Impulsionadas por DeFi, transações com criptomoedas crescem mais de 1.000% em um ano nos EUA e Canadá

Segundo relatório da Chainalysis, América do Norte recebeu mais de US$ 750 bilhões em criptoativos entre junho de 2020 e julho de 2021

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Sustentado pela popularidade das Finanças Descentralizadas (DeFi), Estados Unidos e Canadá se tornaram a segunda maior economia de criptomoedas do mundo, tendo recebido mais de US$ 750 bilhões em moedas digitais entre junho de 2020 e julho de 2021, segundo dados da empresa de análise digital Chainalysis.

O valor representa 18,4% de toda a atividade global no período, sendo que os EUA respondem pela maior parte da atividade, mostrando uma adoção popular relativamente alta, segundo a Chainalysis. O país ficou em oitavo lugar no Índice de Adoção de Criptografia Global feito pela empresa.

Neste cenário, o volume mensal de transações de criptomoedas na América do Norte teve um forte saltou de mais de 1.000%, passando de US$ 14,4 bilhões em julho de 2020 para uma máxima de US$ 164 bilhões em maio deste ano, antes de apresentar uma queda em junho.

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E boa parte desse crescimento, segundo a companhia, foi impulsionado pela crescente popularidade do DeFi. Residentes da América do Norte enviaram cerca de US$ 276 bilhões em criptomoedas para plataformas DeFi no período analisado, ficando atrás apenas da Europa Central, do Norte e Ocidental (CNWE), com US$ 389 bilhões.

A Chainalysis explica que as “baleias DeFi” (investidores com altas quantias investidas) foram responsáveis ​​por transformar a região europeia na maior economia de criptomoedas do mundo, com a maioria das transferências de tamanho institucional indo para plataformas de finanças descentralizadas.

Ainda de acordo com o relatório, as transações de DeFi representaram 37% do volume geral de transações da América do Norte durante o período, sendo que apenas a CNWE e a Ásia Central e do Sul e Oceania (CSAO) dedicaram uma parcela maior de atividades a DeFi. Os EUA sozinhos ainda lideraram as transações de DeFi de varejo, com operações de menos de US$ 10 mil.

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Entre as plataformas, na América do Norte a Uniswap e a Coinbase foram as mais utilizadas, transacionando mais de US$ 100 bilhões cada uma entre julho do ano passado e junho de 2021, seguida por dYdX, Gemini e Compound.

Segundo a Chainalysis, nove dos 25 maiores serviços de criptomoeda por volume de transações na América do Norte são protocolos DeFi.

Citando ainda as maiores, o relatório destaca as diferentes áreas de atuação de cada uma. A Uniswap é uma exchange descentralizada (DEX), o que significa que tem uma função semelhante a uma exchange tradicional e centralizada, mas não tem custódia e oferece uma ampla variedade de tokens ERC-20 (contratos inteligentes executados na blockchain do Ethereum) não disponíveis em corretoras centralizadas.

Já o dydx, por outro lado, está mais focado em derivativos de criptomoedas, ao passo que o Compound se volta para empréstimos com rendimento de juros.

“A popularidade relativamente alta de todos os três sugere amplo interesse na categoria DeFi por várias razões, em vez de interesse em apenas um caso de uso específico de DeFi”, avalia a empresa de dados.

Por fim, o relatório destaca ainda que a região da Ásia Oriental tem registrado queda, que provavelmente é impulsionada pelas repressões na China contra criptoativos e mineração.

A Chainalysis diz que o volume de comércio P2P na China caiu significativamente no último ano, colocando o país na 155ª posição no mundo, sendo que no ano passado ele estava em 53º lugar. Embora o Leste Asiático tenha recebido US$ 591 bilhões em transações de criptoativos nos 11 meses analisados – um crescimento de 452% – a empresa rotulou a região como a de “crescimento mais lento” da análise.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.