Publicidade
SÃO PAULO – Após renovar recorde ao superar os 94 mil pontos no último fechamento, o Ibovespa descolou do movimento de alta de Wall Street e passou por uma realização de lucros, em dia de noticiário mais tranquilo e atenção especial à votação do Brexit no Parlamento britânico.
O Ibovespa fechou com queda de 0,44%, aos 94.055 pontos, após ter chegado na máxima intradiária de 94.695 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 14,950 bilhões. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro, por sua vez, teve alta de 0,49%, cotado a R$ 3,719, e o dólar comercial subiu 0,71%, para R$ 3,7253 na venda.
No mercado de DIs, o contrato de juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 subiu 8 pontos-base, para 7,45%, enquanto o contrato para janeiro de 2023 avançou 10 pontos, a 8,51%.
Continua depois da publicidade
No exterior, por 432 votos contra e 202 a favor, o Parlamento do Reino Unido impôs uma dura derrota à primeira-ministra Theresa May e rejeitou o acordo para o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia). A premiê tem agora três dias para apresentar um plano B.
Logo após o resultado, May fez um pronunciamento dizendo que a votação mostrou os que os parlamentares não querem, e não o que eles querem. Ela disse que primeiro vai garantir que os parlamentares possam ver se ainda têm confiança no governo, ou seja, realizar uma votação de desconfiança.
Diante disso, o líder da oposição, Jeremy Corbyn, apresentou um pedido para que o assunto seja debatido nesta quarta-feira (16). Em caso de derrota da primeira-ministra ela perderá a liderança do governo e novas eleições podem ser convocadas.
Continua depois da publicidade
Nesta terça-feira (15), as bolsas estrangeiras fecharam em alta com medidas tomadas pela China para estimular sua economia. A China cortou impostos e ainda deixou a porta aberta para possíveis cortes na taxa de juros e deve acelerar investimentos em infraestrutura.
Por aqui, novas sinalizações sobre o rumo da reforma da Previdência não foram suficientes para que o Ibovespa perseguisse novas altas.
Destaques da Bolsa
As maiores baixas, dentre as ações que compõem o índice Bovespa, foram:
Publicidade
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
CCRO3 | CCR SA ON | 13,46 | -3,86 | +20,18 | 322,12M |
CIEL3 | CIELO ON | 10,50 | -3,67 | +18,11 | 177,56M |
ELET6 | ELETROBRAS PNB | 32,86 | -3,61 | +16,65 | 87,24M |
GOLL4 | GOL PN N2 | 24,37 | -3,14 | -2,91 | 61,78M |
ELET3 | ELETROBRAS ON | 30,08 | -2,78 | +24,14 | 113,22M |
As maiores altas, dentre os papéis que compõem o índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SUZB3 | SUZANO PAPELON | 42,30 | +8,46 | +11,08 | 460,03M |
VVAR3 | VIAVAREJO ON | 4,98 | +3,32 | +13,44 | 164,05M |
KLBN11 | KLABIN S/A UNT N2 | 18,34 | +2,92 | +15,49 | 96,85M |
IGTA3 | IGUATEMI ON | 40,50 | +2,53 | -2,64 | 85,58M |
ENBR3 | ENERGIAS BR ON | 15,30 | +2,27 | +9,08 | 68,99M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
ITUB4 | ITAUUNIBANCOPN | 37,29 | -1,56 | 1,54B | 703,12M | 56.039 |
PETR4 | PETROBRAS PN N2 | 24,83 | -0,08 | 1,34B | 1,94B | 36.266 |
VALE3 | VALE ON | 52,35 | -0,48 | 761,34M | 1,10B | 28.278 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 17,70 | +0,91 | 627,76M | 378,45M | 46.403 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 41,91 | -0,19 | 525,65M | 599,13M | 26.236 |
SUZB3 | SUZANO PAPELON | 42,30 | +8,46 | 460,03M | n/d | 31.003 |
BBAS3 | BRASIL ON | 49,25 | -1,16 | 457,56M | 469,14M | 18.625 |
ITSA4 | ITAUSA PN | 12,91 | -0,62 | 426,76M | 308,39M | 28.052 |
LREN3 | LOJAS RENNERON | 40,80 | -0,37 | 383,19M | 157,02M | 16.353 |
CCRO3 | CCR SA ON | 13,46 | -3,86 | 322,12M | 101,68M | 32.312 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Continua depois da publicidade
Reforma da Previdência
O presidente Jair Bolsonaro deve ser o garoto-propaganda para explicar à população os principais pontos da reforma da reforma da Previdência. A popularidade em alta do presidente é uma dos principais trunfos do governo para garantir a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) já no primeiro semestre do ano.
Invista com a ajuda da melhor assessoria do Brasil: abra uma conta na XP – é de graça!
Enquanto isso, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, saiu a campo e se reuniu com os especialistas que vão integrar o conselho consultivo que será criado pelo governo para discutir as mudanças nas regras de pensão e aposentadoria do País.
Publicidade
O secretário ouviu de alguns conselheiros uma defesa para que essa transição seja mais curta do que os 20 anos da proposta do ex-presidente Michel Temer, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Há quem defenda que essa transição seja de pelo menos oito anos e de no máximo 14 anos.
A estratégia traçada pelo governo é só revelar o conteúdo da emenda aglutinativa que modificará a proposta de Temer no plenário da Câmara. O cronograma previsto é que a apresentação ocorra já na primeira semana de fevereiro.
A avaliação é de que a apresentação da proposta em primeira mão aos parlamentares é uma “deferência” ao Legislativo e reforça o compromisso do governo com o sigilo necessário para que o novo texto não fique exposto às críticas antes mesmo de ser apresentado. A expectativa é de que em 40 dias após sua apresentação a emenda possa ser votada em primeiro turno na Câmara.
As regras de aposentadoria dos policiais militares dos Estados podem ficar atreladas às das Forças Armadas, segundo o Estado de S. Paulo. O pedido partiu das próprias corporações e está sendo analisado pela equipe econômica, que tem defendido a inclusão de todas as categorias na reforma da Previdência. Os militares, tanto das Forças Armadas quanto dos Estados, haviam ficado de fora da proposta apresentada pelo ex-presidente Michel Temer.
Hoje, cada Estado tem regras próprias para a aposentadoria dos PMs. A categoria é uma das que mais pesam nas contas dos governos estaduais, junto com os professores. Segundo dados do Tesouro Nacional, os policiais aposentados representam, em média, 15% dos inativos nos estados.
Noticiário político
O presidente Jair Bolsonaro assina hoje, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o decreto que flexibiliza a posse de armas, informou a Casa Civil. O texto regulamentará a posse de armas de fogo no país, uma das principais promessas de campanha do presidente da República.
O decreto refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro não será incluído no texto. A previsão é que seja facilitada a obtenção de licença para manter armas em casa. Os detalhes do decreto, entretanto, não foram divulgados pela Casa Civil.
A assinatura do decreto será logo depois da reunião ministerial, que Bolsonaro passou a fazer todas as terça-feiras, às 9h (de Brasília) no Planalto, desde que assumiu o poder em 1º de janeiro.
Invista com a ajuda da melhor assessoria do Brasil: abra uma conta na XP – é de graça!