Importações ajudam a conter alta dos preços do vestuário

Para Abeim (Associação Brasileira doVarejo Têxtil), importações estimulam livre concorrência, equilibrando os preços no mercado interno

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – De acordo com dados da Abeim (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), a elevação da expectativa inflacionária não deverá afetar as expectativas de crescimento do setor. O principal motivo é o grande número de importações, que estariam ajudando a equilibrar os preços do mercado interno.

“A livre concorrência é importante num momento de expectativa inflacionária. Um mercado fechado estaria mais sensível aos riscos do aumento de preços praticado pela indústria nacional”, explica o presidente da Abeim, Sylvio Mandel.

Para Mandel, a elevação dos juros também não afeta o consumo de roupas. “As pessoas utilizam cartões das próprias lojas e não têm o hábito de parcelar as compras em muitas vezes, ao contrário do que acontece com outros bens de consumo como eletrodomésticos e automóveis.”

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Varejo

As vendas no comércio varejista de vestuário estão crescendo. Segundo a Abeim, em abril, o crescimento em volumes do setor registrou alta de 10,6%. Até o final do ano, cerca de 160 novas lojas serão abertas.

E, de acordo com pesquisa da Consultoria A.T. Kearney, divulgada pela associação, o Brasil é um dos mercados mais atrativos para receber investimentos financeiros na área, pois os brasileiros gostam de comprar roupas e superam outros mercados consumidores.

Fipe

O bom momento do setor de vestuário, defendido pela Abeim, pode ser verificado em números. De acordo com o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) referente à segunda quadrissemana de julho, divulgado na manhã desta sexta-feira (18), o setor apontou desaceleração de 0,25 ponto percentual.

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Na primeira quadrissemana do mês, o aumento dos preços no setor ficou em 0,34%. Já na segunda, a alta foi de 0,09%.

O IPC é divulgado semanalmente pela Fipe. A pesquisa de preços é feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham entre 1 e 20 salários mínimos.