Incêndio em refinaria da Petrobras, dividendo extraordinário da CSN e mais notícias

Confira o que está no radar dos investidores nesta segunda-feira 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Incêndio em refinaria da Petrobras, anúncio da CSN de dividendos extraordinários e recomendações de compra do Credit Suisse e do JP Morgan estão no radar dos investidores nesta segunda-feira (20). Confira:

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras confirmou um incêndio em sua refinaria em Paulínia, a Replan. As chamas já foram combatidas e equipes da Petrobras e do Corpo de Bombeiros continuam no local realizando o rescaldo. A produção foi preventivamente paralisada e uma comissão será instaurada para avaliar as causas da ocorrência. 

A Replan é a maior refinaria da petroleira, com capacidade de processamento de 434 mil barris de petróleo por dia. A produção corresponde a 20% do refino de petróleo no Brasil.

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A Petrobras informou nesta segunda-feira que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance iniciou a oferta de troca de títulos privados por títulos registrados na SEC (Securities and Exchange Commission), nos Estados Unidos.

No âmbito dos preços, a estatal avalia que a nova fórmula proposta pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para calcular o preço de referência para a concessão de subsídios ao diesel, a partir de 31 de agosto, poderia trazer risco de desabastecimento ao país. A oferta de troca se restringe aos detentores dos títulos Global Notes com vencimento em 2025 e cupom de 5,299% e também dos Global Notes com vencimento em 2028 e cupom de 5,999%.

Os detentores poderão trocar seus títulos não registrados por títulos registrados na SEC, com termos e condições idênticos aos títulos originais, explicou a companhia. Segundo a estatal, a oferta de troca, que irá expirar em 20 de setembro, “não traz impacto para o perfil de endividamento da companhia”.

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Marfrig (MRFG3)

A Marfrig acertou a venda da Keystone para a Tyson por US$ 2,4 bilhões. O negócio contempla a venda de todos os ativos da Keystone Foods, exceto a planta de hambúrgueres de Ohio, com capacidade anual de 91 mil toneladas de produto processado. Segundo a empresa, a decisão de continuar com a planta “está em linha com a estratégia da companhia de foco com crescimento em bovinos, incluindo a recente aquisição pela companhia de participação majoritária na National Beef Packing Company”.

A transação deve contribuir para a melhora da estrutura de capital da Marfrig e está em linha com o objetivo de reduzir sua alavancagem financeira. A aquisição está sujeita à aprovação do BNDESPar.

“O ‘enterprise value’ total foi de, aproximadamente, US$ 2,4 bilhões, o qual considera um ‘equity value’ para a Marfrig de US$ 1,4 bilhão (após liquidação da dívida e outros ajustes)”, informou a Marfrig. O preço mais baixo do que o esperado pelo mercado foi “uma decepção”, segundo analistas do BTG Pactual. A ação caiu 9,30% no pregão de sexta-feira (17) com a frustração dos acionistas. 

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“Nós reconhecemos que a recente queda nas margens de frango dos Estados Unidos e a decisão de excluir uma das principais fábricas de hambúrgueres da Keystone (com Ebitda estimado de US$ 10 milhões) foram grandes fatores”, avalia o BTG. 

Para o BTG, a queda de 24% das ações da Marfrig em agosto é “exagerada” e acredita que “assumindo que a Marfrig negocie a 5x (em linha com os players do setor), vemos potencial de 40% de valorização do preço atual”. 

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CSN (CSNA3)

A CSN informou na noite de sexta-feira (17) que pagará um dividendo extraordinário de R$ 890 milhões, a partir de 29 de agosto. A remuneração faz parte do esforço da companhia para alongar seu passivo financeiro que permitiu ao mesmo tempo concluir o reperfilamento de dívida de curto prazo com o Bradesco. A CSN disse ainda ter sido informada de que sua controladora também chegou a um acordo para “alongamento estrutural e duradouro de suas dívidas”.

O valor equivale a um rendimento de dividendos de aproximadamente 7,3% e marca o primeiro pagamento de dividendos da CSN em três anos e meio anos. As ações serão negociadas ex-dividendo em 21 de agosto e o dinheiro será pago em 29 de agosto. “Suspeitamos que os dividendos serão usados pela controladora para o pagamento de dívida da holding”, avaliam os analistas do BTG Pactual.

Apesar do mercado normalmente receber o anuncio de dividendos, nesse caso achamos que será diferente (uma vez que alavancagem segue como a principal preocupação dos investidores). Certamente preferiríamos ver uma alocação de capital diferente”, afirma o BTG, em relatório enviado a clientes. 

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Eletrobras (ELET3;ELET6)

A AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para tentar derrubar liminar que impede o leilão de seis distribuidoras da Eletrobras, segundo a Reuters. No pedido de suspensão, a AGU argumenta que as distribuidoras são deficitárias e precisaram receber R$ 30 bilhões da Eletrobras nos últimos 20 anos. A AGU diz que a estatal não teria mais condições de injetar recursos nas distribuidoras e elas terão de ser liquidadas caso os leilões não ocorram.

Usiminas (USIM5)

A explosão na usina da Usiminas em Ipatinga (MG) na semana passada foi causada pela entrada indevida de ar atmosférico no gasômetro, informou a companhia com base no relatório preliminar de investigação sobre o acidente ocorrido em 10 de agosto. A explosão paralisou temporariamente alto-fornos e deixou 34 feridos.

A Usiminas foi elevada de neutral a overweight (acima da média do mercado, o equivalente a compra) pelo JPMorgan. O preço-alvo foi elevado de R$ 12,50 para R$ 14,50, o que implica potencial de alta de 83% em relação ao último pregão.

Copel (CPLE6)

A Copel pretende definir dentro de três meses o seu plano de desinvestimentos,segundo reportagem do jornal Valor Econômico. A companhia está avaliando um conjunto de 20 projetos que podem ser colocados à venda, mas não detalhou quais empreendimentos estão sob estudo. 

TIM Participações (TIMP3)

A TIM foi elevada para outperform (acima da média de mercado, o equivalente a compra) pelo Credit Suisse, que também elevou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 16, um potencial de valorização de 38,7% ante o último pregão. Os analistas apontam que a ação é atraente não apenas em relação aos seus pares, mas também em termos absolutos. 

As razões para o otimismo do Credit com a Tim são: seu desempenho operacional é forte e deve permanecer sólido; a dinâmica de preços é e deve permanecer saudável nos principais mercados da empresa; a recente liquidação conduziu a avaliação a um nível descontado e muito atraente; a Tim está gradualmente se tornando um ativo de dividendos (7% em 2019, projeta o Credit); e uma fusão com a Oi é provável no médio prazo e é uma opção com grande vantagem.

Aliansce (ALSC3)

A Aliansce foi elevada para compra pelos analistas do HSBC e o preço-alvo é de R$ 18,10, com potencial de valorização de 19,6% em relação ao pregão de sexta-feira).

BR Malls (BRML3)

BR Malls foi elevada a para manutenção pelos analistas do HSBC, com preço-alvo de R$ 9,60, com potencial de valorização de 19,6% em relação ao pregão de sexta-feira).

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