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SÃO PAULO – Em mais uma dia de otimismo, o Ibovespa chegou a sua terceira alta consecutiva, superando os 71 mil pontos, com o índice ganhando mais força no início da tarde, após a Câmara dos Deputados aprovar o texto-base para a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo). Por outro lado, o reflexo no dólar foi mais limitado, com a moeda chegando a virar para queda, mas recuperando em seguida.
O benchamrk da bolsa brasileira fechou com alta de 0,93%, aos 71.132 pontos, se aproximando de sua máxima histórica. O volume financeiro ficou em R$ 8,592 bilhões. O Ibovespa caminha para sua quinta semana seguida de alta e para o melhor mê do ano, com ganhos próximos a 8%. No exterior, Wall Street teve leves perdas enquanto os investidores ficam de olho no simpósio de Jackson Hole.
Já o dólar, após chegar a cair para R$ 3,1325, não se sustentou após as fortes perdas dos últimos dias. A moeda fechou com ganhos de 0,21%, cotada a R$ 3,1486 na venda, enquanto o dólar futuro com vencimento em setembro teve alta de 0,16%, a R$ 1,151. Os DIs, por sua vez, passaram a cair forte com a aprovação da TLP na Câmara. Os juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 registraram baixa de 5 pontos-base, cotados a 7,93%, enquanto os contratos de janeiro de 2021 recuaram 10 pontos-base, negociados a 9,30%.
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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em votação simbólica, o texto-base da Medida Provisória (MP) 777/2017, que institui a TLP para os contratos firmados com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), a partir de janeiro de 2018.
Os deputados rejeitaram dois destaques, mas ainda há outros três para serem votados, que ficaram para a próxima terça-feira (29) e também devem ser rejeitados. Com isso, o cronograma fica ainda mais apertado, já que é preciso terminar esta votação para que o projeto vá para o Senado, sendo que o projeto irá caducar dia 7 de setembro.
Pelo texto aprovado, a nova taxa será anunciada a cada mês e também incidirá sobre os recursos do Fundo de Participação PIS-Pasep, do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e do Fundo da Marinha Mercante. Sua composição será feita pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e pela taxa de juros prefixada das NTN-B (Notas do Tesouro Nacional) vigente no momento da contratação do financiamento.
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Selic em queda
Além da aprovação da TLP, o resultado abaixo do esperado do IPCA-15 na última quarta-feira (23), que teve inflação de 0,35% na passagem de julho para agosto contra projeção de +0,40%, faz o mercado elevar suas apostas de que o Copom decidirá pelo corte de 100 pontos-base da taxa básica de juros nos próximos três encontros, o que levaria a Selic abaixo de 7% ainda este ano.
Segundo Gustavo Cruz, economista da XP Investimentos, a inflação deve seguir comportada neste ano e dados preliminares apontam que o segmento de alimentos deve surpreender ao apontar deflação em 2017, reforçando que o Copom possui espaço para seguir com os cortes. Diante disso, Cruz reforça que o viés é de baixa para os juros e o comunicado do Copom após a reunião de 5 e 6 de setembro será fundamental para comprovar essa tese.
Na mesma linha, Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, acredita que os DIs devem manter o compasso de correção diante do avanço da agenda política, o que inclui a aprovação da TLP e uma versão mais enxuta da Reforma da Previdência, que ainda é uma incógnita do mercado. Como não há um consenso, a inclinação da curva dos vencimentos de 2019 e 2023 chegou na sua máxima em 7 anos nesta semana e comprova que os investidores estão “pagando” um prêmio de risco pela incerteza quanto ao andamento das reformas. Sem o “freio” da política e a economia ainda mostrando dificuldades para iniciar uma recuperação consistente, Vieira projeta que a Selic pode chegar em 6,5% no ano que vem.
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Destaques de ações
Do lado positivo, as ações da Eletrobras (ELET3) retomam o movimento de alta após o anúncio de desestatização pelo governo. Na outra ponta, destaque para Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que recua com mudança no comando executivo.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
BRAP4 | BRADESPAR PN | 25,84 | +4,53 | +78,31 | 44,46M |
VALE3 | VALE ON | 33,88 | +4,12 | +45,69 | 681,88M |
ELET3 | ELETROBRAS ON | 19,61 | +3,98 | -7,14 | 248,73M |
NATU3 | NATURA ON | 30,05 | +3,94 | +31,20 | 75,05M |
CSNA3 | SID NACIONALON | 8,58 | +3,87 | -20,92 | 85,52M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o índice Bovespa, foram:
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Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
GOAU4 | GERDAU MET PN | 5,65 | -2,42 | +17,71 | 145,74M |
BBSE3 | BBSEGURIDADEON | 27,60 | -1,36 | +0,37 | 105,60M |
BVMF3 | BMFBOVESPA ON EJ | 22,58 | -1,14 | +37,61 | 155,89M |
BRML3 | BR MALLS PARON | 13,37 | -0,96 | +29,40 | 49,08M |
WEGE3 | WEG ON | 20,64 | -0,91 | +34,95 | 40,47M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
VALE3 | VALE ON | 33,88 | +4,12 | 681,88M | 358,59M | 32.681 |
PETR4 | PETROBRAS PN | 13,80 | +0,29 | 441,46M | 454,32M | 30.735 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 33,91 | +0,33 | 377,96M | 293,40M | 34.334 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCOPN EJ | 41,26 | +0,98 | 355,89M | 360,48M | 20.940 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 19,80 | -0,20 | 272,05M | 218,41M | 20.705 |
ELET3 | ELETROBRAS ON | 19,61 | +3,98 | 248,73M | 72,12M | 22.074 |
KROT3 | KROTON ON ED | 18,32 | +2,35 | 210,93M | 159,40M | 22.890 |
ITSA4 | ITAUSA PN EJ | 10,36 | +1,17 | 210,91M | 155,07M | 24.171 |
BBAS3 | BRASIL ON ERJ | 32,12 | +0,34 | 205,58M | 207,24M | 19.399 |
BVMF3 | BMFBOVESPA ON EJ | 22,58 | -1,14 | 155,89M | 166,15M | 20.690 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Jackson Hole
Nesta quinta-feira, o Federal Reserve inicia seu simpósio anual em Jackson Hole (Wyoming) e, no dia seguinte, estão previstos os discursos de Janet Yellen e Mario Draghi. Ainda que muitos analistas não acreditem que serão dados sinais significativos sobre a trajetória das respectivas políticas monetárias, há especulação de que o comandante do BCE poderá, por exemplo, fazer alguma espécie de “intervenção verbal” numa tentativa de enfraquecer o euro.
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Reforma política
A noite da última quarta-feira foi agitada na Câmara dos Deputados com as discussões sobre a reforma política. O plenário da Câmara aprovou o destaque que retira da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 77/2003 o dispositivo que estabelecia um percentual que vinculava 0,5% da receita corrente líquida da União para fundo de financiamento público de campanhas eleitorais.
Após a aprovação do destaque, por 441 votos a 1, a votação do restante do texto da reforma política foi adiada para a próxima terça-feira (29), quando será discutido o dispositivo que trata da adoção do sistema distrital misto para as eleições de 2022 em diante e do chamado “distritão” em 2018 e 2020.
Eleições 2018
Preparando-se para a corrida presidencial de 2018, Luiz Inácio Lula da Silva já está à procura de um vice para sua chapa e o nome mais cotado é do empresário minério Josué Gomes da Silva. Presidente da Coteminas, Josué é filho do ex-vice-presidente José Alencar, eleito numa dobradinha com Lula em 2002 e 2006 e que morreu em março de 2011. No PT, a avaliação é de que Josué como candidato a vice pode ajudar Lula a reconquistar o apoio do empresariado. Além disso, segundo informações da Folha de S. Paulo, o DEM está dividido sobre a possibilidade de acolher João Doria e lançá-lo candidato em 2018. O principal articulador contra o tucano é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que já minimizou a possibilidade outras vezes. Já partidários como Mendonça Filho, atual ministro da Educação, não têm antipatia pela ideia de ter Doria no partido. De olho no déficit Por fim, atenção para algumas notícias do radar político. O ministro do STF(Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou ontem mandado de segurança protocolado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a analisar o pedido de impeachment do presidente Michel Temer apresentado pela entidade. Por outro lado, o Valor Econômico informa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar uma nova denúncia contra Temer em menos de duas semanas. Procuradores já estão redigindo a acusação, que está em estágio avançado, e a expectativa é concluir os trabalhos em menos de 15 dias.
Após anunciar o plano de privatização de 57 empresas e projetos na tarde de ontem, o governo federal prepara um pacote de medidas para economizar nas contas do Executivo, segundo informações da Folha de S. Paulo. Uma das propostas sugeridas é zerar os custos de aluguel dos imóveis para órgãos públicos, mudança que traria uma economia de R$ 1,6 bilhão por ano, segundo estudos do governo.