Boina Piana, Co-Fundadores e Conselheiros do Will Bank (fechado à imprensa)
16h30: Campos Neto tem reunião com Deputado Federal Da Vitoria (PP/ES), Deputado Federal Dr. Luiz Ovando (PP/MS), Deputado Federal Amom Mandel Lins Filho (CIDADANIA/AM) e Jamilton de Sousa, Chefe de Gabinete do Deputado Da Vitoria (fechado à imprensa)

EUA

12h: Confiança do consumidor de dezembro

12h: Moradias usadas

12h30: Estoques de petróleo semanal – EIA

Zona do Euro

12h: Confiança do consumidor de dezembro

3. Noticiário econômico

MP das subvenções deve ser votada nesta quarta-feira

Foi adiada para hoje a votação, no Senado Federal, da Medida Provisória 1.185/2023, conhecida como MP das subvenções, que muda as regras de tributação de incentivos fiscais concedidos por Estados para empresas.

Durante a sessão deliberativa desta terça-feira (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), resolveu acatar uma sugestão proposta pelo líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA). O principal ponto em aberto é o pagamento retroativo do imposto devido. Parlamentares de oposição pedem isenção total, enquanto o governo oferece desconto de 80%. A previsão é que o texto seja votado a partir das 16h, no plenário do Senado.

Congresso conclui votação da LDO de 2024

O Congresso Nacional aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 (PLN nº 4). O placar de aprovação dos senadores foi de 65 votos a favor, 2 contrários, e nenhuma abstenção. Entre os deputados, a aprovação foi simbólica ao texto do relator Danilo Forte (União-CE).

A LDO fixa parâmetros de orientação para a elaboração do Orçamento de 2024. Entre as diretrizes, os parlamentares estabeleceram a meta fiscal de déficit zero, ou seja, os gastos federais não podem superar o somatório de arrecadação com tributos e outras fontes.

4. Noticiário político

Governo comemora elevação da nota de crédito e reitera ‘compromisso’ com agenda de reformas

O Ministério da Fazenda reiterou na terça, em nota divulgada após a elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P, o compromisso com a agenda de reformas em curso. Segundo a equipe econômica, a pauta contribuirá “não apenas” para o melhor balanço fiscal do governo, mas também para reduzir as taxas de juros e melhorar as condições de crédito, “ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”.

“Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do País”, escreveu.

5. Radar Corporativo

Americanas (AMER3)

A assembleia geral de credores (AGC) da Americanas aprovou na noite desta terça-feira (19) o plano de recuperação judicial da varejista. A decisão teve adesão de 91,14% dos votantes. Houve mudanças e introdução de novas cláusulas na proposta, em relação ao que foi protocolado nos autos no último dia 27 de novembro, o que estendeu a sessão por mais de seis horas.

Adiamento do balanço

A Americanas (AMER3) informou na terça-feira (19) o adiamento da divulgação dos resultados trimestrais da companhia dos períodos findos em 31 de março de 2023, 30 de junho de 2023 e 30 de setembro de 2023. A previsão inicial era 29 de dezembro.

Desde a divulgação dos balanços de 2022 e 2021 ao mercado em 16 de novembro de 2023, a Americanas disse que “tem concentrado seus esforços em concluir os trabalhos das demonstrações financeiras de 2023 na maior brevidade possível e, neste momento, a melhor estimativa é de divulgá-las até 31 de janeiro de 2024”, diz fato relevante.

Enjoei (ENJU3)

O Enjoei (ENJU3) anunciou a aquisição de 25% da rede de produtos infantis usados Cresci e Perdi por R$ 30 milhões. O negócio prevê a opção de compra do restante do capital social em 2028, diante de reajustes e uma parcela adicional com base no resultado operacional até 2027.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)