Índice de ADRs brasileiros sobe na Bolsa de NY com sinalização de acordo EUA-China

Com feriado na B3, benchmark das empresas brasileiras negociadas nos EUA aponta para dia de alta com as atenções voltadas à guerra comercial

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil opera em alta nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Valores Nova York (NYSE) seguindo o desempenho dos índices americanos. O principal driver dos mercados é a fala do conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que a China e os Estados Unidos estão próximos de chegar a um acordo comercial.

Também traz otimismo ao investidor o dado das vendas do varejo nos EUA, que cresceram 0,3% em outubro, depois de uma queda de 0,3% no mês anterior. A expectativa mediana dos economistas era de uma expansão de 0,2% segundo apurou o consenso Bloomberg.

O índice Empire State do Federal Reserve de NY, por outro lado, veio abaixo das estimativas, mostrando uma leitura de 2,9 pontos em novembro, ante projeções de que iria atingir 5 pontos. A utilização de capacidade da indústria caiu para 76,7% em outubro, seu menor nível em mais de dois anos.

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Às 11h30 (horário de Brasília), o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR subia 1,04% a 22.652 pontos. Já o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped avança 1,08% a US$ 42,94.

Entre as blue chips brasileiras, o ADR da Vale (VALE3) é o de melhor desempenho, subindo 1,95% a US$ 11,42, enquanto Petrobras (PETR3; PETR4) tem alta de 1,39%, Itaú Unibanco (ITUB4) registra ganhos de 1,18% e Bradesco (BBDC3; BBDC4) valoriza 0,76%.

Hoje, a B3 está fechada por conta do feriado da Proclamação da República no Brasil, mas as bolsas norte-americanas estão funcionando. É importante acompanhar o desempenho dos ADRs nos mercados internacionais, pois qualquer movimento desta sexta deve ser refletido na abertura do pregão da segunda-feira (18) para que não haja descompasso entre os preços das ações negociadas no Brasil e nos EUA.

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Os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam em altas entre 0,08% e 0,4%, renovando máximas históricas.

Sobre a guerra comercial, Kudlow disse que as negociações estavam chegando próximas a um consenso, mas que o presidente Donald Trump ainda não estava pronto para assinar o acordo. “Trump gosta do que vê, mas não está pronto para assinar um compromisso para a fase 1, ainda não fechamos o acordo”, avisou.

Ainda no radar, a Casa Branca divulgou hoje uma gravação da discussão ocorrida em abril entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, que tinha acabado de vencer as eleições. O Partido Democrata abriu um processo de impeachment contra Trump baseado em uma conversa que o presidente teve em 25 de julho com Zelensky em que alegadamente pedia para o ucraniano investigar o democrata Joe Biden.

Ibovespa

Ontem, o dia foi de ganhos na Bolsa, graças a dados positivos da economia brasileira e um desmentido em relação à notícia de que a China não aceita um valor fixo de importações de produtos agrícolas americanos para encerrar a guerra comercial. O Ibovespa teve alta de 0,47%, aos 106.556 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 18 bilhões.

Já o dólar comercial subiu 0,16%, para R$ 4,1927 na compra e R$ 4,1934 na venda.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.