Ibovespa perde força; dólar cai seguindo exterior e com projeções mais otimistas para a economia brasileira

Último pregão do ano promete ser de liquidez reduzida, tendo como destaque dados do Focus e contas públicas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O último pregão de 2019 é de leves variações para o Ibovespa. O índice chegou a esboçar certo ânimo no início da sessão, chegando a avançar quase 0,47%, mas o fôlego diminuiu, principalmente após a abertura das bolsas americanas, que passaram a cair após terem registrado novos recordes na última sexta-feira.

O movimento ocorre apesar da a notícia do jornal South China Morning Post, de Hong Kong, de que o vice premiê chinês Liu He irá para Washington esta semana para assinar a primeira fase do acordo comercial com os EUA.

Às 12h40 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira registrava leve queda de 0,20%, a 116.295 pontos, enquanto o dólar comercial tem queda de 0,63%, a R$ 4,0235 na compra e R$ 4,042 na venda, seguindo o enfraquecimento externo da moeda enquanto mercado se prepara para definição da Ptax que será referência para o vencimento dos futuros.

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Por aqui, destaque também para o Focus. A mediana das projeções do mercado para o PIB do Brasil teve elevação pela oitava semana seguida  e chegou a 2,30%. Para 2019, houve a quarta revisão seguida para cima, que levou a mediana de projeções para o PIB a 1,17%.

Também no radar econômico, outra notícia que anima os investidores: as contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram um déficit primário de R$ 15,312 bilhões em novembro, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. A estimativa mediana de economistas consultados pela Bloomberg era de um déficit maior, de R$ 16,4 bilhões.

Na ausência de um driver forte para os negócios, os juros futuros operam com viés de baixa, acompanhando a desvalorização do dólar ante o real e outras moedas. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,56%, na mínima, de 4,58% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 marcava 5,83%, na mínima, de 5,85%, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 exibia taxa de 6,48%, na mínima, 6,49% no ajuste anterior.

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Já no noticiário político, atenção para a notícia de que a agenda econômica é o principal objetivo de 2020 para o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, segundo aponta o Valor. Maia pode priorizar as reformas tributárias e administrativas, diz o jornal, indicando que o deputado manterá seu papel fundamental na aprovação de reformas, amenizando as preocupações do mercado com o déficit ainda alto e com a articulação deficiente do governo no Congresso.

Noticiário corporativo

Na noite de sexta-feira, o Ministério da Economia informou que concluiu o recebimento de R$ 69,96 bilhões referentes ao direito de exploração do excedente da cessão onerosa de duas áreas arrematadas no leilão do pré-sal, realizado em novembro. Do total, R$ 11,73 bilhões serão repassados a Estados e municípios nesta segunda-feira, estando disponíveis na terça-feira nos caixas dos entes subnacionais.

As empresas pagaram R$ 35,54 bilhões – R$ 28,72 bilhões pagos pela Petrobras e R$ 6,82 bilhões pelas empresas chinesas CNODC e CNOOC. Outros R$ 34,42 bilhões já haviam sido antecipados pela Petrobras em 10 de dezembro. A União, por sua vez, utilizou R$ 34,41 bilhões para quitar dívida com a Petrobras e encerrar discussões de mais de cinco anos.

Já o Itaú informou a compra de participação adicional na Pravaler, numa transação que avaliou a plataforma online de financiamento estudantil em R$ 1 bilhão.

A compra refere-se à venda de fatias detidas no negócio por um fundo gerido pela Victoria Capital Partners e pelo International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial. Com isso, a participação do Itaú Unibanco na Pravaler, sobe de cerca de 9% para 37,9% das ações com direito a voto.

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(Com Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.