Índice de ADRs Brazil Titans 20 acelera ganhos após Petrobras virar para alta

ADRs brasileiros operam com ganhos e sinalizam alta na terça-feira

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Hoje é feriado na BM&FBovespa, mas os ADRs (American Depositary Receipts) dão uma boa indicação do que pode acontecer amanhã.

O índice Brazil Titans 20 Dow Jones, que é negociado na Bolsa de Nova York e reúne os 20 ADRs mais líquidos de empresas brasileiras já firma alta depois de abrir a sessão entre perdas e ganhos. O índice dos nossos ADRs sobe 0,88%, a 12.720 pontos, às 13h14 (horário de Brasília), seguindo o desempenho positivo das bolsas norte-americanas. 

Impulsionando a alta do índice mais cedo estavam os ADRs de bancos. Contudo, apesar da alta forte do Itaú Unibanco (ITUB4), que sobe 1,68%, a US$ 6,97; Bradesco (BBDC3;BBDC4) zerou ganhos e tem leve queda de 0,16%, para US$ 5,43.

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Os principais drivers macro para a sessão são os dados dos PMIs (Índices Gerentes de Compras, na sigla em inglês) da China e da zona do euro. Se na Europa, o avanço do índice impulsionou as bolsas da região a subirem, na China isso não ocorreu. O PMI industrial do gigante asiático subiu para 48,3 pontos na leitura de outubro contra 47,2 pontos em setembro, de acordo com a Caixin Media. Apesar disso, o dado ainda preocupa por estar há oito meses abaixo dos 50 pontos, indicando que a contração da atividade continua. 

Por aqui, o cenário político fica no radar com relatório do órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda afirmando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros petistas Antonio Palocci e Erenice Guerra movimentaram recursos milionários após deixar o governo, de forma incompatível com suas atividades no setor privado, segundo informações da revista Época. As empresas dos três petistas movimentaram R$ 294,6 milhões em suas contas desde 2008. 

Entre os ADRs, a Vale (VALE3VALE5) fica estável, com leve queda de 0,11%, a US$ 4,36, após os dados da China.

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Enquanto isso, os papéis PBR, relativos às ações ordinárias da Petrobras (PETR3PETR4), viram para alta de 0,51%, a US$ 4,91. Já os recibos PBR-A sobem 1,00%, para US$ 4,03, indo na contramão dos preços do petróleo. No mercado de commodities, o barril do Brent registra queda de 0,73% a US$ 49,20, ao passo que o barril do WTI (West Texas Intermediate) recua 0,62% a US$ 46,30. 

Entre as notícias da estatal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse no sábado (31) que a participação obrigatória da empresa na exploração do pré-sal pode ser revista. “Podemos rever isso. Podemos dar mais liberdade a isso. As coisas mudam, e o Brasil sabe como se adaptar”, disse Levy, durante a conferência Atlantic Dialogues, sobre cooperação entre países no Atlântico.

Também fica no radar a greve dos petroleiros, que foi reforçada ontem quando sindicatos integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) diminuíram o ritmo de trabalho nas principais unidades da empresa. Na Bacia de Campos, que responde por 80% da produção de petróleo e gás natural no País, o movimento foi iniciado às 19h. As demais unidades entraram em greve, aos poucos, a partir das 15h. Os primeiros a parar foram os terminais. Não há perspectiva de interromper a produção a ponto de provocar desabastecimento de combustíveis, informou a FUP.

Entre os outros papéis com maior volume, a Eletrobras (ELET3ELET6) vê seus ADRs dispararem 3,17%, para US$ 1,30. Pão de Açúcar (PCAR4) tem alta de 1,23%, a US$ 53,30 e a Ambev (ABEV3) avança 0,92%, a US$ 4,91. 

Completam o “time” dos ADRs brasileiros os recibos da Ultrapar (UGPA3, US$ 17,40, +0,52%), BRF (BRFS3, US$ 15,39, +0,36%), Gafisa (GFSA3, US$ 1,28, -0,71%) e Embraer (EMBR3, US$ 27,68, +1,06%).

EUA esperam indicadores e Ásia cai
Nos EUA, os índices Dow Jones e S&P registram ganhos no começo de uma semana pesada de indicadores entre os quais se destaca o Relatório de Emprego na sexta-feira (6). Segundo diversos analistas do mercado, os famosos nonfarm payrolls serão cruciais para ajustar as expectativas do mercado em relação à política monetária do Federal Reserve. Mais precisamente, indicarão se o Fed realmente pode subir as taxas de juros da maior economia do mundo ainda este ano ou se a elevação ocorrerá apenas em 2016. 

Enquanto isso, na zona do euro, as bolsas sobem depois do PMI da região subir para 52,3 pontos em outubro, contra 52 em setembro, indicando crescimento da atividade econômica. A temporada de resultados também afeta os mercados da região, em meio ao lucro de US$ 6,1 bilhões do HSBC, registrando um crescimento de 32% no terceiro trimestre de 2015 na comparação anual.  

Já as ações asiáticas recuaram para o nível mais baixo em quase três semanas nesta segunda-feira, abatidas por um movimento de realização de lucro após dados fracos sobre a atividade manufatureira na China e dos gastos dos consumidores nos Estados Unidos reforçarem as preocupações com as perspectivas econômicas globais.

Atividade manufatureira da China caiu pelo oitavo mês consecutivo em outubro, mostrou o índice de gerentes de compras Caixin (PMI), alimentando temores de que a segunda maior economia do mundo pode estar perdendo força no quarto trimestre, apesar de uma série de medidas de estímulo. Os números Caixin seguiram-se a pesquisa oficial de domingo, que mostrou que a atividade no setor de manufatura da China inesperadamente recuou em outubro pelo terceiro mês consecutivo.

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