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SÃO PAULO – O Ibovespa cai nesta segunda-feira (14) em meio à piora no ambiente doméstico com as perspectivas do governo de que a economia fique paralisada durante o processo de impeachment. A tensão fica ainda pior com a expectativa de que a Moody’s ou a Fitch rebaixem o rating brasileiro nos próximos dias. Também ajuda a queda da bolsa a derrocada do petróleo, que já cai 2,9% a US$ 37,18 o barril do Brent.
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Às 13h43 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira recuava 0,88%, a 44.863 pontos. Já o dólar comercial sobe 0,70% a R$ 3,9008 na venda, ao mesmo tempo em que o dólar futuro para janeiro de 2016 tinha alta de 0,55% a R$ 3,915. No mercado de juros futuros o DI para janeiro de 2017 sobe 1 ponto-base a 16,04%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 7 pontos-base a 16,12%.
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Segundo a Folha de S. Paulo, o governo vê paralisia completa da economia até a definição do impeachment. Ao mesmo tempo, as notícias desta segunda são de que a oposição quer atrasar ao máximo o início do processo.
Um alívio para o Planalto, no entanto, veio das manifestações deste domingo, que foram bem menores que as de março e as de agosto. Com isso, o PT deve tentar mostrar que está mais forte em atos em defesa do governo marcados para quarta. Segundo Lucas de Aragão, analista da consultoria política Arko Advice ouvido pela Bloomberg, o movimento pode crescer em 2016, já que ainda não teria havido tempo para uma maior organização desde que o processo de impeachment foi de fato aceito por Cunha.
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 oscilou de uma retração de 3,5% para uma de 3,62%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 10,61% este ano.
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Ações em destaque
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 8,72, -1,47%; PETR4, R$ 7,12, -1,79%) registram um dia de queda, com um novo dia de baixa para o barril do brent, que apresenta queda de 2,98%, a US$ 37,18. No noticiário da estatal, o Plano de Negócios da Petrobras deve alcançar US$ 83 bilhões em 2016-2020, uma redução de 37% em relação ao plano do período 2015-2019, segundo relatório dos analistas do Itaú BBA, Diego Mendes e Pablo Castelo Branco.
“Esperamos que a Petrobras invista cerca de US$ 1 bilhão ao ano em exploração, enquanto a produção doméstica provavelmente vai parar de crescer e se estabilizará em cerca de 2,2 mi bpd em 2017 (Petrobras poderá precisar instalar dois sistemas de produção por ano para manter produção estabilizada). Para outros negócios, esperamos apenas gastos em manutenção e investimento limitado em ativos que devem ser vendidos (principalmente no segmento internacional)”. “Independentemente do mercado internacional, reajustes nos preços do diesel e da gasolina são necessários”, afirmam.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Entre os piores desempenhos do índice está a Gol (GOLL4, R$ 3,18, -4,50%). Apesar da queda do petróleo, as ações da empresa voltam a cair nesta sessão.
Já as ações das educacionais têm um dia misto em meio à publicação pelo Ministério da Educação da portaria com as normas e datas de candidaturas para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao primeiro semestre de 2016. O MEC continuará priorizando qualidade (cursos notas 4 e 5), cursos prioritários (área de Saúde, Engenharias e Pedagogia) e distribuição regional, com análise detalhada de cada microrregião do país. Nesse último critério, MEC analisará 1) demanda por educação superior, medido pelo ENEM, 2) demanda por financiamento estudantil: olhando p/ figura de 2015 como referência e 3) IDH – MEC faria ranking dos municípios, identificando áreas aonde necessitam melhores índices de educação e aplicaria um peso por faixa.
Conforme informa o BTG Pactual, neste último quesito, Kroton (KROT3, R$ 10,40, -0,48%) tem leve queda e Estácio (ESTC3, R$ 14,29, -2,79%) tem queda.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Em alta, por outro lado, estão os papéis da Vale (VALE3, R$ 12,27, +0,49%; VALE5, R$ 9,75, +1,67%). O minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao subiu 2% hoje, a US$ 39,06 a tonelada.
Cenário externo
Na Europa, o dia é de alta, a primeira em cinco dias, recuperando parte das perdas do sell-off de sexta-feira. Vale destacar que os mercados em geral ficam de olho na decisão do Federal Reserve esta semana. O Fed anuncia decisão de política monetária nesta quarta e pesquisas apontam para 74% de chances de alta de juros.
Já nas bolsas asiáticas, o dia foi misto. As ações listadas em Xangai subiram 2,52% hoje, em sua melhor sessão em um mês, com dados da atividade industrial mais fortes do que o esperado levantando a confiança sem frustrar as esperanças de novos estímulos. Já as mineradoras se valorizaram também diante da perspectiva de cortes de produção.
As ações ligadas ao conglomerado chinês Fosun Group despencaram, com a primeira chance de reação dos investidores às notícias de que o bilionário presidente do grupo está ajudando as autoridades em uma investigação. Após “sumiço” entre quinta e sexta-feira, o presidente do grupo, Guo Guangchang, presidiu nesta segunda-feira a assembleia anual de acionistas da Fosun, de acordo com fotos publicadas pela revista financeira chinesa Caijing. “Apesar dos investimentos em todo o mundo, o crescimento do Fosun está enraizado na China”, afirmou Guo, que participou hoje na reunião anual da empresa, citado pelo jornal oficial China Daily.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 2,86%. para 3.711 pontos. Os investidores foram encorajadas por sinais de estabilização econômica após dados divulgados no final de semana mostrarem que o crescimento da produção industrial acelerou para a máxima de cinco meses, superando as expectativas do mercado.
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