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SÃO PAULO – Em um dia marcado pela volatilidade, o Ibovespa ganhou força e bateu a máxima do dia cerca de uma hora antes do fechamento com a confirmação de que o PMDB decidiu fechar questão a favor da reforma da Previdência. Mais cedo, já trazia um certo ânimo ao mercado o tom otimista do vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), sobre os avanços com relação aos votos da reforma.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com ganhos de 1,00%, aos 73.268 pontos, após chegar a subir 0,86% na máxima do dia. O volume financeiro ficou em R$ 8,494 bilhões. O dólar comercial, por sua vez, virou para queda no último sinal antes do fechamento, pouco após a divulgação da notícia, e fechou com perdas de 0,11%, cotado a R$ 3,2305 na venda.
A decisão tomada nesta tarde confirma anúncio feito na véspera pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP). Até esta tarde, apenas o PTB havia anunciado que iria fechar questão favorável à reforma previdenciária. Outras legendas enfrentam dificuldades para seguir o mesmo caminho. Neste grupo, assumem posição de destaque o PSD, partido do próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o PR. Do lado do PSDB, o clima ainda é de divisão, a despeito dos esforços de importantes lideranças na legenda pelo fechamento de questão.
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Mais cedo, logo após a abertura, os investidores se animaram depois do vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), afirmar que o governo possui neste momento 260 votos (dos 308 necessários) para aprovar a reforma da Previdência. Reforçando o coro, Darcísio Perondi (RS), vice-líder do PMDB na Câmara, reiterou que o governo possui entre 250 e 260 votos a favor e que na base são de 120 a 150 indecisos, que é uma boa margem para trabalhar nos próximos dias.
Neste sentido, o relator do texto da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que as negociações estão no melhor momento: “o engajamento tem crescido. Estamos no melhor momento desde que se iniciou essa reforma. Eu acredito que os líderes estão convencidos e nós caminhamos para ter uma votação e uma aprovação dessa matéria”, afirmou.
Contudo, o clima esfriou quando o PSDB informou que o fechamento de questão pela reforma da Previdência não seria discutido na reunião executiva do partido agendada para hoje: “não entrará na pauta da reunião de hoje do PSDB o fechamento de questão sobre o tema. O presidente em exercício da sigla, Alberto Goldman, explica que esse debate ocorrerá quando houver data marcada para a votação da reforma, bem como o texto final a ser votado”, segundo nota da assessoria de imprensa. Na verdade, a reunião, que contará com a presença do secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e do relator da Reforma da Previdência na Câmara, Arthur Maia, terá como objetivo explicar as principais alterações no projeto.
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Na noite de ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que não crê que os tucanos fechem questão sobre a reforma da Previdência e disse que vai tentar ajudar a convencer os deputados de seu partido a votar a favor do texto. “A minha posição, e ela não é de hoje, é favorável à reforma, mesmo que não seja a ideal. Mas ela é o que nós temos hoje e é necessária ao país. A bancada já sabe disso e aí cada um avalia, são eles que votam, os deputados”, disse Alckmin. Em vista deste “vai e vem” dos tucanos, os membros da base aliada reclamam da postura dúbia do PSDB em relação à reforma da Previdência, já que pela postura política da sigla deveria aprovar o texto sem ressalvas.
Questão de sobrevivência
Para evitar que haja surpresa no dia da votação da reforma da Previdência, Temer está se organizando desde o final de semana para conseguir o fechamento de questão dos partidos da base aliada, a fim de assegurar que os 308 congressistas (dos 513 possíveis) para aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) no plenário da Câmara. Rodrigo Maia não marcou data ainda, mas a intenção – se conseguirem mobilizar a base – é votar as mudanças na Previdência em primeiro turno no dia 13 de dezembro, quando será colocado à prova todo esse esforço do governo, e o segundo turno (definitivo) ficaria para 20 de dezembro.
O fechamento de questão é uma decisão tomada pela maioria da executiva nacional de um partido. Quando a sigla está “fechada no assunto”, parlamentares que votarem contrário ao determinado podem ser punidos, com alguns casos até mesmo com a expulsão, medida que não deve ser considerada a um ano das eleições e no meio da janela de filiação partidária.
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Segundo o Estadão, a avaliação é que deputados aliados estão convencidos da necessidade da reforma, mas só topam carimbar seus nomes junto ao “sim” se tiverem segurança da vitória e o fechamento de questão seria fundamental para dar esse “conforto” à votação.
Conforme aponta a reportagem, a preocupação dos parlamentares é evitar o desgaste desnecessário de vincular suas imagens a uma proposta impopular sem que ela vá adiante, já de olho nas eleições de 2018. Segundo uma fonte do governo, o fechamento de questão que está sendo discutido pelos partidos da base pode ser “um ponto de inflexão” capaz de provocar esse contágio favorável.
O governo luta contra o tempo para gerar um clima positivo para dar tração à PEC e contaminar a base aliada em torno das medidas. Se ficar para o ano que vem, os custos serão mais elevados e o presidente Michel Temer terá de apresentar novo empenho em ancorar as expectativas do mercado, que cada vez mais têm oscilado entre otimismo e ceticismo com a evolução das notícias.
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Além de convencer os tucanos, Temer está monitorando de perto os partidos do centrão, em especial PR e PSD, segundo informações do G1, que juntos somam cerca de 80 votos. No PSD, por exemplo, o presidente abriu outras frentes de interlocução, já que o partido não deve fechar questão sobre a Previência, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.
O DEM, do presidente da Câmara, também não quer fechar questão, como disse ontem o presidente da sigla, José Agripino, para não “botarem tanta fé na reforma da Previdência”. Nesta tarde, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) anunciou que fechou questão a favor da reforma da previdência.
Copom
Na agenda econômica doméstica, merece atenção a última reunião do Copom, com o anúncio da nova taxa na noite de quarta-feira. O mercado já tem dado como certo um corte de 50 pontos-base na Selic, levando para a mínima histórica de 7% ao ano, ao passo que as atenções estarão no comunicado pós-reunião, com pistas sobre os próximos passos a serem tomados em fevereiro do ano que vem. “Não será surpresa se o Copom sinalizar que será possível novo corte no começo de 2018, levando a Selic para 6,75% ou 6,50% ao ano”, segundo os economistas da GO Associados. Nesta expectativa, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 3 pontos-base, negociados 9,19%, respectivamente, na expectativa também pela decisão do Copom, que deve cortar a Selic para 7% ao ano. Enquanto isso, o dólar futuro com vencimento em janeiro registrava desvalorização de 0,18%, aos 3.244 pontos. Destaques do mercado
Do lado positivo, destaque para as ações da Fibria (FIBR3), que sobem forte após o CEO da empresa, Marcelo Castelli, afirmar que a recuperação no mercado de celulose provavelmente continuará por pelo menos mais alguns anos, liderada pelo aumento da demanda na China e pela falta de novas plantas – veja mais aqui. As maiores altas, dentre as ações que compõem o índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
FIBR3
FIBRIA ON
47,86
+6,81
+53,76
209,21M
SUZB3
SUZANO PAPELON EJ
18,89
+6,00
+37,99
97,11M
KROT3
KROTON ON
18,44
+4,36
+42,07
99,34M
CPFE3
CPFL ENERGIAON
19,01
+4,16
-23,94
53,41M
RENT3
LOCALIZA ON
21,35
+4,15
-33,73
48,61M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
ENBR3
ENERGIAS BR ON
13,63
-2,08
+1,72
46,82M
BRFS3
BRF SA ON
36,84
-1,60
-23,65
247,74M
TAEE11
TAESA UNT N2
20,81
-1,51
+7,34
55,22M
BVMF3
BMFBOVESPA ON
22,45
-0,97
+37,28
229,35M
VALE3
VALE ON
35,76
-0,72
+53,77
686,68M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
VALE3
VALE ON
35,76
-0,72
686,68M
687,61M
28.977
PETR4
PETROBRAS PN
15,52
+1,37
605,07M
647,30M
34.675
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN ED
42,03
+1,06
319,03M
396,95M
18.259
BBAS3
BRASIL ON
32,01
+3,03
287,09M
315,73M
20.491
BRFS3
BRF SA ON
36,84
-1,60
247,74M
123,65M
15.760
BVMF3
BMFBOVESPA ON
22,45
-0,97
229,35M
209,68M
30.970
BBDC4
BRADESCO PN EJ
33,11
+1,04
223,44M
309,47M
19.949
LREN3
LOJAS RENNERON
34,40
+3,02
215,27M
130,53M
12.064
FIBR3
FIBRIA ON
47,86
+6,81
209,21M
112,13M
15.839
USIM5
USIMINAS PNA
8,85
+2,91
183,79M
178,21M
13.856
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA