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SÃO PAULO – O Ibovespa acelerou ganhos nesta segunda-feira (14), em meio ao anúncio de cortes do Orçamento. Segundo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a tesourada será de R$ 20,6 bilhões. Lá fora, os dados fracos da China fizeram pressão nas bolsas asiáticas e bolsas europeias, que fecharam em baixa, apesar do avanço na produção industrial da zona do euro. Indicadores nos Estados Unidos também são responsáveis pelas quedas dos índices Dow Jones e S&P 500.
Às 16h54 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira tinha alta de 1,81%, a 47.242 pontos. Já o dólar comercial passava a registrar perdas de 1,45% a R$ 3,8208 na venda, ao passo que o contrato futuro de dólar para outubro recua 1,54% a R$ 3,836. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 12 pontos-base, a 14,99%, enquanto o DI para janeiro de 2021 tem baixa de 10 pbs, a 14,99%.
A equipe econômica da presidente Dilma disse também que o esforço fiscal já feito em 2015 representa R$ 134 bilhões, o que corresponde a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto). Barbosa também divulgou que os concursos públicos estão suspensos em meio ao ajuste fiscal.
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As medidas foram: Adiamento do reajuste dos servidores de janeiro para agosto: Redução de R$ 7 bilhões na despesa obrigatória. Suspensão de concursos: R$ 1,5 bilhão na despesa obrigatória (R$ 1 bi no Executivo e R$ 0,5 bi ). Parágrafo na LDO e das LDs de todos os entes do governo Federal. Fim do Abono de Permanência: R$ 1,2 bilhão de despesa obrigatória. Ocorre por PEC. Implementação do teto remuneratório do serviço público: R$ 0,8 bi da despesa obrigatória da União.
Destaques de ações
Voltaram a subir após virarem para o negativo as ações de bancos como Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,46, +3,54%), Bradesco (BBDC3, R$ 25,75, +4,89%; BBDC4, R$ 23,42, +4,55%). Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,06, +5,48%) se mantém no azul desde o início do pregão. O setor financeiro é o mais pesado da carteira do Ibovespa, respondendo só com estes três papéis citados por 20,636% do índice.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Já as ações da Petrobras (PETR3, R$ 8,80, -0,11%; PETR4, R$ 7,68, +0,26%) passaram a subir forte depois de chegar a recuar 1%. Na sexta, elas atingiram o menor valor desde novembro de 2004. Na última sexta-feira, os papéis amargaram perdas após o rebaixamento de rating pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, o que também levou diversos bancos de investimentos a rebaixarem a recomedação e/ou preço-alvo para os ativos.
Hoje, destaque para a notícia de que presidente da Vale (VALE3, R$ 19,11, -1,75%; VALE5, R$ 15,20, -3,00%), Murilo Ferreira, pediu aos demais integrantes do conselho de administração da Petrobras afastamento da presidência do conselho da estatal até 30 de novembro. A notícia foi confirmada nesta manhã pela Vale.
O afastamento seria por motivos pessoais, de acordo com a coluna Radar, da Veja. Juntamente com Ferreira, seu interino, Clóvis Torres, também da Vale, deve seguir o mesmo caminho de Ferreira e também se afastar por motivos pessoais, aponta a coluna. Os nomes mais cotados para substituir Ferreira são os do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, e de Nelson Carvalho.
Hoje, o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em queda de 1,54%, a US$ 58,10.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Cenário externo
As bolsas chinesas caíram nesta segunda-feira após dados sugerirem que o crescimento econômico do país está abaixo da meta de 2015 de cerca de 7%, aumentando as preocupações com a saúde da economia. O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen caiu 1,97%, para 3.281 pontos, enquanto o índice de Xangai caiu 2,67%, para 3.114 pontos. Já o japonês Nikkei teve queda de 1,63%.
As preocupações econômicas superaram o impacto dos planos anunciados no fim de semana para reformar o setor de empresas estatais e produzir resultados “decisivos” até 2020. O mercado também segue de olho na reunião do Fomc (Federal Open Market Commitee) que acontece nesta semana. Dados da Bloomberg mostram 28% de chances de alta do juro americano, segundo apostas do mercado.
Entre os indicadores macroeconômicos, na China, a produção industrial chinesa cresceu 6,1% na comparação anual, abaixo da expectativa de alta de 6,6%. Em julho, a expansão havia sido de 6%, e na comparação mensal avançou 0,53%. Já as vendas no varejo cresceram 10,8% na comparação anual, uma aceleração quando comparado ao avanço de 10,5% registrado em julho. A variação de agosto veio acima do projetado por analistas, que era de 10,7%.
Já as vendas de moradias na China continuam a avançar, crescendo 18,7% entre janeiro e agosto, na comparação com igual período do ano passado, para 4,07 trilhões de yuans (US$ 638,5 bilhões), com os custos mais baixos de financiamentos imobiliários (hipotecas) atraindo compradores. A China cortou a taxa de juros em agosto pela quarta vez neste ano, em meio a preocupações diante da desaceleração na segunda economia mundial. Porém a alta nas vendas de moradia, após uma forte desaceleração em 2014, parece ainda limitada.
Por fim, os investimentos em ativos fixos urbanos aumentaram 10,9% no período de janeiro a agosto de 2015 ante o ano passado, abaixo da projeção de 11,2% de analistas. O crescimento também foi inferior ao registrado de janeiro a julho, de 11,2%.
Enquanto isso, o dia foi de leve baixa nas bolsas europeias, apesar de dados positivos na região. A produção industrial nos 19 países que compartilham o euro avançou 0,6% na comparação com o mês anterior, chegando a um ganho de 1,9% na base anual. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,3% na comparação mensal e de 0,6% na anual.
Nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor de Michigan de setembro caiu a 85,7 pontos, ante estimativas de 91,1 pontos. Os índices Dow Jones e S&P 500 recuam 0,52% a 16.348 pontos e 0,56% a 1.950 pontos respectivamente.
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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